segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Moana - Um Mar de Aventuras - Mais Uma Princesa Disney

Moana – Um Mar de Aventuras




       
Parece que a Disney quer englobar todas as etnias em seu grupo de “princesas”. O que é algo maravilhoso. Não fosse o fato de que as “princesas” acabaram gerando muita discussão sobre o papel da mulher. São oficialmente consideradas princesas da Disney: Branca de Neve, Cinderela, Bela Adormecida (Aurora), Ariel, Bela, Rapunzel (de Enrolados), Merida (Valente), todas brancas, além de Jasmine (do Oriente Médio), Pocahontas (indígena norte-americana), Mulan (chinesa) e Tiana (afro- americana).
A discussão vai longe quanto ao real desempenho feminista das personagens em cada animação que configura. Sem contar que Esmeralda (cigana) foi primeiramente incluída e logo destituída de seu posto ao lado das princesas “oficiais”. Outras personagens femininas não são classificadas como princesas por suas histórias. E Elza e Ana (Frozen) possuem franquia própria, sendo que uma delas é rainha.

Até as próprias princesas não se sentem mais confortáveis com suas próprias imagens

        Esse embaraço fica evidente ao se tentar forçar um modelo já ultrapassado de figura feminina. Ainda mais num mundo onde as mulheres reivindicam para si o direito de serem consideradas como iguais em importância aos homens. Com Moana há uma brincadeira em relação a isso. Em certo momento o semideus Maui a chama de princesa, ela se recusa a aceitar ser reconhecida como tal pois é “filha do chefe” (de uma tribo) sarcasticamente ele rebate “É a mesma coisa. Se está com um vestido e tem um animal de companhia, você é uma princesa”. Até mesmo a própria Disney anda fazendo piadas com os requisitos amplos para se tornar uma princesa.

       
Em resumo, Moana é uma garota que vive numa ilha com sua tribo. Filha do chefe percebe que a ilha está precisando de ajuda. O Oceano lhe convoca para devolver o coração de uma deusa que foi roubado. E ela só conseguirá com a ajuda do semideus Maui, o próprio ladrão que roubou o coração da deusa-ilha Te Fiti.
Ambos partem numa grande aventura, primeiro para recuperar a arma de Maui, um grande anzol mágico, e depois enfrentar a grande criatura que está entre o caminho deles até a deusa-ilha, Te Ka.

      
  A história é um pouco acelerada e bagunçada no começo, assim que Moana parte numa canoa pelo Oceano tudo muda. O próprio Oceano se torna um personagem importante ajudando a garota em sua missão através de uma onda cheia de personalidade. Maui também tem sua personalidade e consegue vários momentos engraçados. Mas quem rouba todas as cenas de Moana e de Maui é o galo Heihei, que por um acaso acabou no barco. Suas cenas são hilárias.
Ele é tão tonto, que depois de convencido que o Oceano é “bom”, tenta ir para a água, quase se afogando e o tempo todo é salvo por Moana ou pelo próprio Oceano, ou ainda, pela sorte.


       
A animação não é a melhor que os Estúdios Disney já fez mas garante uma ótima diversão. É bom ver uma cultura diferente colocada em destaque em um filme Disney. E acho interessante que Moana como adolescente, além de ser rebelde, querendo construir seu próprio caminho, ela xinga. Ou melhor, quase xinga, em uma cena que Maui a prende numa caverna. Isso garante uma personalidade bem “humana” à animação.
Além dessa brincadeira temos que admitir que “Moana – Um Mar de Aventuras” quebra vários “padrões”. Temos uma personagem forte de pele morena e cabelos castanhos ondulados. E que cabelo bonito a personagem tem, rivaliza com Pocahontas e Rapunzel.
O personagem semideus Maui é um homem grande, bem grande, praticamente um gordinho que anda fazendo muita musculação e tomando umas bombas por aí.
E que cabelo ele tem, rivaliza com Pocahontas, Rapunzel e Moana... E mais uma vez a mocinha não casa no final. Ops! Entregando demais já. E não se iludam, aquela personagem que é uma porquinha fofa, a Pua, é só para vender pelúcias. Assim como os fofos e “malvados” Kakamoras. Dos quais eu já quero pelo menos um.



Nenhum comentário:

Postar um comentário