segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Anjos da Noite - Guerra de Sangue: Só Falta Vampiro Brilhar no Sol

Anjos da Noite - Guerra de Sangue: Só Falta Vampiro Brilhar no Sol





         A série “Anjos da Noite” segue uma franquia de relativo sucesso na ação misturada com terror e este “Guerra de Sangue” é o quinto episódio, digo filme. Evidentemente os produtores estão com um planejamento para execução de séries de altos orçamentos em concorrência direta com os canais de televisão americanos e os serviços de streaming.  Eu descobri que não assisti ao quarto episódio, digo filme, assim que entrei no cinema e percebi que estava me faltando toda a explicação que Kate Beckinsale, retornando como Selene, faz no início. Tudo bem, superada esse desfalque inestimável (estou sendo irônico) eu me deparei com a bagunça de um monte de personagens. Um querendo passar a perna no outro. E planos rocambolescamente inspirados em velhas tramas palacianas onde tudo é previsível.
Os remanescentes dos vampiros, lutam ainda para se estabelecerem diante do perigo eminente da ameaça dos lobisomens, lycans, e para isso a chefe atual do partido, digo, do clã de vampiros faz um plano mirabolante que, ao invés de poupar semi-vidas vampirescas, mata mais de uma dúzia de uma vez só para colocar a culpa na Selene e os sobreviventes querer matá-la. Segundos dados, se permanecerem do jeito que estão em 5 anos serão extintos. Aí a trama se complica, pois, há uma reviravolta envolvendo o filho, carnal, de uma vampira da “old school” (velha-guarda) que já tinha morrido. Esse herdeiro que irá comandar o grupo de vampiros remanescentes e então zzzzzzzzzzzzzzzzz!


       
  Até o terceiro filme, eu lembro que eles se mantinham levemente fiéis à mitologia dos vampiros e dos lobisomens. Com algumas liberdades que nada escandalizavam apesar de já insinuar uma situação complexa, o amor entre um vampiro e um lobisomem. O problema foi que no quarto filme, tudo descambou. E Selena num trelelê com o Michael Corvin fica grávida e tem uma criança que será a salvadora dos vampiros pois tem sangue puro. Algo assim!


     
    Ok! Aí que o negócio se perde. No quinto filme já tem até casaizinhos formados que apenas “dividem o leito” como pombinhos libidinosos. Não que um vampiro não seja uma criatura sedutora e cheia de energia sexual. Porém, o sangue é o que lhe dá total prazer, então não tem sentido o sexo ou o uso das partes baixas deles com trocas de fluídos. O vampiro é um parasita, um predador. Não possui supostamente alma e não possui amor. Vive nas trevas e busca eternamente o que lhe foi tirado, eis sua maldição.
Em Bram Stoker o seu amor foi perdido com sua amada que “reencarna” na figura de Mina Harker e aí ele busca reaver o que julga ter perdido na figura dessa mulher. Outros textos mais antigos que flertam diretamente com a mitologia dos vampiros e também colocam esse item de forma bem forte. O sexo não é “consumado”. Agora se me disserem que o sangue é uma metáfora ao sexo em uma época onde era complicado de se abordar o tema, de forma direta,  eu entendo bem.


         Porém humanizar os seres das trevas desalmados em função de uma pesquisa de mercado para agradar ao público para ter empatia total pelos mosntrengos já acho um pouco demais. Logo farão vampiros amigo dos seres humanos que só chupam sangue de bichos e que brilham no sol ao invés de queimar até sumirem. Ah,  é, já fizeram isso... O.o



         Ahhh, tanto faz, fiquem com esses vampiros que mais parecem fadinhas encantadas ou esses que mais parecem seres humanos que até procriam. O mundo está mudado mesmo. É o fim dos tempos... Só falta zumbis legais com pessoas vivas... Erh... Lobisomens inofensivos que se tornam os melhores amigos da heroína do filme.... Ou... Ou.. Uma múmia apaixonada... Ahn?¹ É...Não falta mais nada mesmo.  







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