segunda-feira, 29 de junho de 2015

Divertida Mente: Tristeza e a Mente dos Pais - Última Parte

A tristeza





        Na tentativa de voltar à sala de controle, onde as  memórias são “processadas”, Alegria vai criando uma nova perspectiva sobre a Tristeza. Antes achava que ela não servia para nada, a não ser para causar infelicidade, lembremos que estamos no período em que a Riley está deixando a fase infantil, um momento que a felicidade é supostamente mais presente. Porém, pela Tristeza ser sempre mais reservada, e podada pela Alegria, ela teve tempo de ler os “manuais” de funcionamento do cérebro da Riley e devido a isso é a melhor para guiar a Alegria de volta ao “controle”. Isso é outra sacada genial da animação: sem a tristeza não conseguimos ser felizes. A única vez que a Alegria tenta deixar a Tristeza para trás ocorre um acidente que a impede de continuar.

        Por si só a Tristeza é uma fofa. É uma gordinha, com blusa de gola alta, toda azul e de óculos. Toda vez que fica triste prostra no chão, com as pernas doendo e pesadas, e só se alivia quando chora. Isso nada mais é que uma forma de manifestação dos “sintomas” da tristeza. Isso a deixa muito simpática aos nossos olhos. E é a Tristeza que carrega a maior capacidade humana, tão importante nos relacionamentos: a empatia. Aos poucos a Alegria vai percebendo isso, em sua busca cega só se preocupa em deixar a Riley bem. E descobre que muitos momentos de felicidade da Riley foram devido a momentos de infelicidade. E só assim ambas conseguem ajudar a garota a se sentir melhor com sua situação.


A mente dos pais


        Teria muito mais para se analisar no filme, pois só pontuei alguns momentos. E antes de terminar gostaria de chamar a atenção para as mentes do pai, da mãe e da própria Riley.
        Na garota as 5 personificações das emoções são basicamente: 3 femininas, Aleg

ria, Tristeza e Nojinho e duas masculinas, Raiva e Medo. Já na cabeça da mãe, que é adulta, tudo está bem definido, todas as personificações são “femininas”, possuindo até algumas características suas, como o cabelo e óculos.
No pai, o mesmo de forma oposta, as 5 emoções são “masculinas” com o mesmo bigode que ele possui. E o que isso quer dizer??? Simples, que a sexualidade ainda não foi definida na Riley e foi nos pais. A sexualidade, principalmente a questão de gênero é algo que se desenvolve de acordo com vários fatores.  Isso é só uma reflexão incompleta propositalmente para nos fazer pensar. Talvez nem tenha sido a real intenção dos roteiristas. Ou conhecendo os americanos, tudo é intencional.


        Realmente uma animação memorável que vou assistir mais uma vez assim que puder. Sorte que a fusão da Disney com a Pixar não destruiu as características inovadoras desta última. E quem ganha com isso somos nós, pessoas divertidas e com mentes abertas.



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