sábado, 6 de abril de 2013

Resenha de filme: Mama - sustos possíveis

Resenha de filme: Mama - sustos possíveis
         Eu tinha visto o curta “Mamá” de Andrés Muschietti  e já tinha achado bem aterrorizante. Imagine agora eu, sozinho no cinema assistindo ao longa.
         Terror é um gênero que não gosto muito, geralmente, é muito mal feito. O diretor coloca uns seres sobrenaturais, um punhado de mortes extravagantes e acha que está tudo bem. Não, não está! Pois o roteiro sempre possui  coisas absurdas. Não que o tema de terror não seja absurdo em si. O que quero dizer é que a situação fica muito sem nexo.  E como estamos nos distanciando do “sobrenatural”, não só deixamos de acreditar, também não sabemos de nada. E mesmo assim temos medo, afinal não entendemos. A grande maioria dos filmes de “almas penadas” sempre tem que explicar “as motivações” daquele ser ficar gemendo e flutuando e remonta a crenças passadas já esquecidas.
         “Mama” não é diferente, porém ameniza bem os efeitos colaterais do gênero com um roteiro que tenta ao máximo não deixar pontas soltas. Inevitavelmente, tem alguns clichês. Saídas fáceis para por um personagem em certa situação. A típica situação “clicherística” é o “PhD” em psicologia, que descobre tudo sobe a entidade e vai à casa assombrada para estabelecer um diálogo com aquilo que lá vive. Lógico que o babaca morre... E pior, vai a noite... Merda dupla. E tem uma cena muito ridícula. Quando é escrito num equipamento eletrônico de um hospital o nome Mama. Totalmente desnecessário pois o fantasma é de uma época anterior a certas descobertas.
         Entre outros momentos de leves clichês, estes que citei a cima são os piores, o filme se salva. E percebi que a intenção do diretor e dos roteiristas se estabelecia, ouvindo um grupo de uns nove adolescentes que estavam atrás de mim. Eles estavam cagando de medo. Tinha um que até tapava o olho nas horas mais tensas. Uma garota ficava falando, quando a cena acabava, que ele podia tirar a mão dos olhos.
         Lógico que se analisarmos friamente o filme, ele vai se mostrar meio tosco. Porém, como disse, convence, é relativamente bem contada a história.  É o filme que se propõe a ser: terror. O contrário da série “Jogos mortais” que de terror não tem nada, causa só aflição, pela estupidez dos envolvidos. Em “Mama” o sentimento é de medo. Concordo que antes da entidade se mostrar de verdade, a coisa fica mais interessante. Acho que á grande falha no cinema americano. Tudo precisa ser mostrado, e bem mostrado. Não concordo com essa situação. Filmes ótimos praticamente não mostraram nada, e lembro com grande satisfação de “Seven” que criou tensão sem mostrar praticamente nenhuma morte mirabolante, nem esguichos de sangue, nem sendo muito claro em revelar os cadáveres.

         Como sempre aviso, não é um filme erudito, e o gênero não é do agrado de muitos. O mais importante é que cumpre o que promete. Acho essencial isso num filme, o cumprimento da perspectiva que criam em torno dele. Por cerca de uma hora e quarenta minutos você esquece a sua realidade e fica intrigado com a história das duas irmãs, Victória e Lilly que acabam sob os cuidados da ótima, e injustiçada no Oscar, Jessica Chastain que interpreta a roqueira Annabel. É interessante que essa personagem não faz nenhuma estupidez que geralmente se espera em filmes desses. Ela vai aos poucos desenvolvendo uma afeição pelas crianças e percebe que o mal se instala ao redor delas. E não é um mal qualquer. Seu terror fica mais angustiante quando ela percebe que é um sentimento de maternidade que suscita o tal mal.
         Bom, falar mais é entregar muito do filme. Então paro por aqui. Um bom filme para levar uns sustos, se a pessoa for normal, claro. Pois tem gente que assiste e vai achar besta e nem vai se assustar. Eu assustei umas duas vezes. Porém não fiquei impressionado depois, mesmo morando sozinho, lembrei dele não senti medo. Talvez pela entidade ser muito mais “de luz” que se possa imaginar. Agora quando a entidade retratada no filme é das trevas eu só durmo coberto até a cabeça com o meu super edredom protetor de fantasmas, demônios, monstros, Felicianos, Edirmacedos e Joelmas!!! Funciona!!!!

3 comentários:

  1. Vou repetir : tente enviar para algum crítico de jornal ou p/ o próprio jornal, procure no Google , encontre o site e envie.
    Como leigo li e gostei (mesmo sendo pessoal ) !!!
    Quem não arrisca ...
    Ass: OPA

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  2. Kakakakakakaka...conseguir.....

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