Curtindo a Vida Adoidado
Nos anos de 1980 não era fácil faltar à uma aula. Pelo menos não no interior, e
não com minha mãe. A pessoa mais difícil de se convencer. Eu podia estar com 58
graus de febre, catarrento, suando bicas e em decomposição, quase um
morto-vivo, um zumbi com a pele desintegrando pela febre, ela olhava e dizia
“Dá para ir ao colégio sim!”. Só mediante ao atestado de óbito ela se convencia
que eu precisava faltar. Dona Fátima era convicta que o estudo era importante.
Eu até poderia não tirar notas boas, mas tinha que passar de ano e não faltar
nenhuma aula. Hoje vejo alguns alunos que praticamente não vão à escola e
passam de ano...
Então
imagina quando me deparei com Farris Bueller (Matthew Broderick) que
descaradamente simulava uma doença qualquer, e ia aproveitar sua folga
perambulando pela cidade. Eu fiquei doido é claro, junto com metade dos jovens
que assistiram esse filme na época. E, além de faltar, ele consegue fazer sua
namorada Sloane (Mia Sara) e o melhor amigo, Cameron (Alan Ruck) irem se
aventurar com ele.
E
olha que eles se divertem pela cidade. Até de um desfile eles participam
dublando um “Twist and Shout” dos Beatles numa cena que, como praticamente o
filme todo, ficou icônica.
“Curtindo
a Vida a Doidado” se configurou rapidamente num dos filmes mais queridos e
adorados dos anos de 1980. E a sorte é que passou várias vezes na “Sessão da
Tarde”, não tanto quanto “Lagoa Azul”, mas o suficiente para deixar uma boa
lembrança.
O
diretor e roteirista foi John Hughs que contabilizou vários sucessos, entre
eles “Clube dos Cinco”, “Gatinhas e Gatões”, “Mulher Nota 1000” e a franquia
“Esqueceram de Mim”.
Data de lançamento: 19 de dezembro
de 1986 (Brasil)
Direção: John Hughes
Figurino: Marilyn Vance
Música composta por: Ira Newborn,
John Robie, Arthur Baker
Canções originais: Twist and Shout,
Oh Yeah, Danke Schoen, entre outros.
Até a publicação deste texto o
filme estava na íntegra no YouTube.
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