A tristeza
Na tentativa de voltar à sala de
controle, onde as memórias são “processadas”,
Alegria vai criando uma nova perspectiva sobre a Tristeza. Antes achava que ela
não servia para nada, a não ser para causar infelicidade, lembremos que estamos
no período em que a Riley está deixando a fase infantil, um momento que a
felicidade é supostamente mais presente. Porém, pela Tristeza ser sempre mais
reservada, e podada pela Alegria, ela teve tempo de ler os “manuais” de
funcionamento do cérebro da Riley e devido a isso é a melhor para guiar a
Alegria de volta ao “controle”. Isso é outra sacada genial da animação: sem a
tristeza não conseguimos ser felizes. A única vez que a Alegria tenta deixar a
Tristeza para trás ocorre um acidente que a impede de continuar.
Por si só a Tristeza é uma fofa. É uma
gordinha, com blusa de gola alta, toda azul e de óculos. Toda vez que fica
triste prostra no chão, com as pernas doendo e pesadas, e só se alivia quando
chora. Isso nada mais é que uma forma de manifestação dos “sintomas” da tristeza.
Isso a deixa muito simpática aos nossos olhos. E é a Tristeza que carrega a
maior capacidade humana, tão importante nos relacionamentos: a empatia. Aos
poucos a Alegria vai percebendo isso, em sua busca cega só se preocupa em
deixar a Riley bem. E descobre que muitos momentos de felicidade da Riley foram
devido a momentos de infelicidade. E só assim ambas conseguem ajudar a garota a
se sentir melhor com sua situação.
A mente dos pais
Teria muito mais para se analisar no
filme, pois só pontuei alguns momentos. E antes de terminar gostaria de chamar
a atenção para as mentes do pai, da mãe e da própria Riley.
Na garota as 5 personificações das
emoções são basicamente: 3 femininas, Aleg

ria, Tristeza e Nojinho e duas
masculinas, Raiva e Medo. Já na cabeça da mãe, que é adulta, tudo está bem
definido, todas as personificações são “femininas”, possuindo até algumas
características suas, como o cabelo e óculos.
No pai, o mesmo de forma oposta,
as 5 emoções são “masculinas” com o mesmo bigode que ele possui. E o que isso
quer dizer??? Simples, que a sexualidade ainda não foi definida na Riley e foi
nos pais. A sexualidade, principalmente a questão de gênero é algo que se
desenvolve de acordo com vários fatores.
Isso é só uma reflexão incompleta propositalmente para nos fazer pensar.
Talvez nem tenha sido a real intenção dos roteiristas. Ou conhecendo os
americanos, tudo é intencional.
Realmente uma animação memorável que vou
assistir mais uma vez assim que puder. Sorte que a fusão da Disney com a Pixar
não destruiu as características inovadoras desta última. E quem ganha com isso
somos nós, pessoas divertidas e com mentes abertas.
eu estou tao triste
ResponderExcluirtabem
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