Mulher Maravilha
Crianças, esse
trecho que se tornou o primeiro parágrafo é um enxerto que fiz agora. Todo o
restante já foi escrito há 21 dias. O nível de trabalho subiu tanto nas últimas
semanas que só consegui me dedicar ao blog de novo agora nas férias. E como
estou com resenhas atrasadas! Então, neste mês de férias, vou “subverter”, no
bom sentido, o projeto “Mês Temático”. Espero que seja no bom sentido mesmo.
Não vou ser rígido dessa vez com o esquema definido nos demais meses, pois
estou de férias. E nas férias seguir regras é um pouco desconfortável. Na verdade
seguir regras em qualquer época do ano não é a melhor coisa do mundo. Mas me
permitam esse luxo. Não que deixarei de lado a proposta do blog, só estou de
férias e só neste período. Apenas isso. Postarei aleatoriamente tudo o que der
para fazer comentário para vocês. Já estou com um monte de coisas que vi e logo
vou transformar em textos para o blog. E vida que segue... Então, vamos ao que
interessa.
Eu
sempre gostei da Mulher Maravilha. Minha idade permitiu assistir alguns
episódios da antiga série de televisão com Lynda Carter no papel da poderosa
Diana que ousava usar apenas um maiô, braceletes e uma corda para combater o
crime. Sem contar o desenho dos “Superamigos” da Hanna-Barbera. Confesso que,
por minha idade, gostava mais do desenho que da série. Na animação a voz
potente de Ilka Pinheiro dava um poder à personagem negado sempre pelo roteiro
um tanto machista.
Então
começou a onda de filmes baseados em heróis dos quadrinhos. Vieram uns que não
deram certo e outros que deram. Uns foram ícones no final dos anos de 1990
(Batman), porém destruídos depois por megalomania de produtores e diretores
(Batman – Eternamente). E os anos 2000 trazem uma grande surpresa com o avanço
da tecnologia. Os puristas dos quadrinhos sempre reclamam que acabam por
deturpar algo do personagem. Mas é o grande público que dá aval ao filme para
fazer sucesso ou não. E olha que ultimamente vários filmes têm arrebentado na
bilheteria. Por sua vez, temos alguns filmes com péssimas críticas.
Alheio
a isso havia anos que queriam colocar na tela o filme da “Mulher Maravilha”.
Tentaram até vestir uma calça na garota numa série que não saiu do piloto. E
pasmem, MM não combina com “legging”. Até que Gal Gadot foi convidada para
encarnar a morenice grega de Diana, a princesa amazona e semideusa com poderes
absurdos.
O que me chamava atenção na personagem, mais nos desenhos que na
série, era o fato dela ser uma das poucas mulheres em cena ainda que meio
masculinizada pelos movimentos limitados da animação da época. Era uma mulher um
pouco anabolizada e dura o que achava muito legal. E Gadot tem esses atributos
de uma forma atenuada pela estética contemporânea.
A
história é bem estruturada e remonta a origem da Princesa na idílica ilha de
Themycira escondida por séculos pelos deuses das vistas humanas. Até que na
primeira guerra mundial muda tudo e Diana vem para o mundo dos homens lutar
contra um poder divino que está causando a guerra. O roteiro brinca bem com o
papel de “homem heroico que defende a mulher” mostrando que a Mulher Maravilha
não é uma mocinha indefesa. Existe um
mocinho que não chega a ser indefeso interpretado por Chris Pine que é usado
para isso.
Cheio de cenas de ação e sem abusar em demasia do humor o filme
consegue agradar a maioria. Diana alcança o que o filho de krypiton não
conseguiu: bilheteria. Assim vemos que, com cuidado e zelo, tudo se pode nas
telas de cinema. Mesmo que a produção tenha sido um campo de batalha tão
acirrado e cheio de vitórias e perdas quanto à guerra que Diana trava diante de
nossos olhos.
Mulher
Maravilha cumpre o prometido, dá um início digno a uma personagem querida de
muitos e diverte ao mesmo tempo. O preço exorbitante do ingresso é compensado
por esse filme. E “mores”, a Mulher Maravilha é diva, divônica, só aceita!
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