Superman: O Filme
Todo mundo conhecia o Superman. Por “todo mundo” entenda os
moleques da escola e algumas garotas. Tanto que quando comecei o ensino médio,
em 1995 o primeiro e único apelido que me deram no tempo de escola foi de Clark
Kent. Claro que não me parecia em nada com o bonitão Christopher Reeve. Mas
eles acharam uma semelhança que eu não pude identificar até hoje. Não sei se
foram os óculos de aro preto que usava ou se foi o jeito sonso que o
kriptoniano assumia para se esconder entre os humanos. E como eu era sonso no
ensino médio. O apelido durou até o fim do terceiro ano e tudo bem. Afinal ser
chamado por todos de Clark não é tão mal. Poderia ser pior, como foi com outros
amigos.
O filme era de 1978 e só apareceu na televisão, no horário
nobre, depois de 1986-1987. Lembro de ter pensado, no alto de meus quase 10
anos: “Ah, ok, filme legal!”. Já era um menino enjoado e exigente com filmes. A
história do alienígena que, por causa de seu planeta entrar em colapso, se
torna um exilado no nosso e acaba por desenvolver uma força absurda e nos salva
de inúmeros perigos era algo bem convincente na época. E não era exaustivamente
utilizada em 8 dúzias de filmes por ano. Então não enjoava.
Porém, crescendo com o mito do homem de aço algumas coisas se
dogmatizam em minha cabeça. Mas algumas perguntas insistiam em vir, como “Se
ele é indestrutível, como faz para se barbear?” Justificando, tinha uma cena
onde um fio de cabelo do alienígena kriptoniano segurava uma pedra, ou algo do
tipo, bem pesada. “E que tesoura cortaria esse cabelo?”. “Por que Lois Lane
(Margot Kidder) nunca percebeu que Clark era o Superman, a única coisa que ele
usava para esconder sua aparência era um par de óculos de armação preta e gel
no cabelo, se ela era uma repórter investigativa inteligentíssima?”
E a
derradeira que muitos garotos formulavam mas tinham vergonha de admitir “Se o
Superman ‘gozar’ ele não faz a porra transpassar pelo corpo da pessoa com que
estiver transando, perfurando e possivelmente causando estragos mortais???”
Perguntas muito significativas e existenciais, capazes de salvar o mundo de
todos os males.
Ficou a marca de ser um filme com super-heróis com uma grande
produção. Para a época os efeitos foram eficientes e o roteiro não foi dos
piores. Teve mais continuações que não agradaram muito. O primeiro deu para
engolir, os demais nem com muita reza descia.
Direção: Richard Donner
Roteiro: Tom Mankiewicz; Jerry Siegel; Joe Shuster;
Mario Puzo; David Newman; Leslie Newman; Robert Benton; Ian Fleming (história)
Elenco: Marlon Brando; Gene Hackman; Christopher
Reeve; Margot Kidder.
Música John
Williams
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