Assassin’s Creed – Ótimos
Atores e Diretor
Qualquer filme que reúna Marion Cotillard e Michael Fassbender merece total atenção. Sério,
total. Essa dupla trabalhou primeira e perfeitamente na adaptação para o cinema
da peça de Shakespeare “Macbeth: Ambição e Guerra” do diretor Justin Kurzel. E foi
fenomenal a intensidade dos atores. Lógico que esnobado pelo Oscar eles
correram em premiações menos conhecidas. E também temos que dar um destaque
para o próprio diretor que ganhou vários prêmios. Cotillard é soberba, nunca
está abaixo de sua média, que por sinal é altíssima. Sua interpretação em “Piaf
– Um Hino ao Amor” ainda é bem presente na memória. Quase possuída pelo
espírito da própria cantora francesa comoveu e ganhou inúmeros prêmios em
reconhecimento. Fassbender ainda não foi reconhecido com um prêmio conhecido,
porém não está longe de conseguir. Requisitado para viver personagens como
Magneto na nova franquia dos “X-Mans” ele consegue a densidade necessária a
personagens rasos.
A dupla de atores e o diretor de “Macbeth” estão de novo
juntos. Pena que foi em um filme baseado em um vídeo game. A história em si tem
uns furos e não convence muito. Existe um grupo de assassinos que defendem a
busca da “Maçã do Éden” artefato ainda envolto em alguns mistérios. Dois grupos
opostos se formam para ter a posse dos artefatos. Um grupo quer um mundo
perfeitinho, onde tudo dá certo e ninguém reclama, pois são controlados: os
Templários. Seus inimigos buscam o liberdade do indivíduo, são os Assassinos. O
primeiro grupo prosperou mais e tenta resgatar esse artefato mítico através de
uma tecnologia onde se consegue fazer uma regressão acessando os genes dos
descendentes de antigos guerreiros do grupo oposto. Aí é que toda trama começa.
Um tanto complicada a trama e meio bagunçada o filme acaba
caindo em mesmices do gênero ação e luta. Por mais que Fassbender e Cotillard
lutem e tencionem, em lados opostos, o roteiro em si não ajuda muito. E vemos
os esforços de um filme ruim quando além de escolher protagonistas conceituados
também vai atrás de coadjuvantes de luxo. Vemos Jeremy Irons, Brendan Gleeson e
Charlotte Rampling fazendo pontas desnecessárias. Porém como cada um tem que
defender seu pão não os julgo por aceitarem o convite. Sem contar que filmes
desse tipo os populariza para a geração mais nova que talvez nunca assistiria
um filme como “O Reverso da Fortuna”, “Perdas e Danos”, “Na Mira do Chefe” ou “45
anos”.
A direção e os bons atores fizeram a diferença e mesmo com as
suas imperfeições o filme tem uma aura de profundidade quase se salva. E,
através de efeitos especiais, temos cenas belíssimas de mergulhos de torres
altas e para o nada. Visualmente é um filme bonito e bem-feitinho.
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