Homem-Aranha: De Volta ao Lar
A Marvel
está se superando sempre. Em “Homem-Aranha:
De Volta ao Lar” vemos um Peter Parker adolescente, que ainda está no ensino
médio em Nova York. O filme passa-se logo depois dos eventos de “Capitão
América: Guerra Civil”. Se o Aranha ajudou na batalha ao lado de Stark vs Rogers,
vemos aqui um adolescente totalmente cru
que não domina seus poderes e tem como tutor o mesmo Homem de Ferro que o recrutou
e que o controla indiretamente através de seu capanga Happy Hogan.
Como todo
adolescente, Parker não se conforma em ficar fora da ação e começa a investigar
armas de obvia índole alienígena e descobre que há roubos e desvios dos materiais
que sobraram na luta que vemos em “Os Vingadores”. Sim o filme todo é interligado
com os outros da Marvel, “Thor”, “Vingadores”, “Homem de Ferro” e “Capitão
América”. A DC anda perdendo feio em matéria de filmes. As referências são
enormes e constantes. E todo o tom pesado é retirado sempre que possível por
cenas cômicas.
A
mudança de um Peter Parker universitário para um adolescente do colegial é
possivelmente proposital. A franquia tinha se perdido na versão de Sam Raimi no
terceiro filme. E a versão dirigida por Mark Webb “O Espetacular Homem-Aranha”
naufragou no segundo filme. Foi aí que perceberam o potencial do herói. Ele nunca
foi um grande herói que salvaria o mundo, pelo menos de início. Ele era
bairrista, nova-iorquino. Limitado em seu próprio mundo subjetivo. Seus diálogos
internos eram divertidamente ótimos nos quadrinhos. E isso foi resgatado nessa
nova versão pela atitude do garoto querer registra tudo em seus vídeos diários.
E Tom Holland dá o tom perfeito entre a comédia, a fragilidade, a insegurança e
a nerdice necessária. Até o amor de sua vida, a metafórica “Mary Jane”, sumiu
dessa versão. Temos a Liz, uma garota que estuda no mesmo colégio que Peter e
um é crush do outro. Há tanta participação especial que fica quase impossível
elencar. Talvez a única e maior heresia do filme seja a “Tia May” que deixou de
ser uma insuportável velhinha simpática e doce e se tornou uma gostosona
interpretada por Marisa Tomey.
E seguindo
a lógica “bairrista” o vilão da vez é um pangaré de fundo de quintal
espertalhão que aproveita a oportunidade que lhe surge. Mesmo que precise sair
do caminho da lei. Interpretado por Michael Keaton que dá um ar de “paizão” ao
vilão. Mais que isso é muito spoiler. Reforçando o elenco teen temos Zendaya
que é cria do Disney Channel. A personagem dela não mostra muito a que veio, a
não ser uma queda por Peter e estar sempre em lugares e situações não muito
adequadas aos seus horários de aula.
Além das
cenas de ação o filme todo é deliciosamente cheio de situações cômicas que
casam bem com a mitologia aracnídea de Peter Parker. Até colocar um amigo nerd
e gordo ajuda a dar o tom mais absurdamente engraçado. Demorei a assistir, pois
estava com o pé atrás. E valeu cada centavo dos meus R$ 12, 00. Isso mesmo
minha gente. Paguei somente R$ 12, 00 isso em Uberaba – MG. Imagine se fosse
meia. E o cinema não era ruim, pelo contrário. Já paguei o dobro por cinemas
menos limpos e em piores condições aqui em São Paulo. Se lá pode ser um preço
mais acessível... Aqui... Se não
assistiu ainda corre para o cinema que ainda dá tempo. Tem de tudo que deixa um
filme divertido. E é bem mais fácil de entender do que os outros filmes dos
heróis citados do universo Marvel que estão se complicando mais em seus
enredos.
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