Crepúsculo dos Deuses
Quer um grande estopim para se perder a sanidade?
O ego inflado.
Quem narra a história é Joe Gillis (Willian Holden), um
escritor contratado por Norma para escrever um filme em que brilhará e a fará
voltar ao coração do público. Gillis é um pouco picareta e tenta tirar proveito
da situação. O furacão emocional que Norma se tornou é incontrolável.
O filme foi uma alfinetada certeira através de uma crítica
corrosiva, porém verdadeira, sobre como Hollywood tratava suas divas
“esquecidas”. Muitos não gostaram do que viram retratado na tela. Para Swanson
e Holden foi um sucesso e o retorno ao estrelato, ambos estavam com problemas
em suas respectivas carreiras. Swanson ironicamente vivia a situação de sua
personagem, menos a loucura.
Agarrando
com unhas e dentes o papel foi indicada a inúmeros prêmios. E como ela brilha no filme. O filme é o ego
da personagem que toma e sufoca os que estão a sua volta. E isso ao invés de
ficar enfadonho deixa tudo delicioso. Gillis se perde neste ego e não lidando
com o desdobramento das ações acaba por ser vertiginosamente jogado à
destruição.
É antagônica a cena inicial onde já morto e boiando na
piscina narra seu infortúnio. Vários astros esquecidos do cinema mudo aparecem
no filme em participações especiais. E até Cecil B. DeMille como ele mesmo
mostra sua cara em outra cena antagônica.
E só para constar, o diretor e um dos roteirista é o ótimo Billy Wilder que conseguiu inúmeros filmes bons e com temas "difíceis".
Ano produção: 1950
Dirigido por Billy
Wilder;
Roteiro: Billy Wilder, Charles
Brackett, D.M. Marshman Jr.;
Estreia - 10 de Agosto de 1950 ( Mundial );
Duração 110 minutos;
Classificação L -
Livre para todos os públicos;
Gênero: Drama, Film-Noir;
Países de Origem: Estados Unidos da América;
Elenco: Glória Swanson,
Willian Holden, Erich von Stroheim, Hedda Hooper, Celcil B. DeMille, Nancy
Olson, etc.
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