quinta-feira, 2 de março de 2017

Março - Mês Temático: Filmes de Locadora - A Hora do Pesadelo

A Hora do Pesadelo




     


      E inicia-se Março com meu tema novo: “Filmes de Locadora”. Para começo de conversa eu sempre fui uma criancinha pobre e depois um adolescente pobre. Em casa o vídeo cassete só chegou em meados dos anos de 1990. O que culminou também com um emprego, nessa época, numa locadora.
Para um adolescente era um emprego bem legal. Mas só eu e os outros funcionários sabemos o que passamos na mão da esposa do dono da locadora que tinha mania de limpeza. Fruto da falta de amor (sexo?) no casamento. Sua crueldade na limpeza não suplantava o que sabíamos: a família toda estava fodida e quase falida. Os lanches que nos traziam à tarde era de amargar. Um pão com uma fatia fina de presunto, ou de mortadela, ou de queijo. Quando não mandavam pão com manteiga “seco”. Sem sequer um café ou leite para acompanhar.

      Contudo os primeiros filmes que assisti de locadora foram via um amigo riquinho que era meu vizinho. Eu hoje sei o motivo de eu ser o único amigo do garoto naquele tempo, ele era chato pra “caráleo”. Ninguém suportava ele, nem mesmo os primos. Ele pertencia a uma família renomada da cidade. Ele e seus pais eram os únicos membros que moravam foram da famosa chácara da família.

    
  Esse garoto, como todo garoto normal, apesar de chato, gostava de alguns tipos de filmes que descobri não suportar. Entre eles o gênero de Terror. Já tinha assistido alguns filmes na televisão sempre com o mesmo resultado: muito medo e sonhos tenebrosos. E dentre todos os filmes que ele gostava um era frequente “A Hora do Pesadelo”. Acho que graças a esse garoto eu assisti umas 9 vezes as peripécias oníricas de Freddy. Ele era um ou dois anos mais novo que eu e, enquanto as crianças assistiam filmes da Disney exaustivamente, ou He-Man, ele assistia o filme do Freddy Krueger. Ele já sabia as falas decoradas. E eu, mesmo na 7ª vez, vomitava junto com a Nancy, pelo menos em pensamento. Tentava fazer a linha de menino corajoso o que não era muito convincente ao colocar a mão diante dos olhos para não ver algo. Até hoje cenas me assombram: uma garota num saco vomitando uma espécie de centopeia, uma mão cheia de lâminas surgindo no meio da água na banheira, uma coluna de sangue jorrando de um buraco no colchão para o teto.

      Ninguém estava salvo de Freddy. A não ser que não dormisse. E eu sempre dormia demais. Sempre correndo o risco de sonhar com aquele homem repugnante e todo queimado. E pior, pela história ele adorava crianças. Era um pedófilo desgraçado, apesar de não conhecer essa palavra na época, que aterrorizou o bairro atacando criancinhas. Os pais revoltados o queimaram vivo e depois não contente ele volta dos infernos para se “vingar” dos jovens que ele não pegou quando era vivo. Pqp, além de ter problema sérios psicológicos o sem noção, que já era o vilão quando vivo, depois de morto volta dos recônditos dos infernos para se vingar atacando os jovens que não conseguiu pegar quando eram criança?? Freddy seu senso de justiça está um pouco bagunçado...

      Entre tantos filmes esse é um que ainda me trás lembranças de infância, por mais que sejam permeadas de medo...

      Nancy, Gen, Rod e Tina foram as que mais ficaram na memória e os perseguidos pelo vilão. Dirigido pelo saudoso mestre do terror Wes Craven que também assinou o roteiro e contou com os astros desconhecisos Heather Langenkamp, Amanda Wyss, Jsu Garcia o icônico Robert Englund e o mais conhecido de todos Johnny Depp.


Direção: Wes Craven
Música composta por: Charles Bernstein
Série de filmes: A Nightmare on Elm Street

Roteiro: Wes Craven

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