Terceiro mês de minha empreitada de escrever sobre filmes que
assisti de acordo com um tema determinado. Esse “Filmes de locadora” ficou bem
desfalcado pois eu assisti muito mais filmes que isso. Só selecionei uns em um
recorte de tempo. Alguns marcaram de alguma forma, outros fazem parte de mim da
maneira mais estranha possível.
“Esqueceram de mim” é um que me fez recordar especialmente
momentos com minha família. Geralmente, antes de eu começar a trabalhar, quem
pagava pelos filmes era meu tio e algumas vezes minha mãe. E assistíamos
juntos, geralmente um sábado, outro domingo. E lembro desse que não dando nada
por ele, proporcionou uma percepção de momentos de comunhão familiar. Engraçado
que somente senti isso em relação a uns programas infantis que passavam nas
tardes de sábado que assistíamos nos invernos, uma série sobre contos de fadas
e o extinto “X-Tudo”, ambos na TV Cultura.
Esse filme é bobinho, com o então astro-mirim Macalulay
Culkin que, esquecido em casa, tem que lidar com dois ladrões residenciais. E mais
que depressa ele usa de suas memórias sobre desenhos e filmes para colocar os
bandidos nos seus devidos lugares.
Culkin era uma criança muito bonita e fofa, e para meu
espanto, só dois anos mais novo que eu. Hoje um adulto, um tanto quanto
esquisito, que faz relativo sucesso em mídias alternativas. Mas ainda me
surpreendo saber que mesmo adulto ele continua mais novo que eu e com uma pele
melhor que a minha. E olhe que eu não bebo, nem fumo.
Invejinhas prá lá, mês que vem já está preparada em minha
cabeça ensandecida e na minha vida sem tempo. Vou escrever o mais rápido possível
por aqui mesmo que tenha que varar a madrugada... Não, varar a madrugada só se
for na balada ou em uma festa.
Direção: Chris Columbus
Música composta por: John Williams
Canção original: Somewhere in My Memory
Roteiro: John Hughes
Elenco: Macaulay Culkin, Daniel Stern, Joe Pesci,
Catherine O’Hara, John Heard.
Se eu falei de “Dirty Dance”, “Uma Linda
Mulher” e “Instinto Selvagem” eu não poderia deixar passar outro grande
clássico, que aluguei na locadora, “Ghost: Do Outro Lado da Vida”. Novamente
temos Patrick Swayze, menos rebolativo e com mais roupas, bom, até certo ponto,
como Sam. É apaixonado pela Molly, interpretada pela queridinha da época Demi
Moore, antes dela apelar demais em alguns papéis. A química do casal é
complementada pela esfuziante e ótima Whoopi Goldberg que faz um de seus papéis
icônicos, Oda Mae Brown, uma trambiqueira que finge ter poderes mediúnicos e
descobre da pior forma, mantendo o contato com um fantasma, que ela possui
realmente o dom de falar com os desencarnados.
O morto é o Sam que por causa de
uns paranauês acaba assassinado e morre nos braços de Molly. Ao invés de seguir
seu caminho para a luz ele resolve ficar e ajudar sua amada a resolver um mistério
que a colocava em risco. Lógico que Molly sendo americana de filme ela não
acredita em espíritos. Se ela fosse brasileira com certeza aceitaria de boa as
mensagens de Sam via Oda Mae. E ainda iria num centro kardecista, ou na
umbanda, ou no candomblé, ou num pastor. Ou pensando bem, como boa brasileira,
iria em todos. Não resolvendo, aí procuraria um padre. Enfim.
O filme tem seu encanto, cairia num
dramalhão/suspense quase insuportável não fosse Whoopi. A única que realmente
tinha talento e foi agraciada com um Oscar de Atriz Coadjuvante merecido. Pena
que também foi subaproveitada em produções bem fuleiras, com algumas exceções,
nos anos seguintes.
E vamos falar, que cena mais absurda é
aquela do vaso de argila não? É tipo “Olha, a gente se ama muito e a gente
consegue sensualizar com qualquer coisa, mesmo com um punhado de barro gosmento
e nem sentimos o desconforto desse barro entrando em lugares que não
deveriam...”
Data de lançamento: 27 de
setembro de 2014 (Brasil)
Direção: Jerry Zucker;
Canção original: Unchained Melody;
Música composta por: Maurice
Jarre, Alex North;
Prêmios: Oscar de Melhor Atriz
Coadjuvante e Melhor Roteiro Original.
Elenco: Demi Moore, Patrick
Swayze, Whoopi Goldberg, Tony Goldwyn, Rick Aviles,
Entre os primeiros filmes que minha mãe solicitou que eu
buscasse na locadora “Dirty Dance – Ritmo Quente” foi um dos primeiros. Tinha a
promessa de ser “lindo”. Só não falaram que era mais para o gosto de minha mãe
que para o meu. Não sei se estava do avesso aquele dia, mas assisti um pouco
aborrecido. E pensava sempre “Essa menina é tão feia... Essa menina é tão
feia...” e essa menina era a Jennifer Grey, que realmente não era bonita para o
padrão da época.
Obrigada
pelos pais a ir a um resort passar as férias a personagem de Grey, Frances, se
sente entediada com os outros hóspedes exóticos que estão por lá. Até que
descobre que o instrutor de dança é um “boy magia” (muito lindo, de tirar o
fôlego). E, com os elásticos da calcinha arrebentando, lá vai ela tentar dançar
e conquistar o instrutor que é interpretado por Patrick Swayze, que deus o
tenha.
E, para tal, ambos acabam participando de um campeonato de
dança e se apaixonam. Com a desenvoltura da moçoila, nem que ela ficasse 8
meses no resort daria conta de dançar bem. Como tudo se trata de um belo conto
de fadas e lógico que ela conquista o troféu e de lambuja o amor verdadeiro do
personagem de Swayze.
Canastrice em bicas, porém um filme que mexeu muito com as
mulheres. Minha mãe, a vizinha, minhas amigas, todas as mulheres, que eu sabia
que tinham assistido, adoraram. E na locadora, praticamente todo final de
semana alguém “pegava” o filme. Era de se admirar.
Data de lançamento: 25
de setembro de 1987 (Brasil)
Direção: Emile Ardolino
Música composta por:
John Morris
Canção original: (I've
Had) The Time of My Life
Figurino: Hilary
Rosenfeld
Elenco: Patrick Swayze,
Jennifer Grey, Jerry Orbach, Cynthia Rhodes, Kelly Bishop.
A Marvel Comics anda acertando muito nos filmes. Porém, nas
séries nem sempre. Com a estreia de “Punhos de Ferro” na última sexta-feira
vemos um exemplo de um produto não muito bem-acabado. Por certo que vários
personagens do universo Marvel compartilham de histórias parecidas. E algumas
dessas histórias deram certo em no formato de HQ em anos longínquos. Porém,
quando se decide fazer uma série para passar na televisão, ou num serviço de
streaming, a coisa muda. Alguns furos não são aceitáveis. Eles transforam uma
boa premissa em algo caricato e propenso a envelhecer prematuramente.
“Punhos de Ferro” tem muito disso, pelo menos nos quatro
primeiros episódios que assisti. Não sei se foi correria ou apenas descuido, há
cenas sofríveis. Como já no início onde Danny Rand surge do nada, com roupas
mais que gastas, em frente de um prédio e anuncia com a ingenuidade mal
trabalhada que “Este é meu prédio!”. E ainda
tenta simplesmente conversar com o presidente da empresa sediada lá como
se fosse fácil e normal alguém desse tipo atender um qualquer. E os disparates
se acumulam. Se entra com facilidade num prédio cheio de tecnologia, se torna
amigo de um mendigo que possui um I-Phone com plano de internet funcionando...
enfim é algo um pouco além do que uma pessoa atenta pode aturar.
A série
pretende fechar o ciclo de heróis para formar um grupo, chamado de “The
Defenders” que terá uma série própria. Não assisti “Luke Cage” nem “Demolidor”
e “Jessica Jones” só dei conta de um único e solitário episódio, mas o que
assisti de “Punhos de Ferro” fez me arrepender de perder meu tempo com esse
tipo de história. Alguns amigos do Facebook disseram para eu continuar firme e
ir até o fim pois melhora. Ainda ressabiado tenho medo que realmente seja o
caso, pois não tem como piorar. E nem vou comentar das atuações... Apesar de uns coadjuvantes de luxo como a Carrie-Ann Moss que vai ajudar o herói em questões burocráticas de graça. O.o
É difícil falar dos anos de 1990 sem falar de filmes de luta.
Entre tantos um ator que eu gostava muito era o Van Damme. Ele fazia filmes
muito legais para meus 13-16 anos. Mesmo que um de meus filmes preferidos de
todo o sempre fosse “...E o Vento Levou” e tentasse desesperadamente achar
clássicos e filmes europeus eu tinha meu lado moleque bem presente.
O quintal
de casa era grande, cheio de terra. Eu brincava, subia um pouco em árvores.
Tinha carrinhos e bonecos de super-heróis que brincava com alguns poucos amigos
que frequentava minha casa.
Lembro que no ensino fundamental o desejo de todos
os meus amigos, e o meu, era começar a fazer algum treino de alguma arte
marcial. Para mim a ideia era mais interessante que a realidade. Então me
contentava com filmes. Apesar de ter feito judô por um bom tempo.
Os filmes do Van Damme eram fáceis, para não dizer com o
mesmo roteiro, mudando apenas a locação, os atores secundários e os nomes dos
personagens do astro. E como era legal vê-lo surrando eu adversário, depois de
apanhar muito, e ganhar a luta por pouco.
Seu espacate era famoso. Todo filme ele o fazia, quase sempre de cueca. Nunca
entendi direito por qual motivo.
Me decepcionei ao saber que ele era mais baixo
que eu. Entre “O Grande Dragão Branco”, “O Desafio do Dragão”, “Leão Branco – O
Lutador Sem Lei”, “Garantia de Morte”, “Duplo Impacto”, “O Alvo”, “Soldado
Universal”, “Vencer ou Morrer”, “Street Fighter – A Batalha Final”, “Morte
Súbta” e tantos outros ele foi perdendo a graça.
Ele mal falava, ou seja,
interpretava. E todos os filmes tinham a mesma base. Um homem bom que por algum
motivo na vida aprendeu uma arte marcial mortal e acaba usando para vingar,
justiçar ou resgatar alguém, um irmão, irmã, tia, vó, cunhada, amante/namorada,
o Toninho do Buteco... E sempre, sempre mesmo, uma luta sangrenta, não antes
dele mostrar a bunda numa cueca enorme para nossos padrões abrindo as benditas
das pernas no espacate.
Definitivamente abandonei seus filmes em 1997-1998. Não tive
paciência mais. “O Legionário” foi a gota d’água. Nunca mais assisti filmes de
luta desse ator. Nem mesmo o recente “Os Mercenários” que juntava um monte de
brutamontes das antigas com novos, e que foi gravado aqui no Brasil,
precisamente em Mangaratiba-RJ. Bem na época que estava por perto morando em
Nova Iguaçu... Quase perto...
Como ele marcou muito uma fase bem moleque de minha
existência lógico que não podia deixar de citá-lo. Tanto que na minha listagem
original dos filmes para esse mês ele não constava. Não tinha como deixa-lo de
lado pois se até “Sens8” faz uma homenagem simpática ao grande ator de filmes
de lutas dos anos de 1980-1990 quem sou eu para esquecê-lo?
Patrick é um adolescente comum que é criado pelo pai numa pequena
cidade litorânea. Seu tio Lee Chandler mora há alguns quilômetros dali e vive
modestamente como “faz-tudo” de um condomínio. Porém o pai de Patrick, Joe
Chandler, morre de uma doença que deixa seu coração fraco. Quando diagnosticado,
anos antes, teve tempo de ajeitar as coisas para o filho e ainda deixou o irmão
como seu tutor legal.
Porém, quando Lee se vê obrigado a voltar para a cidade onde
morou e só saiu devido a um grande trauma que o marcou profundamente as coisas
se complicam. Enquanto cuida do funeral do irmão e resolve as pendências
legais, Lee se depara com a dificuldade de se criar um adolescente, mas o pior é
lidar com esses traumas que o modificaram tanto. Não é fácil para ele. E sem
entregar mais do filme, já aviso que nem sempre é possível superar um trauma.
Com uma penca de indicações ao Oscar, é eu sei que estou um
pouco atrasado, acabou abocanhando alguns. No Oscar foi a vez de Casey Affleck
tirar o prêmio de atores melhores, como Denzel Washington e Viggo Mortensen. Não
que Affleck tenha sido ruim, mas não foi o melhor, só isso. O filme é bem
competente, Kenneth Lonergan, que também foi indicado, consegue dirigir os
atores tirando interpretações bem pontuais e acertadas.
Mais uma vez Michelle
Willians é agraciada com uma indicação de coadjuvante e o “novato” Lucas Hedges
recebe sua primeira.
É um filme bom e considero na categoria de simpático, gostei
muito mais da história de “Manchester” do que de “Moonlight”. Opinião exclusiva
minha. Mas não vejo grandiosidade nesta obra, apenas competência. Se bem que
muitos nem isso têm...
Quando a grande motivação de um filme é uma atriz bonita que cruza
as pernas sem calcinha julgamos saber o que esperar. E eu me surpreendi um
pouco com esse filme. Ia muito além da cruzada famosa de pernas. O filme tem a
direção de Paul Verhoeven que consegue dar camadas mais profundas aos seus
filmes. E até tira uma boa interpretação de Sharon Stone. E algumas vezes ele
faz aparentes fiascos que se tornam cults com o passar de alguns anos. Só para
ter noção além de “Instinto Selvagem” ele fez “Showgirls”, a primeira versão de
“Robocop” e o mais recente “Ele” com a fabulosa Isabele Rupert.
A história de “Instinto Selvagem” é um suspense onde uma
escritora é acusada de matar seu amante com golpes de quebra gelo. O crime é
totalmente baseado em um de seus livros. E o detetive interpretado por Michael
Douglas, vai tentar solucionar o crime e, lógico, vai ser seduzido por Sheron
Stone. O jogo de “será que ela é assassina” é bem interessante. Só no
finalzinho mesmo que temos um vislumbre de uma possível solução para a charada.
O filme é bem interessante, e não só pela sensualidade. O roteiro é competente
e a direção dá o tom necessário. Os atores principais conseguem um bom
entrosamento, mesmo eu achando o Douglas velho para Stone na época e
principalmente nem tão bonito assim.
E ainda assim a cena das pernas se cruzando é o que mais
ficou no imaginário popular. E como teve gente pausando exaustivamente o seu
aparelho de vídeo cassete para tentar ver algo.
Sabe quando você assiste algo e ao final só consegue soltar
um “CAR****” ou um “POTALQUILPARILL”? Então esse é o caso. Pelo menos do
primeiro episódio. Já estou para ver o segundo e ainda me sinto embasbacado,
pasmo, passado, atordoado...
A trama acompanha as picuinhas, brigas e desentendimentos
entre dois monstros do cinema no set de filmagem de “O que terá acontecido a
Baby Jane”, Bette Davis e Joan Crawford. Sem se darem conta ambas são
ardilosamente manipuladas pelo então presidente da Warner, Jack (Stanley Tucci)
e pelo próprio diretor do filme Robert Aldrich (Alfred Molina). As duas pegam
fogo e nos ensoberbecem com as deliciosas histórias que ficaram para ser
contadas.
Iniciando-se com o depoimento de Olivia de Havilland (Catherine Zeta-Jones)
e Joan Blondell (Kathy Bates) para um documentário. O teor confidencial não
esconde todo o tom delicioso de fofoca. E isso garante farpas para todos os
lados. Não só entre as duas personagens, mas ao diretor do filme, aos homens
que comandavam a indústria cinematográfica e também às mulheres que viviam
neste contexto. Dá impressão que todas essas informações foram retiradas de uma
grande enciclopédia de boatos controversos e verdades comprováveis e colocadas
ali de uma forma interessante, que causa um efeito cômico, mesmo que afetado, e
nos deixa extasiados.
As
falas de Bette e Joan são dignas de divas, que eram, e ainda são. Bette sempre
mais desbocada e audaciosa, escondendo sua fragilidade e seus problemas
pessoais, contrasta com a falsidade polida e não menos problemática de Joan.
E para interpretar com o peso necessário as duas divas do
passado escolheram duas divas do presente. Por mais que esteja longe das telas
do cinema Jessica Lange provou ser insuperável. Conseguiu ser várias mulheres
pérfidas e más nas diferentes temporadas de “American Horror History” que
participou. Ela é uma mulher que se reinventou na televisão. Considerada velha
para papéis no cinema viu nas séries a oportunidade de brilhar e atuar fazendo
seu melhor. Susan Sarandon é a outra diva escolhida. Mesmo que tenha demorado a
se render aos encantos dos papéis televisivos ela o faz com magistral
desenvoltura e com um papel antológico. Não que não tenha feito nada na
televisão, mas não pareceu ser seu foco até agora. E com ela e Lange ganhamos
desempenhos assustadores em “Feud: Bette e Joan”. É uma fala mais deliciosa que
a outra.
Criada e dirigida por Ryan Murphy tem roteiro
milimetricamente feito para entreter. A força do primeiro episódio está em
apresentar as atrizes que já estava na casa dos 50 anos e sofriam para
conseguir papéis mais dignos nas produções da época. Com dificuldades
financeiras Joan Crawford resolve procurar uma história em que pudesse atuar e
levantar sua carreira sem cair no estereótipo de papeis para mulheres maduras. O
livro em que foi baseado “O que terá acontecido a Baby Jane?” cai em suas mãos
e ela vê o potencial da obra para a tela. Não contente em estrelar um filme que
seria ótimo, em sua previsão, ela escolhe uma “coadjuvante” de luxo para poder
lhe auxiliar a brilhar ainda mais: Bette Davis.
É um risco pois o melhor papel
é dado a Davis e Joan, só querendo angariar simpatia num papel mais ameno fica
com a personagem que julga melhor, Blanche, irmã paralítica de Jane, esta
última dá mais recursos para se talhar a personagem pois mostra uma louca
amargura pelos erros do passado. As cenas onde se reproduzem clássicos do cinema são aterradoras de similares
aos originais. O foco não é o filme, mas o que acontece nos bastidores. Bette
percebe o potencial do roteiro e decide se entregar soberbamente ao personagem.
As cenas em que escolhe as paramentas, figurinos, para compor sua personagem são
venenosamente hilárias. Tudo é venenoso no filme. Tudo. Como disse acima as
farpas são jogadas para todos os lados, são tantas que não sairá apenas essa
resenha, terei outras sobre a série.
Lembro que começou agora há pouco, estamos apenas no segundo
episódio então poderá demorar um pouco o próximo texto. O intuito não é
escrever um comentário por episódio... Apesar de achar que renderia...