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sexta-feira, 8 de setembro de 2017
Setembro - Filmes Nacionais: Mazzaropi
Mazzaropi
Aqui
mais uma vez não tem como falar de um filme. Temos que falar do artista em si.
Mazzaropi começou com o filme “Sai da Frente” em 1952 mas já trabalhava com
teatro e rádio. E por quase 30 anos teve uma carreira consistente com seus
filmes de comédia caipira. Nascido em São Paulo vive parte da infância entre
idas e vindas da capital para o interior. E se especializa em fazer o tipo que
lhe rendeu fama: ingênuo, caipirão e caricato.
Seus
filme não tinham grandes pretensões, mas agradavam muitas pessoas. Há um tempo,
quando ainda trabalhava na locadora, eu via senhores mais velhos ou ainda
homens trintões, correndo alugar Mazzaropi. Muita gente ainda não gostava de
legendas e os recursos do DVD não existiam.
De
todos os que mais se destacam é o já citado “Sai da Frente”, “O Corintiano” e
“Jeca Tatu”. O personagem era praticamente o mesmo. Um matuto caipira
espertalhão, porém nunca burro só limitado pela falta de escolaridade. O que
divergia muito do ator que diziam ser bem culto e inteligente. O grande trunfo
de Mazzaropi era seu carisma. Ele convencia como homem simples do campo e
alguém que usa mais a esperteza do que um intelecto e sempre se dá bem. Muitos
dos filmes estão em preto e branco e nos traz histórias simples e engraçadas
com situações inusitadas. Lembro também que nas tardes de domingo na rede
Cultura de televisão sempre passavam seus filmes.
Não
falo que são os melhores filmes do mundo, mas todo cinéfilo que se prese deve
pelo menos assistir um ou dois filmes desse grande expoente da comédia
cinematográfica nacional. Filmes leves, roteiro se pautava pela simplicidade.
Depois
de um tempo esse grande ator, um tanto esnobado pela grande mídia, começou a
escrever sue próprios roteiros e até a co-dirigir alguns trabalhos. Percebo que
Mazzaropi é pouco valorizado por sua aparente “simplicidade”. Mas ele lotava
cinemas e todos se divertiam com ele. Isso ainda falta em muitas produções
nacionais.
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