segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Assassin’s Creed – Ótimos Atores e Diretor

Assassin’s Creed – Ótimos Atores e Diretor




      Qualquer filme que reúna Marion Cotillard  e Michael Fassbender merece total atenção. Sério, total. Essa dupla trabalhou primeira e perfeitamente na adaptação para o cinema da peça de Shakespeare “Macbeth: Ambição e Guerra” do diretor Justin Kurzel. E foi fenomenal a intensidade dos atores. Lógico que esnobado pelo Oscar eles correram em premiações menos conhecidas. E também temos que dar um destaque para o próprio diretor que ganhou vários prêmios. Cotillard é soberba, nunca está abaixo de sua média, que por sinal é altíssima. Sua interpretação em “Piaf – Um Hino ao Amor” ainda é bem presente na memória. Quase possuída pelo espírito da própria cantora francesa comoveu e ganhou inúmeros prêmios em reconhecimento. Fassbender ainda não foi reconhecido com um prêmio conhecido, porém não está longe de conseguir. Requisitado para viver personagens como Magneto na nova franquia dos “X-Mans” ele consegue a densidade necessária a personagens rasos.


      A dupla de atores e o diretor de “Macbeth” estão de novo juntos. Pena que foi em um filme baseado em um vídeo game. A história em si tem uns furos e não convence muito. Existe um grupo de assassinos que defendem a busca da “Maçã do Éden” artefato ainda envolto em alguns mistérios. Dois grupos opostos se formam para ter a posse dos artefatos. Um grupo quer um mundo perfeitinho, onde tudo dá certo e ninguém reclama, pois são controlados: os Templários. Seus inimigos buscam o liberdade do indivíduo, são os Assassinos. O primeiro grupo prosperou mais e tenta resgatar esse artefato mítico através de uma tecnologia onde se consegue fazer uma regressão acessando os genes dos descendentes de antigos guerreiros do grupo oposto. Aí é que toda trama começa.

      Um tanto complicada a trama e meio bagunçada o filme acaba caindo em mesmices do gênero ação e luta. Por mais que Fassbender e Cotillard lutem e tencionem, em lados opostos, o roteiro em si não ajuda muito. E vemos os esforços de um filme ruim quando além de escolher protagonistas conceituados também vai atrás de coadjuvantes de luxo. Vemos Jeremy Irons, Brendan Gleeson e Charlotte Rampling fazendo pontas desnecessárias. Porém como cada um tem que defender seu pão não os julgo por aceitarem o convite. Sem contar que filmes desse tipo os populariza para a geração mais nova que talvez nunca assistiria um filme como “O Reverso da Fortuna”, “Perdas e Danos”, “Na Mira do Chefe” ou “45 anos”.


      A direção e os bons atores fizeram a diferença e mesmo com as suas imperfeições o filme tem uma aura de profundidade quase se salva. E, através de efeitos especiais, temos cenas belíssimas de mergulhos de torres altas e para o nada. Visualmente é um filme bonito e bem-feitinho.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário