Pequena justificativa injustificável: Gentchxs! Como postei
outro dia aqui mesmo no blog meu notebook partiu desse plano físico. Sua
carcaça jaz sobre meus livros e materiais variados de escritório. Um exoesqueleto
daquilo que foi meu parceiro durante quase 5 anos. Não há perspectiva de
retorno. Nem a fé no redivivo consegue ressuscitá-lo. O ultimato já fora dado
na última formatação há mais de um ano e meio... Vá em paz com todos os meus
textos (que por sorte fiz backup) em seu coração e descanse no paraíso eterno
dos notebooks. Somado a isso acrescento mudanças drásticas nos meus horários no
trabalho (essa sempre me atrapalha muito) e a minha outra velha e não tão
querida companheira, a preguicinha, que insiste em causar tormentos perenes...
E por intermédio disso, não
iniciarei a temática de julho sem concluir junho. Ou vocês acham que perderia a
chance de jogar camadas e mais camadas de cores iridescentes no blog? Afinal a
causa é séria, o Brasil é um dos países mais intolerantes com a comunidade LGBT
do mundo. Umas das “siglas” que mais sofre é a “T” e nada é feito. Autoridades fecham
os olhos e fingem não notar.
E um caminho para mudança é
assumir que os problemas contra a comunidade LGBTs existem. E para reconhecer
que os problemas contra os LGBTs existem é necessário admitir que a comunidade LGBT existe, é necessário mostrar,
divulgar, e não esconder e negar sua visibilidade. O reconhecimento cultural se
faz necessário. Bom, vamos ao comentário do filme da vez.
Orações para Bobby
Algumas
coisas são tão clichês na vida real, porém nem sempre são representadas no
cinema, ou neste caso, na televisão. Ou quando são representadas não atingem o
status que mereceria. A temática de “Orações para Bobby” é muito clichê na vida
real. Tanto que a história se baseia em um fato real. E mesmo que não fosse,
milhares de outros casos similares dariam o aval de veracidade ao tema. Um jovem que nasce em uma boa família cristã
sabe que é gay e pressionado para se “curar” dessa “doença” (homossexualidade
não é doença) vai morar longe de todos. Sem o apoio necessário de seus entes
queridos com sua sexualidade e ainda pressionado para se curar não consegue
segurar as pontas e suicida-se. A mãe tenta de todas as formas entender o
motivo de suas orações não surtirem efeito e Deus não “livrar” Bobby de sua
homossexualidade, algo repugnante condenado pela bíblia. A mãe Mary,
interpretada por uma ativista de peso, Sigourney Weaver, entra em crise e
percebe o óbvio: era melhor ter o Bobby vivo e gay do que morto através de um suicídio.
Não há pastor protestante que a conforte e sua única saída é começar a entender
melhor o que Bobby passou e, é aí que as orações que tanto tinha feito a Deus
surtem efeito, e aceitar que seu filho, independente da orientação sexual, era
só seu filho e merecia amor que ela não deu. Deus só queria que ela percebesse que
o amor suplanta tudo. E que se ela achava um “desvio” ser gay, isso não deveria
ser motivo para pressioná-lo. A tolerância também deveria ser atributo de bons
cristãos. Afinal é bíblico, se não me engano o “amar ao próximo” embarca essa
tolerância...
Direção: Russell Mulcahy
Música composta por: Christopher Ward
Produção:
Damian Ganczewski
Elenco: Sigourney
Weaver, Ryan Kelley, Henry Czerny, Austin Nichols, Dan Butler.
Os verdadeiros Babby e Mary
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