American Gods – Deuses Americanos
Mais uma semana sem filme interessante, então vamos para uma série.
Estava lendo o livro “Deuses Americanos” há um tempo pois tinha pensado numa história para escrever e descobri que Neil Gaiman já havia desbravado algo no sentido que queria. Fui ler o livro. Infelizmente, ou felizmente, no meio do processo, descobri que esse texto viraria série. E não deu tempo de ler todo o livro, acho que li somente metade, e aconteceu a estreia da nova série no canal pago Starz.
Digo que
achei o livro meio modorrento. Um misto de formalismo e frieza típicos de
histórias de cunho puramente comercial e por vezes escritos não apenas a duas
mãos... O.o
Já
a série está ótima, bem produzida e, na medida do possível, bem fiel a história
original até o capítulo assistido. Atores interessantes e licenças poéticas bem
instigantes.
“American Gods” acompanha a figura quieta, pelo menos no livro, de Shadow Moon (Ricky Whittle). Nos últimos dias que espera sua pena na cadeia vencer é chamado e liberado um pouco antes do esperado, sua esposa havia sofrido um acidente. Quando chega ao velório descobre que ela o traia com o seu melhor amigo e morreu engolindo algo maior do que a própria boca. Literalmente...
Desesperado
e um pouco sem rumo na vida é interpelado pelo enigmático e estranho Mr.
Wednesday (Ian McShane) que lhe propõe um serviço bem remunerado. Contrariado aceita
e vai descobrindo aos poucos uma trama muito mais fantástica do que poderia
supor. Paralelamente vai se contando histórias de “deuses” que vieram aos EUA
através das pessoas que aqui estiveram e esquecidos tentam sobreviver se
misturando aos humanos.
A visão de Gaiman é bem interessante e coloca os deuses tão humanos quanto possível. É uma boa explicação para se justificar a idolatria que o ser humano é capaz de exercer e sua relação com o divino. E o mais interessante, não são só deuses pagãos que aparecem, há também novos ídolos, como tecnologia e mídia. Ainda preciso ler o restante do livro e assistir o quarto episódio. Do que vi até o instante gostei muito. E meu coração pende mais para o culto da série ao livro. Em nome de todos os deuses desconsidere um pouco as viagens que o autor desenvolveu. E por incrível que pareça é algo que condiz com um espírito de atualizar personagens tão antigos como a própria humanidade. Lógico pelo viés americano, na verdade pelo viés da visão de um inglês sobre a cultura americana.
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