Howard
Brackett (Kevin Kline) era um pacato professor no interior dos EUA. Sua vida
corria tranquila até que uma estrela de Hollywood, que nasceu por lá, é indicada
a um grande prêmio e ao vencer, em seu discurso, agradece e comenta sobre o seu
professor “gay”.
A
vida de Howard se transforma totalmente com todos duvidando de sua sexualidade.
Mas onde está o casamento? Claro que Howard está noivo de Emily (Joan Cusack) e
isso é um baita abalo sísmico no relacionamento dos dois. O engraçado que até
então Howard nunca tinha se visto como um gay e passa também a se questionar. É
hilária algumas cenas onde tenta provar sua masculinidade sempre acabando por
soltar uma bela de uma franga. E para piorar, ou melhorar, um jornalista gay
(Tom Selleck) vai tirar a limpo a história e acaba se apaixonando por Howard.
E
o casamento sai ou não?
Para
isso assista o filme. O que chama a atenção nesta história é a visibilidade que
é dada a temática. Por mais que abuse de estereótipos temos que lembrar que em
1997 o assunto ainda era tabu. Ou pelo menos mais que agora. E um ator fazer um
personagem gay era a mesma coisa que assumir sua sexualidade. Todos evitavam
esses subgêneros de filmes. E olhe que em 1993 já haviam lançado Filadélfia que
arrebatou inúmeros prêmios e dado Oscar de Melhor Ator a Tom Hanks.
Como
último filme sobre casamento esse já vai abrir a temática do mês que vem. Já
percebeu qual será???
Quinta
te conto 😉...
Data de lançamento: 19 de
setembro de 1997 (EUA)
Direção: Frank Oz
Música composta por: Marc Shaiman
Roteiro: Paul Rudnick
Elenco: Kevin Kline, Joan Cusack,
Debbie Reynolds, Tom Selleck, Matt Dillon.
A
obsessão por ser “vencedor” assola tanto o imaginário americano que basicamente
todas as comédias possuem os “perdedores” patéticos e dignos de reprovação. Em
“Missão Madrinha de Casamento” vemos Kristen Wiig interpretando uma Annie toda
derrotada. Ela é uma ótima confeiteira que não deu certo. E deste ponto em
diante sua vida está descendo ao fundo do poço. E para coroar sua derrocada,
sua melhor amiga está para casar. Sim, casamento ainda é um fetiche ligado a
vitória feminina nos EUA de 2017, ou de 2011, ano de produção do filme.
Entre
o desespero passivo de Annie e sua insustentável condição de perdedora aparece
uma rival que quer tirar os seus momentos de amizade com a noiva (Maya Rudolph)
tomando o lugar de madrinha principal, a rica e competitiva dona de casa fútil
Helen Harris III ( Rose Byrne). Seria o filme perfeito para Wiig e Byrne
travarem um duelo de carisma e se transformarem nas antagonistas mais queridas
não fosse o fator M: Melissa McCarthy fazendo a masculinizada Megan.
A
Megan de McCarthy brilha e arrebata todos na tela diante das outras personagens
fúteis em cor-de-rosa e tons pasteis. Fora do padrão de beleza vigente e ainda
sem usar as roupas “femininas” consegue passar mais veracidade que as outras. E
o refresco aos olhos diante de tanta mesmice lhe garantiu a indicação ao Oscar
de melhor atriz coadjuvante em 2012 perdendo, numa disputa acirrada, para
Octavia Spencer.
O
filme é simpático, mas um pouco enervante nas misérias da personagem principal
e nas artimanhas da outra em tentar roubar seu posto de madrinha ajudante. Algo
um pouco sem sentido aqui no Brasil pois quem resolve tudo relacionado aos
preparativos do casamento é a própria noiva. E se tiver dinheiro contrata um
serviço bem brega para realizar tudo.
Se filmes de casamento não agradam tanto, pelo menos aos leitores deste blog,
os índices de acesso caíram vertiginosamente, ele possui sim um público cativo.
E finalizando Maio, o tradicional mês das noivas, vem o próximo filme nesta
terça-feira para fazer a ponte com o próximo tema do mês que vem. Aguardem!
Direção: Paul Feig;
Música composta por: Michael
Andrews;
Canção original: Hold On;
Elenco: Kristen Wiig, Melissa
McCarthy, Maya Rudolph, Rose Byrne, Wendi McLendon-Covey, Ellie Kemper, Rebel
Wilson, Chris O’Dowd.
Ok,
ok, ok... Já entendi...Ou vocês estão muito ocupados com nossos problemas
políticos ou realmente detestam filmes de casamento.
Quero
muito acreditar no primeiro fator pois a turbulência está feia.
Porém,
quando me propus fazer os “meses temáticos” a intenção era continuar “haja o
que hajar”. E como eu sei que vocês não gostam de filmes de casamento? Sou médium...
Não, estou brincando. O Blogger me informa os índices de acessos. Rhááá! Tenho
todos os dados aqui comigo. Sei até o que você fez no verão passado... Não, eu
não sei, só achei que essa piada bosta usando o nome de um filme cairia bem
aqui. É, não caiu.
Enfim,
meu humor anda apagado.
Não
mais que o humor deste filme que comento. “Quatro Amigas e um Casamento”,
título horrível pela intenção que o roteiro traz. O título original é “Bachelorette”
que poderemos traduzir como “Solteira”. A
história gira em torno de três amigas do colegial que eram as “populares” da
escola. Americano tem fixação por essa ideia. E vemos uma Kristen Dunst, a
abelha rainha Regan, Isla Fisher a louca desvairada e alcoólatra Katie e Lizzy
Caplan que tenta ser a certinha, Gena. As três formaram o trio inseparável que
detonava a coitada da Becky (Rebel Wilson) por ser a gorda da turma. Anos se
passaram e a amizade persistiu mesmo à distância e Becky também as considera
suas amigas. Porém algo acontece que as fazem perceber o quanto suas vidas são
fúteis, inúteis e frustradas: Becky está noiva e as convida para o casamento.
O que se
sucede é um jogo de erros provocado pela dor de cotovelo das outras três que
não se conformam em não terem sido as primeiras. Cada uma, a seu modo e
mediante a sua personalidade, destila todo tipo de veneno e tenta, as vezes até
inconscientemente, destruir a felicidade da única que foi capaz de arrumar um
pretendente para casar. Isso deixa o filme mais patético e não cômico. Dunst
coloca uma amargura ácida em sua Regan que exala pelos poros.
É evidente que
ela deveria, em sua cabeça doente, ser a que casaria primeiro com um ótimo
pretendente e que fosse a de maior sucesso do grupo. E involuntariamente Becky
mostra o ser humano ruim que ela se tornou. Se conseguirmos tirar a motivação
das personagens femininas, “casar =
felicidade”, podemos perceber uma
crítica ferina diante do culto da popularidade: nem todo mundo que foi popular
na escola se torna uma boa pessoa na vida adulta. E como Regan, Katie e Gena
são péssimas amigas, namoradas, amantes, seres humanos. É angustiante ver a mesquinhez
das três diante da felicidade alheia.
Não é comédia, mesmo tendo uns
momentos de humor. É um pequeno drama sobre a vida adulta que nem sempre é o
corredor da escola do Ensino Médio.
Direção: Headland Leslye
Produção: Will Ferrell, Adam
McKay
Roteiro: Headland Leslye
Elenco: Kirsten Dunst, Isla
Fisher, Lizzy Caplan, Rebel Wilson
Há
dois anos tentei ler o livro e não consegui. Achei chato. Por certo que Willian
P. Young tentou um nicho de mercado bem prolífico: o cristão. Não que o livro
assuma uma denominação, ele tenta ser universal para fisgar desde católicos até
os neopentecostais. Algumas coisas fogem da ortodoxia mas passa tranquilo por
“liberdade poética”.
O
filme segue os passos pedagógicos do livro, pelo menos até a parte que li. Com
uma ou outra alteração. E vemos um desfile de imagens monótonas e talhadas para
assolar o povo que acha lindo uma estética batida. Basicamente a história
acompanha o patriarca da família Phillips que acaba por perder a filha mais
caçula de forma brutal. Ele que já não nutria grande simpatia pela religião
acaba por se afastar de vez de Deus e cria um abismo entre si e o restante da
família.
Um
dia recebe uma carta que o convida a ir até “a cabana”, local onde acharam as
roupas de sua filha, e jamais o corpo. E lá vai ele. E lá acontece o encontro
com a Santíssima Trindade através de uma maternal presença representada pela
atriz oscarizada Octavia Spencer. Numa cena, o Papai do Céu fala que se
apresenta como mulher pois o Mack (Sam Worthington) sempre teve uma visão negativa de um pai “homem”. Jesus é interpretado
pelo ator israelense Aviv Alush e o Espírito Santo a atriz japonesa Sumire
Matsubara. Até mesmo a versão masculina de Deus toma o corpo do veterano ator e
indígena Graham Greene.
É interessante o
uso de diversas etnias para mostrar a Trindade. Pai, e Filho e Espírito Santo
passam um tempo batendo papo com Mack tentando colocar em sua cabeça dura o
quanto Deus Pai é bom e ele está equivocado em achar que a culpa de sua filha
ter sido brutalmente assassinada ser dele. Até a Sabedoria Divina, que no
Antigo Testamente é praticamente uma personificação alheia a Deus, apesar de
dependente, aparece no corpo da brasileira Alice Braga. Tudo faz com que Mack
repense sua relação com Deus e reate seu amor ao criador.
Esse
livro, e em consequência o filme, vai de encontro com velhos questionamentos da
humanidade enquanto a suposta ambiguidade na ação divina. Como o filme toma o
contexto cultural americano, fortemente influenciado pelo protestantismo vemos
que tudo é colocado como uma visão relativamente nova. Até parece que é tudo
algo bolado pelo autor. Porém, se o catolicismo pecou por esconder os
ensinamentos o protestantismo peca por não estudar muito a história. Tudo que é
retratado no filme, pelo filtro modernoso que vemos, já foi abordada à exaustão
pelos teólogos católicos desde os primeiros séculos: Dionísio de Corinto,
Dionísio de Alexandria, Tertuliano, Orígenes, Agostinho, Abelardo, Anselmo,
Guilherme de Ockan, Tomás de Aquino até os contemporâneos, sejam os católicos,
sejam os protestantes.
Então
o questionamento do filme é antigo e a busca pela resposta tão antiga quanto. E
já aviso que é estabelecido um consenso sobre o tema há pelo menos uns 1800
anos de história cristã. Não ache que “A Cabana” descobre o segredo mais
imperscrutável do universo pois não descobre. Só faz colocar de forma simples o
que os teólogos já o fizeram e continuam fazendo.
O
filme no geral pode emocionar quem não tiver um coração já calejado pelas
hipocrisias cristãs. Infelizmente é o meu caso. Me entediei aos 20 minutos de
filme. Claro que quem nunca ouviu sequer a menção “Deus é mãe!” achará tudo muito inusitado. E a
propósito, o primeiro a citar essa ideia de forma oficial ao mundo foi o papa
João Paulo I... Coitado, morreu com apenas 33 dias de pontificado...
Foram
tantas emoções que eu acabei me enrolando aqui com minhas resenhas... Não sabe
do que estou falando? Nossa política amores... Nossa política... Tem mais
reviravoltas que os filmes do Shyamalan...
Voltemos
aos filmes de casamento.
Como
podem notar, casamento é algo que não se deve levar a sério. Pelo menos para
Holywood. Todos os filmes até agora são classificados como comédias românticas.
E com “O Casamento Grego” não é diferente.
Acompanhamos
a história da simpática, mas não tão bela, Toulas Portokalos (Nia Vardalos que
também assina o roteiro). Ela é um tanto quanto tímida e atrapalhada e se
apaixona pelo bonitão Ian Miller (John
Corbett). E seu problema nem é sua timidez e atrapalhação. O problema é que ela
é de uma família grega, espalhafatosa e exagerada. E como fisgar alguém com
essa família por trás? E não é que ela consegue? Sim, um conto de fadas moderno
onde os desejos se realizam e tudo dá certo no final apesar dos contratempos. E
quanto contratempo. Acontece de tudo e mais um pouco que já estamos acostumados
nesse tipo de filme: parentes surtados e sem noção, primas histéricas,
atrapalhações e medo por parte da protagonista em perder seu pretendente. Não é
um filme mais interessante e inovador que “O casamento de Muriel” ou “Quatro
casamentos e um Funeral” ou ainda “O Casamento do Meu Melhor Amigo”. Na verdade
é bem inferior, porém caiu nas graças da academia e recebeu uma indicação por
Melhor Roteiro perdendo para o excelente “Fale Com Ela” de Pedro Almodóver em
2003. E o interessante é que o título em inglês deixaria a história mais
interessante “My Big Fat Greek Wedding” algo como “Meu Grande, Gordo e Grego
Casamento” (tradução livre).
Não
direi que é um filme ruim pois é gostosinho de se ver e diverte muito. Porém, os
outros filmes já comentados até agora ganham em tudo deste. O filme
rendeu ainda uma série no ano seguinte da estreia do filme que naufragou e uma
continuação cinematográfica que só apareceu em 2016 e ainda não tive coragem de
assistir.
Direção: Joel Zwick
Roteiro: Nia Vardalos
Música composta por: Alexander
Janko, Chris Wilson
Produção: Tom Hanks, Rita Wilson,
Gary Goetzman
Elenco: Nia Vardalos, John
Corbett, Lainie Kazan, Michael Constantine.
Pense
num grupo de música que foi um tremendo sucesso e. mesmo passando por um
período de “breguisse”, hoje se tornou o ícone de várias gerações. Sim, estou
falando de ABBA. Eles tiveram uma carreira produtiva e relevante e a duração de
cerca de 10 anos enquanto grupo. Indiferente ao real motivo de sua parada o
ABBA causou com suas músicas. Não há Flashback que não os homenageiem pelas
baladas afora. Dizem que a dupla feminina não se suportava, como esse não é um
site de fofocas, não vou por esse lado.
O que nos importa é que a dupla
masculina “reatou” a amizade e teve a grande ideia de colocar o ABBA de volta
nas mídias. E o fruto mais gostoso desse “retorno” foi o musical “Mamma Mia!” Vários diretores já usavam músicas desse grupo em suas trilhas sonoras, sempre
dando muito certo. Então por qual motivo não usar as músicas para confeccionar
um filme próprio? Claro que de início foi um musical da Broadway e só depois
que tomou corpo e ganhou o público é que virou o filme.
No
elenco está a celebradíssima Maryl Streep como Donna Sheridan, dona de um hotel
na Grécia que prepara o casamento da filha Sophie (Amanda Seyfried) que não
sabe quem é o pai e bola o plano de convidar para a festa os três namorados de
sua mãe na época em que foi concebida: Sam (Pierce Brosnan);Harry (Colin Firth)
e Bill (Stellan Skarsgård). Poderia ser um enorme dramalhão não fosse a produção jogar tudo para o
estilo de comédia romântica. Várias músicas mais conhecidas do grupo são usadas
entre as falas dos personagens e inúmeras danças, inclusive a que dá título à
obra é um dos clássicos do ABBA. Para ajudar a compor o quadro antigas amigas
de Donna são convocadas, Rosie (Julie Walters) e Tanya (Christine Baranski)
para a festança.
Claro
que o casamento em si fica em segundo plano diante do drama de Donna
reencontrar seus antigos namorados e os momentos embaraçosos se multiplicam
para nossa felicidade. Um filme que nos presenteia com músicas maravilhosas
cantadas pelos próprios atores. Apesar de alguns serem famosos por não terem
vozes tão belas isso não desmerece o filme.
Mais uma semana sem filme interessante, então vamos para uma série.
Estava
lendo o livro “Deuses Americanos” há um tempo pois tinha pensado numa história
para escrever e descobri que Neil Gaiman já havia desbravado algo no sentido
que queria. Fui ler o livro. Infelizmente, ou felizmente, no meio do processo,
descobri que esse texto viraria série. E não deu tempo de ler todo o livro,
acho que li somente metade, e aconteceu a estreia da nova série no canal pago
Starz.
Digo que
achei o livro meio modorrento. Um misto de formalismo e frieza típicos de
histórias de cunho puramente comercial e por vezes escritos não apenas a duas
mãos... O.o
Já
a série está ótima, bem produzida e, na medida do possível, bem fiel a história
original até o capítulo assistido. Atores interessantes e licenças poéticas bem
instigantes.
“American
Gods” acompanha a figura quieta, pelo menos no livro, de Shadow Moon (Ricky
Whittle). Nos últimos dias que espera sua pena na cadeia vencer é chamado e liberado
um pouco antes do esperado, sua esposa havia sofrido um acidente. Quando chega
ao velório descobre que ela o traia com o seu melhor amigo e morreu engolindo
algo maior do que a própria boca. Literalmente...
Desesperado
e um pouco sem rumo na vida é interpelado pelo enigmático e estranho Mr.
Wednesday (Ian McShane) que lhe propõe um serviço bem remunerado. Contrariado aceita
e vai descobrindo aos poucos uma trama muito mais fantástica do que poderia
supor. Paralelamente vai se contando histórias de “deuses” que vieram aos EUA
através das pessoas que aqui estiveram e esquecidos tentam sobreviver se
misturando aos humanos.
A visão de Gaiman é bem interessante e coloca os
deuses tão humanos quanto possível. É uma boa explicação para se justificar a
idolatria que o ser humano é capaz de exercer e sua relação com o divino. E o
mais interessante, não são só deuses pagãos que aparecem, há também novos
ídolos, como tecnologia e mídia. Ainda preciso ler o restante do livro e
assistir o quarto episódio. Do que vi até o instante gostei muito. E meu
coração pende mais para o culto da série ao livro. Em nome de todos os deuses
desconsidere um pouco as viagens que o autor desenvolveu. E por incrível que
pareça é algo que condiz com um espírito de atualizar personagens tão antigos
como a própria humanidade. Lógico pelo viés americano, na verdade pelo viés da
visão de um inglês sobre a cultura americana.
E
prepare-se, o pudor quanto a nudez masculina foi esquecido aqui. Há cenas “fortes”
e “duras” para os de coração fraco.
Em
2001, época do lançamento, eu estava em São Carlos e no cinema do shopping não
passou esse filme. Assisti no Sesc que tinha o costume de ter filmes
“alternativos”. Gostava muito de ir lá afinal filmes pipocas em demasia
transformam o cérebro em gosma melequenta.
Claro
que o filme foi feito mais para os olhos americanos, e de tabela os
brasileiros. Porém o tom vibrante da narrativa, as cores e os costumes até
então não muito retratados em outros filmes foi algo delicioso de se ver. A
história toda se concentra nos preparativos do casamento de Aditi Verna (Vasundhara Das) que vai se casar com um estrangeiro.
Seus pais Lalit (Naseeruddin Shah) e Pimmi (Lillete Dubey) entram numa grande
empreitada para fazer um casamento adequado ao status da família. É
interessante perceber certos costumes como por exemplo na tentativa do homem
que aluga tendas persuadir o casal a usar uma branca, quebrando o preconceito,
e lembrando que na Europa e América o branco é símbolo de paz, porém o branco
para os indianos é símbolo de luto e os pais da noiva ficam indignados com a
proposta do dono das tendas.
As
músicas vibrantes e animadas são atualizadas com uma batida mais eletrônica e
dão uma graça modernosa ao filme. E as roupas um deslumbre só para quem gosta
de estampas.
O
filme foi realizado 8 anos antes da boçal novela “Caminho das Índia” e do ótimo
“Quem Quer Ser um Milionário?”.
Por aqui nem se falava de Bolywood. Esse filme
foi um frescor diante de tantos outros com gente branca e costumes pasteurizados
e ocidentais. A inserção cultural mesmo através de uma comédia romântica e com um roteiro “americanizado” é sempre
positiva. Ainda mais com um filme simpático e gostoso como “Um Casamento à
Indiana".