terça-feira, 25 de abril de 2017

Abril - Mês Temático - Filmes Religiosos: O Manto Sagrado

O Manto Sagrado




     Abril mês de Páscoa para os católicos, e mais um filme de “sandálias”, como eram conhecidos os filmes sobre o Roma antiga.
         Foi o meu primeiro filme com o Richard Burton, o eterno affair de Elisabeth Taylor. E não me surpreendi muito. Um ator que  foi indicado várias vezes ao Oscar e nunca ganhou. Não que não seja bom, porém, não falarei dele agora. O filme segue um evento que ocorreria após a morte de Jesus Cristo. Apesar de começar com uma motivação bíblica, desembesta para pura ficção. Baseado na obra homônima de  Lloyd C. Douglas acompanhamos o suposto guarda romano que vence uma jogatina e fica com o manto de Jesus. Isso é bíblico. O restante é a imaginação de Douglas pensando como teria sido a vida desse homem.

Sem entender muito o que se passa, esse soldado, Marcellus Gallio (Burton), está seguindo ordens e testemunha a morte de um galileu. Deu que num arroubo exagerado de imaginação do autor, Marcellus vai usar o manto de Jesus e sofre uma angústia insuportável e se sente amaldiçoado. Dá o manto para seu escravo que em certo momento foge com a relíquia que julga ter uma maldição. Começa então sua peripécia atrás do escravo fugitivo e do manto que julga enfeitiçado para destruí-lo e acabar com seu sofrimento.

         Lógico que nesse caminho ele descobre seguidores de Cristo e vai, indiretamente percebendo o quanto o Nazareno era bom e o quanto o império o injustiçou.  Marcellus vai se convertendo à nova religião que dominaria o mundo séculos depois. Até também ser perseguido por tomar partido dos cristãos.


        
O filme é uma produção de 1953 e tirando a estética datada e as limitações de cenários, ele reproduz a beleza de um mundo clássico que convence justamente por ser um filme de “perseguição”.   Não considero melhor que “Quo Vadis” mas é um bom filme. Como sempre comento, é um filme para quem gosta de cinema.  O gosto popular pode não achar mais esse tipo de filme “bom” mas isso não quer dizer que ele não o seja. Mudou apenas o gosto do grande público. 

Data de lançamento: 1953 (mundial)
Direção: Henry Koster
Música composta por: Alfred Newman
Prêmios: Oscar de Melhor Figurino, mais
Roteiro: Lloyd C. Douglas, Philip Dunne, Albert Maltz, Gina Kaus
Atores: Richard Burton, Victor Mature, Jean Simmons, Jay Robinson, Michael Rennie.

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