Foxcatcher: Uma Historia Que
Chocou O Mundo
Este
é um filme de um ótimo trio de intérpretes. O quase irreconhecível Steve
Carrell, como o magnata John du Pont, Mark Rufallo, como David Schultz e Channing
Tatum como o irmão mais novo de David, Mark, ambos medalhistas olímpicos em
luta greco-romana. Tudo começa quando du Pont quer financiar os treinos de Mark
e empolgado pela oportunidade se entrega ao milionário de corpo e alma. Vai morar
em sua propriedade “Foxcatcher” e começa a ter um relacionamento bem próximo
com o autointitulado “treinador”, “águia”, “águia dourada” ou simplesmente “Jonh”.
Aí já vemos um pouco o tom do filme. Tudo gira em torno do que du Pont acha ou
não de si mesmo e usa o jovem Schultz de espelho para o seu ideal. David de
início reluta, mas acaba cedendo diante da vontade e do dinheiro de John. O que
acaba por abalar a relação entre os irmãos, que antes era de camaradagem, e
agora entra uma rivalidade invejosa diante da atenção do milionário. E sem
entregar demais, apesar de ser uma história pública, dá merda no final.
Tatum
sempre foi um ator competente nas áreas de aventura e ação, e agora tenta alçar
voos ambiciosos. Ainda falta um pouco de maturidade ou de aceitação da academia
para seu tipo, tanto que não foi indicado ao Oscar. Já Rufallo, cada ano mais
centrado e coerente com sua carreira, consegue a indicação de coadjuvante por
sua técnica em contrapor uma caracterização bem convincente de um campeão
olímpico que ao mesmo tempo é um pai de família, mas não brilha tanto quanto
Tatum. Contudo quem rouba a cena o tempo todo é o transfigurado Carrell com um
implante nasal assustador. Dá o tom certo ao estranho e problemático du Pont. O
filme é de atuação, e se mostra um tanto lento e sonolento no desenrolar dos
fatos que retrata. Talvez, a intenção do diretor Bennet Miller, o mesmo de “Capote”,
seria de nos dar algo quase documental. Seguindo os paços dos três personagens
e construindo um quadro complexo e nada óbvio dos acontecimentos. E isso deixa
o filme lento, devagar, quase parando. A crítica está elogiando muito este
filme. E até concordo se desconsiderar o ritmo massacrante do filme.
Indicado
nas categoria de Diretor, Ator Principal e Coadjuvante, Roteiro Original e
Maquiagem e Cabelo, pois realmente Carrell está praticamente irreconhecível,
não acho que ganhe nenhum. Apesar de tudo, não é um filme simpático, que
gostaríamos de rever ou que, eu particularmente, indicaria para assistir. Tudo é
um tanto denso e pesado e isso emperra tudo para uma diversão completa. Vale a
história, vale as interpretações, e só.
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