Não sou um especialista para tal empreitada, mas com base nesses três filmes, o que é pouco para uma análise séria e profissional, como não sou nem um nem outro escrevo que me apetece. Contextualizando um pouco, estava vivendo uma realidade paralela desde pouco antes da Pandemia, tentando me situar. Acho que essas explicações acabam sendo lugar comum aqui no meu blog, mas é difícil ser um adulto produtivo no trabalho massacrante e ainda produzir um conteúdo que não é uma dancinha, ou uma reprodução de algo já pronto num aplicativo de vídeo. Admiro quem faz, eu não tenho molejo, traquejo e remelexo. Junte a isso uma dose cavalar de vergonha de mostrar ela linda carinha de fuinha que tenho. Então, na minha falta de adequação me escondo por trás das palavras. É o que tem para hoje e possívelmente amanhã.
Então, nessas vivicitudes, eu não sabia quem era o abençoado do Lanthimos e assiti “A favorita”. Gostei e desgostei do filme. Deu uma sensação de histórico clichê contada de um ângulo bem esquisito. Olivia Colman brilhou, e eu pisquei os olhos ofuscados por isso, o mesmo com a Rachel Weisz, e teve a Emma Stone, vinda de La La Land e como diria RuPaul “Meah!”. Não via tudo que andavam vendo. Entendam, achei La La Land bom, o suficiente, e a Emma também boa, é que naquele ano estava concorrendo com a Isabelle Huppert em “Elle” e é impossível alguém bater essa mulher quando faz uma personagem amarga. E deram o Oscar para Emma, era a Isabelle Huppert..
Esses dias, no tédio fui procurar indicações para filmes que instigassem, mesmo que essa caracterísitca seja genérica e abrangente e me apareceu “O sacrifício do Cervo Sagrado”, Collin Farrel, Nicole Kidman e o Barry (Keoghan), mas o que me pegou foi a história ser baseada numa tragédia grega de Eurípedes “Ifigênia” e lá fui eu. Então, o filme em uma filmagem normal mas com atuações “estranhas”, todo sentimento estava suprimido. Basicamente, movimentos do corpo nos cenários e as falas. Eu quase assisti em off, quando ao mesmo tempo que está assistindo algo faz outra coisa mas mantém o fio da meada sem precisar parar nada. Tem vezes que consigo, foi o caso desse filme. E novamente a estranheza dos acontecimentos e o desenrolar da história sem dar spoiler desnecessário entregando um “vilão” deliciosamente bom.
E finalmente “Pobres criaturas”, foi aqui que descobri consientemente que era desse diretor todos esses filmes. E faz um tempo que eu queria dar atenção a essa produção. E confesso, eu estava com uma preguiça de ver a Emma Stone num papel que me pareceria uma nova “Nell”, filme de 1994 com a Jodie Foster e o Liam Nieeson de caráter duvidoso para os padrões de hoje. E já falei que tinha a Emma Stone? Acho que sim e já entenderam também. E se tem uma coisa que eu adoro, mesmo, é morder minha língua, ser surpreendido, não esperar nada e receber tudo e mais um pouco. E como esse filme é bom. Estranho, cheio de metáforas e filosofia, clichês que desdobram para outros rumos, uma certa diversidade e profundidade que um americano não consegue delinear em seus filmes. Tem um momento que a personagem vai para Portugal e, além das peripécias, se encanta com uma mulher que está cantando Fado. Americano mal sabe o que é Portugal... E para nossa felicidade Yorgos Lanthimos não é americano, nem inglês, é grego. E sair um pouco dessa colonização cultural anglo-saxã, mesmo que volte para para outro lado da europa é um respiro gostoso. Ainda achei que a mulher é objetificada e para conquistar sua liberdade, no filme ela passa pela prostituição. E lembro que o filme é baseado na obra de mesmo nome de Alasdair Grey. E o que queria mais falar, e já finalizar o texto pois está longo demais: a Emma Stone está muito boa no papel de Bella Baxter. Na verdade, dos principais, todos mandam muito bem. A direção do Yorgos deu a estranheza e acentouou na medida emoção e falta de emoção, o cenário impecável e o figurino lindo de viver... Apesar de estar um tanto atrasado com os filmes eu só lembro que não vivo disso e não tenho nem ajda no meu pix, que por sinal está abaixo para doações. Por enquanto mantenho esse formato. Precisando monetizar logo e melhor para não ter que apelar para o OnlyFans e passar vergonha miseravelmente.
Segue a chave pix, que é meu e-mail, pelo Banco Inter e está no meu nome Vinícius Motta:
Pix - vinimotta2012@gmail.com.br
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