Penny Dreadful - Parte I - Comentário da série
Andei
lendo algumas coisas sobre esta série e muitos dizem que vários acontecimentos
não foram bem explorados. Particularmente percebi o mesmo, porém, isso não
deixa em descrédito o roteiro. Ao que tudo indica, esses nós não dados foram
propositais para dar motivação a uma segunda temporada. Muita gente está
sofrendo de “verbalização precoce”, sem nem aproveitar o que tem nas mãos. O
que digo é que do jeito que se encontra o interesse dos canais de televisão em
histórias rentáveis e com conteúdo, é de se esperar que roteiristas e
produtores preparem algo amplo e só nos entreguem paulatinamente a história
para querermos mais. Algo inteligente, mas que pode deixar uma história
emperrada. Não é o caso de Penny Dreadfull. Alguns ainda disseram que acaba
sendo um tanto monótona, repetitiva, algo que não achei. É que muitos também
estão esperando o estilo de terrorzão barato dos filmes americanos. E apesar de
tratar do sobrenatural e dos “mitos” clássicos do terror, a série prima, em
muito, para a questão dramática. E isso é a inovação da série. Não são sustos e
sangue, há diálogos realmente ótimos. E principalmente atuações.
Já
avisando que: quem não quer saber de spoilers passe adiante. Não que entregarei
o final, ou algo relevante, talvez sim, talvez não, mas isso é um comentário
particular, minhas impressões. Também não me aterei às questões técnicas, sou
“amador” e não tenho obrigação, só comentarei algo que eventualmente ache
importante.

Para
começar “Penny Dreadful” é uma expressão inglesa para os periódicos de
literatura de terror vendidos no século XIX que custava um centavo (one penny)
e recebiam o apelido de “centavo de terror” (informação diretamente extraída da
internet). Foi exibido pelo HBO ano passado (2014). Criada por John Logan que
também é o produtor junto com o Sam Mendes. Que não nos diz muito, afinal ainda
damos pouca atenção aos produtores por aqui. O roteiro é bem amarrado em uma
colcha de retalhos dos personagens das mais variadas procedências possíveis. Sem
contar uma total referência à ideia da ótima HQ de Alan Moore que se desdobrou
no péssimo filme “A Liga Extraordinária” (2003). Apesar de tomar essa
referência, esqueça essa bosta de filme e se atente para o refinamento de uma
ideia.

Para
não ficar uma postagem muito grande desmembrarei em algumas partes postando praticamente
em sequência o que fiz. Os dedos coçaram demais com essa série.
Continua...
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