sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Pluribus: o luto durante um evento de alcance mundial

 



Pluribus: não lançaram tudo ainda

            Começo pelo que todos os sites do assunto estão dizendo: Pluribus é do criador de Breaking Bad. E a palavra em si significa “de muitos” e vem da expressão latina E pluribus unum (“de muitos, um”) — e, pasmem, foi um lema não oficial dos EUA e ainda consta inscrito nas moedas deste país. É a ideia de unificação de uma nação através de seus indivíduos em uma unidade nacionalista.

            A série se pretende ser uma ficção científica, pois parte de um princípio bem característico: uma espécie de contaminação que faz todo mundo compartilhar os pensamentos em uma unidade. Todo mundo, menos um grupo de pessoas espalhadas pelo mundo. Entre essas pessoas temos Carol (Rhea Seehorn). É um pouco complicado falar sem dar spoilers, mas vou tentar. Quanto menos você souber, talvez a série se mostre mais interessante. Carol, nesse processo de contaminação, não sai ilesa: sua companheira — que também trabalhava com ela como uma espécie de agente literária, já que Carol é uma escritora de relativo sucesso com livros comerciais — morre. E o que vemos, antes de tudo, é um processo de luto acontecendo juntamente a situações inusitadas de contágio da população mundial por uma mente compartilhada, como se fosse um ser único que manipulasse todos — ou quase todos. E vamos acompanhando a personagem nesse processo. Ela nega a ajuda que as “novas” pessoas oferecem para cuidar do corpo de sua companheira morta, e, ao mesmo tempo, tenta entender o que está acontecendo. A criatura, agora com mil faces, se mostra tão feliz, disponível e preocupada com o bem-estar dela que, óbvio, sendo estadunidense, ela vai achar tudo muito estranho e vai fazer tanta coisa estúpida que honraria sua nação — se eles não estivessem submetidos a essa mente coletiva.

            Até agora foram disponibilizados cinco episódios, e os próximos estarão virão a partir do quinto dia de dezembro. Eu tinha lido a respeito da série bem por alto e fui assistir. Porém, com uns vinte minutos, aconteceu uma coisa tão estúpida que eu realmente desisti. Só retomei depois de ver no YouTube a Isabela Boscov falando muito bem no canal dela. E, para a Isabela falar bem de algo… É porque é bom mesmo. Por mais que paguem para ela dar sua opinião, ela é uma crítica que, se merecer, desce o cacete sem pestanejar. Eu adoraria receber para destruir filme ruim… Mas ainda não recebo nada — o que seria de bom grado; tenho muitas bocas felinas e duas caninas para alimentar…

            Estava lendo uma matéria sobre cores no cinema (antes que falem algo: sim, se aplica também a séries) e, levando em consideração o cartaz promocional — que mostra a personagem principal aparentemente gritando em um fundo chapado amarelo —, lá consta o seguinte sobre o amarelo: “sabedoria, conhecimento, relaxamento, alegria, felicidade, otimismo, idealismo, imaginação, esperança, luz do sol, verão, desonestidade, covardia, traição, ciúme, cobiça, engano, doença, perigo”. Quem quiser pesquisar o site, é este aqui: https://www.qu4rtostudio.com.br/post/a-teoria-das-cores-no-cinema. E justamente esse misto de significados permeia os cinco episódios assistidos até agora. A cabeça de Carol está confusa por um evento mundial que, contudo, se mostra — até agora — carregado de uma positividade que a deixa em pânico.

            Quanto a mim, eu ando me incomodando um pouco com umas ideologias que filmes e séries hollywoodianas têm. Nesse caso, tudo se encaminha para a única pessoa, que por coincidência é dos EUA, veja um problema real onde ninguém dos outros países que sobraram vê. Só existe um recluso da América do Sul — e não é do Brasil — que não quis contato com a população que modificou o comportamento. Se vai para esse lado? Não sei. Se a série é boa? Também não sei. Essa mania de fazer uma série em duas etapas, mesmo sendo curtinha, anda me dando nos nervos. Pelo menos não vai ser igual a Stranger Things, que levou apenas três anos — o que são uns trinta dias perto disso? O fim do quinto episódio de Pluribus promete um plot grandioso. E, depois daquele lapso do início, os episódios se desenrolam bem, com um crescente de suspense e curiosidade na tentativa de entender o que está acontecendo. Contudo, uma ressalva minha: que mulher chata é a Carol. Tá, tudo bem que o mundo foi transformado à sua volta e ela perdeu o amor da vida dela. Contudo, existem lembranças que mostram que ela já era meio c*zona. Isso me fez pensar se o que ela sente é tristeza pelo luto ou é remorso de não ter vivido direito com sua amada, e agora tudo que vier daqui para a frente não vai trazer ninguém de volta e isso a incomoda. Sua revolta talvez seja mais em relação ao fato de esse evento ter tirado dela algo que não poderá ser reposto que realemtne preocupação com o mundo.

            Não me arrisco a dizer muito mais por não ter assistido ao restante ainda, e tudo depende do que virá. Até agora, foi divertido.




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