terça-feira, 4 de julho de 2017

Julho (junho): Mês Temático - Filmes LGBTs - Priscilla, A Rainha do Deserto

Priscilla, a Rainha do Deserto






         Bom queridíssimas e queridíssimos chegamos a um lado alegre, colorido e montado do nosso tema: Drags Queens. Como já comentei em outra resenha sobre o assunto não vou de novo destrinchar o que vem a ser uma Drag. O link está aqui para quem quiser saber mais sobre o assunto: àhttp://assuntocronicoviniciusmotta.blogspot.com.br/2016/04/rupauls-drag-race-um-reality-de-vinhadu.html
        
“Priscilla” veio um ano depois de “Filadélfia” e também foi aclamado, seu reconhecimento no Oscar se deu por meio do premio de “Melhor Figurino”. Realmente os figurinos são um espetáculo mesmo passado mais de 20 anos de sua estreia. Feito digno de uma boa Drag Queen que vive de bons vestido, ou no mínimo de vestidos icônicos.

O filme vai acompanhar Anthony (Hugo Weaving) que tem um show de drags em Sidney, Austrália e é “contratado” por sua esposa que está no centro do país, num resort, para que ele possa também ver seu filho. Com o nome artístico Mitzi, ele não conta seu segredinho para suas “amigas” Bernadette (Terence Stamp), uma transexual que acabou de perder o marido e  Felicia (Guy Pearce) a mais efeminada e propensa a uma colocação (ficar louca de aditivos ilegais). E o drama, cômico, se instaura.  Juntas partem para uma viagem pelos desertos australianos em um inusitado ônibus com todos os acessórios necessários que uma Drag necessita.  

        
Assistindo novamente esse filme eu vi que a interpretação de Pearce foi caricata, porém mais condizente com a verdade e Stamp  foi um tanto travado, é o mais elogiado e até indicações a outros prêmios recebeu. Porém não o vi confortável no papel principalmente quando precisava usar algum modelito espalhafatoso ou ainda dançar. Weaving também não se soltou muito nas cenas dos shows. Mesmo assim não tem como não dizer que “Priscilla” arrasa. Com baixo orçamento o filme alcançou o sucesso imediato com os dramas das três Drags que buscam nada mais que sobreviver a um mundo árido e hostil. E nenhum lugar é mais propício a isso que o deserto australiano: metáfora perfeita.

        
E como “Priscilla” absorve essa metáfora extrapolando o cenário. O grande palco das Drags é o deserto inóspito, perigoso e selvagem. Cenas lindas são alcançadas com a ajuda de um pouco de fumaça colorida, plumas, e um bom tecido brilhoso ou de cor forte. Um filme que ajudou a divulgar uma vertente da cultura gay, apesar de resvalar em alguns estereótipos. Mas quem não resvala?




Direção: Stephan Elliott.
Produção: Michael Hamlyn, Al Clark
Roteiro: Stephan Elliott

Elenco: Terence Stamp, Hugo Weaving, Guy Pearce, Bill Hunter.

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