O Jogo da Imitação - A Magrela sem graça e a voz de Barítono
Ladies
first!!!!

O primeiro
filme que vi de Keira Knightley foi “Rei Arthur”, aquele pastelão onde ela faz
um mix de Guinevere com Morgana e amazona arqueira. E depois assisti o “Piratas
do Caribe: A Maldição do Pérola Negra”. Em ambos ela me chamou a atenção pela
interpretação e pela beleza. E logo veio a sua indicação ao Oscar por “Orgulho
e Preconceito” que até hoje não assisti. E isso me chamou mais atenção para
ela. Veio o restante da franquia “Piratas do Caribe” e meu encanto sumiu. Comecei
a perceber que ela andava muito magra. Admito que admiro mais as curvilíneas
que as ossudas. E ela me assustou muito, já era magra e mais magra ficou. E
comecei a conjecturar se ela não sofria de algum distúrbio. Como isso não é da
minha conta eu simplesmente esqueci e coloquei essa atriz no limbo das atrizes
que considero “mornas”. E lá ela continua até o momento que assisti “O Jogo da
Imitação”. Realmente ela não me convence. Neste filme parece que seu personagem
é mera referência histórica com suposta motivação de ser uma tensão romântica.
Ao contrário de Jennifer Connelly em “Uma Mente Brilhante”, que tem razão
dramática de existir na trama, a personagem Joan Clark de Keira só está lá por
ter existido realmente. Se Jennifer foi o ponto de equilíbrio para a mente do
matemático paranoico que virou seu marido, a Joan/Keira nada contribui para o
personagem principal. Ela o ajuda a humanizar junto a sua equipe??? Um
cachorrinho fofo e peludo teria o mesmo efeito, ou até melhor. Mesmo em alguns
embates com o Alan Turing, interpretado pelo Benedict Cumberbatch não a fazem
brilhar. Ela está muito apagada. Então ela não se tornou minha atriz
coadjuvante preferida para o Oscar este ano. Apesar de não gostar de “Caminhos
da Floresta”, Meryl Streep dá banho na magrela.

Da magrela
vou para a voz de barítono de Benedict Cumberbatch. Vi sua interpretação pela
primeira vez em “Star Trek – Além da Escuridão” e gostei muito. Ele era
desconhecido para mim, pois não assisto, ainda, as séries da televisão
Americana. Como sabemos “Star Trek” possui uma densidade dramática de vapor
d’água, então fiquei surpreso com a força que ele dá ao seu personagem. Enquanto
me parece que Keira anda pulando algumas refeições e ficando em inanição,
Cumberbatch está bem nutrido para dar força dramática a um personagem complexo
como Alan Turing. Realmente está perfeito. Sei que o preferido parece ser o Eddie
Redmayne que faz o renomado Stephen Hawking em “Teoria de Tudo”. Ainda não
assisti este, então não teria como comparar. Só falo que a atuação de
Cumberbatch está muito convincente, perfeita e impactante. E olha que ele é um
ser esquisito: cara comprida, olhos amendoados e pequenos, cabelos
encaracolados, beiço esbranquiçado apesar de grossos, pele cor de cera sem
pigmento. Realmente não é um galã típico, convence com sua força interior na
interpretação. Consegue ter a sutileza que o papel pede. Em vários momentos
teríamos que achar o personagem um monstro, racionalmente, e não conseguimos,
pois se vê a humanidade contida na atuação do ator. Realmente brilhante.

E agora voi ao restante do filme. Morten
Tyldum, o diretor, que desconhecia antes desse filme, se mostra competente e em
muito ajuda a visão do personagem principal. Os coadjuvantes também são muito
competentes e dão força ao pano de fundo da história. E o roteiro, não é tão
inovador, tanto que me lembrou muito “Uma Mente Brilhante”. Em certos momentos
fica um pouco complicado se não sabemos a história de Turing, e muitos não
sabem. E só no final que temos uma explicação mais direta. E em alguns pontos também
parece artificial demais os acontecimentos relacionados à sua descoberta. Porém
um ponto alto é colocar um quesito importante para a construção desse
personagem de forma secundária: sua homossexualidade. Não quero entregar o fim
nem muita coisa sobre isso, mas é interessante que apesar de ser causa de seu
ocaso, isso não é posto como propaganda em prol dos direitos gays, apesar de
haver sim uma crítica social nesse sentido, o que é destacado é a genialidade e
incapacidade social de Alan Turing.
Dito isso só complemento que
o filme é a vida de um gênio de difícil convivência, e mostra fatos históricos com
licenças poéticas razoáveis. Ainda não sei dizer se é meu predileto na corrida
pelo prêmio da “Academia”. Sempre uma ótima interpretação compensa os deslizes
do restante do filme, e este possui poucos. Não é um filme para sessão da
tarde. E não é filme de se debulhar em lágrimas. Faz pensar em algumas questões
morais (em relação à Segunda Guerra) e sociais (em relação à homossexualidade)...
Faz pensar, o que é bom...
Abaixo o verdadeiro Turing
contato: vinimotta@hotmail.com
Ok você me convenceu, mas ainda não deixo de admirar a Keira, mas isso possivelmente porque ela deu vida a um de meus personagens favoritos.
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkk, com certeza..... Se não fosse "Orgulho e Preconceito" vc não ia gostar dela........ kkkkkkkk
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