O Grande Hotel Budapeste -
Pastelão de um Transtornado Obsessivo Compulsivo
Então...
É um filme de Wes Anderson!
Não sabe quem ele é?
Eu também não lembrava. Aí, depois de uma rápida consulta ao oráculo, claro que
falo do Google, eu tive uma luz. Alguém que eu mal conhecia e que tinha
assistido somente dois filmes e odiado. Odiado não!!! É muito forte falar em
“odiar”, o mais preciso seria usar o termo “estranhado”. Os que assisti foram “Os
Excêntricos Tenenbaums” e “O Fantástico Sr. Raposo”, sendo este último uma
animação. Não assistiu também? Vou te contar, Anderson é muito, muito, muito
autoral mesmo. Ele tem um estilo próprio. E tem personalidade. Seus filmes não
são pasteurizados e hollywoodianos. É uma espécie de Woody Allen com transtorno
obsessivo compulsivo grave no conduzir um filme ao invés da neurose
verborrágica. Então seus filmes são difíceis de “assimilar” e “digerir”.
Posso dizer que pelo
que andei lendo por aí, ele está se tornando um queridinho dos “alternativos” e
um refresco à mesmice dos “filmes pipoca”. Particularmente acho um tanto
grosseiro. Teria que apurar um pouco sua técnica de dirigir e de criar uma
cosmovisão própria. Sou pretensioso em querer falar de cinema por não possuir
formação na área? ? ? Só iniciados podem? ? ? ? Enfim, sigo o meu “achismo” retumbante
de um simples estudante de Letras, e de alguém que já passou pela Filosofia
rocambolesca de um passado insólito... E de alguém que adora ler e assistir
muitos filmes. Anderson faz tudo de forma diferenciada. O uso das cores do
cenários, câmeras lentas, efeitos “especiais” bem retrógrados, personagens sem
nenhuma expressão em certos momentos cruciais,
olhar direto para a câmera. Quem não sabe apreciar algo diferenciado
pode desistir de assistir. Não é um filme de estilo fácil e palatável.
A história parte de certa complexidade, mas no fundo é tudo muito simples. Há uma leitora
de um livro que começa a ler a história de um escritor; seguimos essa história
com o escritor até ele conhecer o “dono” do Grande Hotel Budapeste; e este por
sua vez conta como começou a trabalhar lá e o que fez virar proprietário.
Então, prestem atenção, é uma história, dentro de outra história que está
dentro de outra história. No mais o filme se mostra um pastelão baseado em
antigas formas de interpretação e detetivescas cheias de reviravoltas
fanfarrônicas. Com personagens improváveis e afetados em um estilo de vida pré-guerra:
uma viúva é assassinada, um quadro roubado, um inocente é acusado e preso, e o
fiel amigo tenta ajudar provando que ele não é culpado, ambos tentam derrotar o
filho da viúva que quer ficar com toda a herança...

Tudo no filme é
exagerado, há cores, maneirismos e há referências infinitas a um monte de
outros filmes antigos... E no final quem ganha com isso? Eu não faço ideia. Não
é um filme que eu recomendaria como sensacional. Falaria apenas de atuações
inspiradas com um resultado final esquisito... Há boatos que esse filme já
chamou a atenção dos oscarizadores...
Eu fico na minha...
nem lá nem cá!
vinimotta2012@gmail.com
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