G. I. Joe – Retaliação - Testosterona não convence
Eu lembro do G.I. Joe da época de criança que eu assistia
os desenhos no Xou da Xuxa, é, eu admito, eu assistia sim, e duvido de quem diz
o contrário. Eu achava demais. E quando começou a aparecer os brinquedos fiquei
mais animado ainda. Porém, logo meu coração foi tomado por outros desenhos
menos “realistas” e comecei a achar os “Joes” meio chatos. Eu fiquei
interessado quando o primeiro filme foi anunciado. Assisti e até gostei. Percebi
que algo não estava bem, mas gostei. Não sabia o que era. Nesse “Retaliação” eu
descobri o que era: a mesmice.
Esse filme teria feito mais sentido há
uns 25 anos. Hoje ele perdeu a força e simbolismo. Tudo parece já ter sido
visto em outros filmes. E o que era legal nos anos 80, fica meio bobo em 2013. O
desenho era pura testosterona, o filme fica na caricatura. Os machões, após
tantos anos de conscientização sobre teorias até então obscuras de psicologia,
ficam mais estranhos e menos convincentes. Por mais que o roteiro tente não
esconde a falta de veracidade nesses “hormônios masculinos”. Colocaram o “ex-The
Rock”, e atual Dwayne Johnson, como um Roadblock
cheio de masculinidade, e ainda assim acaba sendo menos viril que o mesmo ator
vestido de “Fada dos Dentes”. Os nomes também não se justificam mais, depois de
tantos outros desenhos que viraram filmes usando a mesma técnica de
nomenclatura. Tudo fica forçado, artificial. Nem Bruce Willis dá fôlego necessário
a trama. Fica estranho um militar, aparentemente aposentado, ter tantas armas
na cozinha, guarda-roupa e gaveta de cuecas. Onde o bendito arrumou tanto
dinheiro para comprar aquela tralha mortífera toda? E não chamou a atenção de nenhum
departamento do governo? Ainda mais entre os próprios americanos, eles são
surtados e neuróticos. Principalmente após o 11 de setembro, e os inúmeros
massacres de inocentes pelo país afora. Algumas piadas são funcionais, e outras
realmente fazem rir.


Um filme bom para assistir comendo pipoca,
e passar um tempo legal com tanta pirotecnia tecnológica. Principalmente se
você não for tão crítico (aka: chato) como eu. Vale o preço do ingresso/DVD ou
o tempo de baixar da net. Mas só para
quem gosta do gênero.
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