Wolverine canta
Três coisas
têm que ser ditas antes:
1ª - O filme é um musical;
2ª - O filme é terminantemente um musical;
3ª - O povo canta o tempo todo no filme, pois É UM MUSICAL!!!!
Alguma dúvida?
Também não vou me preocupar com spoilers, baseado
numa obra de Victor Hugo, um autor já consagrado o suficiente que quase todo
mundo conhece. É a mesma coisa de fazer um filme sobre Jesus Cristo e eu contar
que ele morre crucificado, vai realmente ficar chateado com isso?
O filme já começa com uma cena digital
de impacto. Em uma tempestade um bando de presos geme e canta suas amarguras ao
tentar puxar (pois éh!) um navio para o estaleiro. É retumbante o coro “Look
down”. E começa mais de duas horas de sofrimentos e redenções em coros e solos.
As vozes não são as mais lindas para o
canto, mas garanto que Anne Hathaway/Fantine consegue tirar um arrepio ao
interpretar, triste e angustiantemente, a canção “I Dreamed a Dream”.
E também
o barítono grave de Russell Crowe (não sei nada de música por isso não posso
realmente afirmar se ele é um barítono e muito menos grave) convence. Porém
achei o personagem Javert/Crowe perdido nas teias de emoções. Não fica tão
convincente seu caminho rumo à desgraça, inverso ao personagem de Hugh
Jackman/Jean Valjean que vai ao oposto, a redenção. Interessante é ver que Jackman é competente,
não virtuoso, nas músicas. Wolverine sabe cantar, não é só um corpo
anabolizado. As atuações principais são realmente ótimas.

Chamou-me atenção, e não tem muita
relação com as interpretações, a cintura da Samantha Barks/Eponine adulta. Como
ela conseguiu uma cintura tão fina? Mesmo com roupas de época fica muito
evidente. O braço do Volverine/Valjean é mais grosso que a parte do corpo da
garota. É impossível aquilo ser natural, muita bulimia e anorexia? Fotoshop demais? Não sei, mas
é assustador, vejam a foto.
A voz dela é bonita, e sua participação na trama
sofre um pouco ao ser sempre desvalorizada em detrimento do casal principal,
fica sempre a margem, e isso a faz brilhar. Sua história é bem triste, amar e
não ser correspondida. Parece que a miséria do título chega não só com a
pobreza material de alguns. A mendicância sentimental é sim uma miséria a ser
explorada.
“Os Miseráveis” como filme é uma ótima adaptação
de um Musical para o cinema. Aproveitem, mas só assistam se realmente gostarem
do gênero. Não faça como os garotos que assistiram ao filme atrás de mim. A
cada vez que Jackman soltava um sol meio fora do esquadro, riam e comentavam
exaustivamente. E ainda ficaram comentando e ridicularizando, após o filme
acabar, que o cara do lado fungava de tanto chorar, ou ainda a mulher do outro
lado cantava as canções junto. Não sei o motivo da geração “Crepúsculo” insistir
em assistir filmes de verdade. Emocionam-se com a Bela parindo, mas não com uma
verdadeira atriz ou ator mostrando verdadeiras atuações.
Para as pseudo atrizes crepusculares:
vinimotta2012@gmail.com
Vc escreve...(ou relata ???) mto bem !!! dei muita risada !!!
ResponderExcluirobrigado.... quem é?? hehehe.... mas valeu... tentar sempre melhorar....
ResponderExcluirapesar q o próximo posta vai ser meio sombrio, eu estou prevendo... hj é dia 13, vamos ver se consigo por até sexta.... dia 15 de fevereiro...
Estou adorando ler suas resenhas Vi :D Way to go ! :D
ResponderExcluirValeu Erica.... ;)
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