terça-feira, 1 de agosto de 2017

Homem-Aranha: De Volta ao Lar - Homem de Ferro Tutor

Homem-Aranha: De Volta ao Lar



                A Marvel está se superando sempre.  Em “Homem-Aranha: De Volta ao Lar” vemos um Peter Parker adolescente, que ainda está no ensino médio em Nova York. O filme passa-se logo depois dos eventos de “Capitão América: Guerra Civil”. Se o Aranha ajudou na batalha ao lado de Stark vs Rogers,  vemos aqui um adolescente totalmente cru que não domina seus poderes e tem como tutor o mesmo Homem de Ferro que o recrutou e que o controla indiretamente através de seu capanga Happy Hogan.
               
Como todo adolescente, Parker não se conforma em ficar fora da ação e começa a investigar armas de obvia índole alienígena e descobre que há roubos e desvios dos materiais que sobraram na luta que vemos em “Os Vingadores”. Sim o filme todo é interligado com os outros da Marvel, “Thor”, “Vingadores”, “Homem de Ferro” e “Capitão América”. A DC anda perdendo feio em matéria de filmes. As referências são enormes e constantes. E todo o tom pesado é retirado sempre que possível por cenas cômicas.
               
A mudança de um Peter Parker universitário para um adolescente do colegial é possivelmente proposital. A franquia tinha se perdido na versão de Sam Raimi no terceiro filme. E a versão dirigida por Mark Webb “O Espetacular Homem-Aranha” naufragou no segundo filme. Foi aí que perceberam o potencial do herói. Ele nunca foi um grande herói que salvaria o mundo, pelo menos de início. Ele era bairrista, nova-iorquino. Limitado em seu próprio mundo subjetivo. Seus diálogos internos eram divertidamente ótimos nos quadrinhos. E isso foi resgatado nessa nova versão pela atitude do garoto querer registra tudo em seus vídeos diários. E Tom Holland dá o tom perfeito entre a comédia, a fragilidade, a insegurança e a nerdice necessária. Até o amor de sua vida, a metafórica “Mary Jane”, sumiu dessa versão. Temos a Liz, uma garota que estuda no mesmo colégio que Peter e um é crush do outro. Há tanta participação especial que fica quase impossível elencar. Talvez a única e maior heresia do filme seja a “Tia May” que deixou de ser uma insuportável velhinha simpática e doce e se tornou uma gostosona interpretada por Marisa Tomey.
              
  E seguindo a lógica “bairrista” o vilão da vez é um pangaré de fundo de quintal espertalhão que aproveita a oportunidade que lhe surge. Mesmo que precise sair do caminho da lei. Interpretado por Michael Keaton que dá um ar de “paizão” ao vilão. Mais que isso é muito spoiler. Reforçando o elenco teen temos Zendaya que é cria do Disney Channel. A personagem dela não mostra muito a que veio, a não ser uma queda por Peter e estar sempre em lugares e situações não muito adequadas aos seus horários de aula.

              
  Além das cenas de ação o filme todo é deliciosamente cheio de situações cômicas que casam bem com a mitologia aracnídea de Peter Parker. Até colocar um amigo nerd e gordo ajuda a dar o tom mais absurdamente engraçado. Demorei a assistir, pois estava com o pé atrás. E valeu cada centavo dos meus R$ 12, 00. Isso mesmo minha gente. Paguei somente R$ 12, 00 isso em Uberaba – MG. Imagine se fosse meia. E o cinema não era ruim, pelo contrário. Já paguei o dobro por cinemas menos limpos e em piores condições aqui em São Paulo. Se lá pode ser um preço mais acessível... Aqui...  Se não assistiu ainda corre para o cinema que ainda dá tempo. Tem de tudo que deixa um filme divertido. E é bem mais fácil de entender do que os outros filmes dos heróis citados do universo Marvel que estão se complicando mais em seus enredos. 


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