terça-feira, 22 de agosto de 2017

Agosto - Loucuras e Distúrbios: Melhor É Impossível

Melhor é impossível











       
  Realmente Jack Nicholson é um ator ótimo para interpretar loucos. Se em “Um Estranho no Ninho” vai pelo drama e passa pelo terror em “O Iluminado”, agora executa magistralmente uma comédia romântica. Aqui ele faz o obsessivo compulsivo surtado Melvin Udall, escritor.  Udall leva sua vida cheia de suas manias e esquisitices implicando com quem quer que seja. A ponto de ninguém querer o atender na lanchonete que frequenta. A não ser Carol (Helen Hunt). Udall além dos transtornos é um grosseirão insuportável. Implica o tempo todo com o vizinho gay. Porém um dia, esse vizinho gay, Simon (Greg Kinnear) sofre um acidente e Udall se vê obrigado a cuidar do fofo cachorrinho de estimação que esqueci o nome. Mas é muito fofo.
Udall abre e fecha a porta várias vezes, acende e apaga a luz antes de prosseguir, usa luvas nas ruas, desvia das pessoa e desvia muito mais de fendas e rachaduras de todos os tipos no chão, não as pisando nunca em nenhuma, lava a mão com sabonetes novos em água escaldante, e joga as luvas usadas fora junto com os sabonetes. Não consegue ser sociável com ninguém. Até que o fofo do “cachorríneo” fica em seu poder.
        
Sempre acreditei que um bichinho pode ajudar uma pessoa a melhorar, e em “Melhor é Impossível” esse fato desencadeia uma melhora significativa nas atitudes do personagem principal. Ele começa a socializar melhor até o ponto de começar a sair com Carol. E não é fácil. Sua compulsão obsessiva não dá trégua. Carol tem muita paciência e com jeitinho vai entendendo o que se passa com Udall. Mas não fica aceitando as loucuras dele gratuitamente, exige respeito, exige que ele se comporte com um mínimo de civilidade. Carol não pode se preocupar com um homem com manias, pois tem um filho doente para cuidar. Ou o homem que queira um relacionamento com ela seja forte e mude coisas indesejáveis ou ela fica sozinha. E Udall quer mudar e vai se esforçar com a ajuda do fofíssimo cachorrinho. As cenas são engraçadíssimas e muitas patéticas. A compulsão de Udall é tanta que em uma cena o pequeno cachorro começa a imitá-lo e não pisar nas rachaduras da calçada. Não sei ao certo a raça, mas ele tem uma barbicha tão charmosa que dá vontade de abraçar e apertar. Sou suspeito com cães em filme. Na maioria das vezes eu me emociono e o filme já ganha crédito comigo em 50% só por causa de um bichinho.
Dirigido por James L. Brooks que fez “Laços de Ternura” e “Jerry Maguire”, sem nos esquecermos de que ele também foi um dos produtores da animação “Os Simpsons” e roteirista. Sim, o cara é bom no que faz. Ganhou Emmys a dar com pau...Além de Oscares.

        
E como ele acerta em “Melhor é Impossível”, como Nilcholson e Hunt acertam. O filme todo é delicioso e nos traz cenas de compulsão engraçadas. É uma comédia romântica para exorcizar os outros personagens de Nicholson. Com humor e não água benta, obviamente. 




Título: As Good as It Gets (Original);
Ano produção  - 1997;
Dirigido por James L. Brooks;
Estreia: 6 de Março de 1998 ( Brasil );
Duração: 139 minutos;
Gênero: Comédia/ Drama/ Romance;
Países de Origem: Estados Unidos da América;
RoteiroJames L. Brooks, Mark Andrus;
Produtores: Aldric La'Auli Porter, Bridget Johnson, James L. Brooks, John D. Schofield, Kristi Zea, Laura Ziskin, Laurence Mark, Maria Kavanaugh, Owen Wilson, Richard Marks, Richard Sakai;
Elenco: Jack Nicholson, Helen Hunt, Greg Kinnear, Cuba Gooding Jr., etc. 

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