A Espiã que Sabia de
Menos – Tudo passa
Andei revendo minhas últimas resenhas e
percebi que elas estão cada vez menos providas de humor, sarcasmo e leveza. Não
sei o que anda acontecendo. Tenho que rever isso. Tanto que escrevi quase duas
páginas de texto e acabei deletando tudo. O que me fez levar mais tempo para
reescrever que o normal. Estava praticamente pronta. Como eu me odeio por essas
“crises” de escrita. Nem sou pago para isso!!!!
Então, o humor é algo estável. Ou se é
engraçado ou não se é. E eu não estou nem um pouco engraçado nos últimos tempos,
se é que fui algum dia. Talvez um pouco sarcástico. E ao escrever, esse estado
de espírito passa para o papel...
E depois de uma lamentação “divagativa”
dessas vou para o filme. Eu achei que não ia gostar. Porém eu ri muito. Não
gargalhei, porém pelo cheiro dentro do cinema acho que teve gente que acabou soltando
o esfíncter, e, ou escapou uma bufa ou se cagou todo.
Rááááhhh...
Perceberam? Foi uma piada!
...
*... Não? É, estou péssimo eu sei...
Enfim, ouvi muita gargalhada no cinema.
Isso já é um indício para me provar que algo é engraçado. E eu realmente achei
legais muitas das piadas. Não tive a sensação de aflição ao ver as cenas ou
ainda angústia de vergonha alheia. No geral eu gostei muito.
O grande trunfo é, junto ao roteiro,
Melissa McCarthy. Ela é ótima nas cenas. Vai da agente patética de apoio (descobri que sua função é de Analista),
apaixonada pelo detetive bonitão que auxilia até a agente consciente de sua
missão, dando a volta por cima das dificuldades. Ela consegue dominar o roteiro
e a direção de Paul Feig consegue dar o tom acertado necessário. Como já toquei
no assunto é a típica história de agente secreto satirizada. E tudo gira em
torno dessa atriz. Os outros dão um tom canastrão aos seus personagens,
principalmente o Jason Statham, com seu personagem “papudo”. Ele é o piorzinho
entre todos. Rose Byrne, apesar de um pouco afetada, consegue ser um ótimo
gatilho para as piadas da personagem de Melissa. E Jude Law está sendo só o
bonitão com certa relevância. Então o filme é McCarthy. Além dela os demais não
alcançam seu o brilho humorístico.
Não é um filme que ficará na memória.
Tem muitos furos. Como por exemplo, a parte que a comediante persegue bandidos
em uma lambreta. Fica muito evidente que as costas que aparecem é de um dublê,
mais alto e mais magro que a atriz. No mais tudo passa. Até as rizadas. Então, não
espere mais que os minutos padronizados de um filme para se divertir. Além
disso, sobra mais uma ou duas voltas pelo shopping ou, dependendo do horário,
sua cama quentinha e aconchegante em sua casa.
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