quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Operação Big Hero - "Soco-bate.... Tra-lá-lá-lááh" (Editado)

Operação Big Hero - "Soco-bate.... Tra-lá-lá-lááh"





          Quando vi o trailer fiquei muito interessado em assistir essa animação. E quando o fiz adorei. E como de costume fui ler um pouco sobre ela depois, faço isso para não ser influenciado, e descobri que era uma adaptação de uma HQ da Marvel!!! Fiquei surpreso e pouco achei sobre o quadrinho original, então, fico somente com o filme. 
         Outra surpresa foi ver que “Operação Big Hero” conta com um super-herói fofucho. Ou para os corações mais peludos, um “gordo”. E não, o jovem  Hiro Hamada não é o mais  importante do filme. Ele é apenas o protagonista humano que faz do grande robô médico inflável Baymax um “lutador”. Sim estou sendo totalmente tendencioso aqui nesta resenha!!!!  :P
         Vamos ao início e tentarei não ser todo truncado com as informações. O começo é bem tradicional como uma típica história de heróis. São dois irmãos, Tadashi e Hiro Hamada (não falarei das vozes originais, assisti dublado) que por coincidência são gênios robóticos. Porém o mais velho já vai a uma espécie de universidade, ou seja, tem propriedade para fazer e ser o que se propõe, e o mais novo é um bostinha prepotente e que “se acha” só por conseguir fazer uns robozinhos de lutas ilegais. Até o Tadashi gongar com a cara dele provando que perto de todo mundo na "universidade" ele era apenas uma titica de rolinha espalhada com a sola do sapato na calçada debaixo do sol... Éhhh, o que uma instituição de ensino pode fazer por alguém não é????? E lá conhece todos os demais personagens que lhe farão parceria na história, inclusive o Baymax, um projeto do seu próprio irmão. Depois que Hiro percebe que será um “Zé-Manéh”, se não estudar lá, desenvolve um projeto para ganhar uma bolsa. No dia que vai apresenta-lo tudo é perfeito até que ocorre um acidente e o prédio vai pelos ares junto com seu irmão Tadashi.
        
         
 Hiro fica “sozinho” com a tia que já os acolhia como única remanescente da família. É interessante como a Disney gosta de personagens órfãos... Isso dá o que pensar... Mas não agora!!!! Voltando, Hiro fica inconsolável. Se fecha numa “depressão traumática pós-perda”, até que solta um “Ai!” por machucar o dedão e isso ativar o Baymax. O que o deixa mais angustiado ainda de tristeza. Afinal era o “grande” projeto do irmão. E antes que todos nós morramos engasgados com o próprio coração apertado saindo pela boca, vemos a fofura sem tamanha de Baymax. Ele é projetado para ser um robô médico-enfermeiro-cuidador. Com todas as programações possíveis para identificar e tratar os males físicos e psicológicos. Ele também tem um programa de memória inteligente que vai assimilando, como uma pessoa, coisas novas. Ele não é aparentemente esperto, é o que julgamos, aos poucos ele vai anexando coisas em sua memória e usando. Vemos de cara que ele não possui malícia, é puro e inocente. O que deixa mais fofo ainda... Para vocês terem uma ideia usarei esse adjetivo “fofo” e todos os possíveis sinônimos que lembrar para dar a dimensão da coisa. Então não me recriminem. É interessante notar que antes da transformação em “herói” as cenas da animação são bem ritmadas e ágeis, a não ser quando foca nas ações de Baymax. Parece até interminável uma cena que ele está colando fitas adesivas nos seus furos, que o fazem murchar, diante de um policial entediado numa delegacia. E são justamente essas cenas que dão a dimensão de zelo, cuidado e carinho que desprende do robô. Fruto do programa e um pouco da personalidade do próprio irmão de Hiro. E ao invés de ficar enervante na história, essas cenas, nos proporciona aquele momento “Ownnngtchyy!” que temos, mesmo que não admitamos, ao ver algo “mega máster blaster bunitinhu”.
Esse é um dos heróis mais interessantes que vi surgir ultimamente nas levas de filmes que nos assolam. Ao contrário dos anabolizados e machos alfas que existem por aí, Baymax, apesar de ser um robô com programação, acaba sendo mais palpável e mais “humano” que um “Homem de Ferro” ou até mesmo um “Capitão América”, ambos ideais de virilidade americana. Baymax é só um robô gorducho que quer ajudar, faz parte de seu programa (ou consciência?). Desenvolvido para ser (que palavra podia usar????? Lógico que:...) fofo e acolhedor. Ele acaba dando muito constrangimento a Hiro, típico adolescente “macho” que não quer ter emoções ou expressá-las preferindo ser um babaquinha. Então Baymax não se transforma, ele transforma e humaniza o próprio Hiro. Mesmo o garoto tentando, após descobrir que a morte do irmão não foi acidental, fazer do foforucho um gigante guerreiro vingador. Realmente quem se transforma é Hiro. E Baymax, só aumenta sua fofice. *__*
         Bom, sem entregar mais da animação, só falo que foi um dos melhores desenhos que vi este ano, e olha que eu adorei Frozen. Que é tão fofo, tão fofo, mas tão fofo que faz chorar quando Anna canta “Do You Want To Build A Snowman” música mais legal que a oscarizada “Let it go”, que também adoro. “Operação Big Hero” é um filme mais “moleque”. Um público que ficou meio de lado em Frozen.
         Vale muito assistir. Não é pretensioso e brinca com muitos clichês dos heróis de HQs. E uma coisa que pode ser um “plus”, pois muitos não gostam: não tem personagens cantantes e ululantes se esgoelando em músicas chicletes... Que eu gosto, só para constar.

         Ahhh, o "Soco-bate... Tra-lá-lá-lááh" é uma cena muito legal , prefiro que assistam e por favor, desconsiderem que a cidade é “San Franstokio”.... sem mais comentários!!!!!!!!



vinimotta2012@gmail.com

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Bom....

bom.... essa é só uma postagem que fiz no Facebook, que talvez explique minha ausência no Blog.....
estou um pouco enrolado aqui....
mas não esqueço de vocês.....





bom....
reta final de um caso de amor que durou 12 anos.... mais ou menos....
nesta cidade cheguei onde estou.....
nesta cidade conquistei o que tenho....
de início era o sonho de morar em um lugar "grande e com povo evoluído de uma metrópole" depois percebi q era só o "grande"... hehehe..... 
depois se tornou minha "ponte" para ir morar em São Paulo.... uma forma de estágio pois não tinha certeza se daria certo lá.....
porém os acontecimentos de nossas vidas nos levam para lugares que nem imaginamos....
Ainda dessa vez não será São Paulo, mas estarei do ladinho...... ali no ABC.... por ali... num cantinho....
Já começo a me despedir, adoraria fazer um álbum de fotos tiradas por mim... mas como em toda reta final estou com tempo apertado, tenho que deixar as coisas em ordem... tem a faculdade para finalizar... as pendências burocráticas.... serei logo mais um mero turista em Campinas... mas pensando bem, com o acolhimento que tive aqui, eu sempre fui....
me preparo com o coração cheio de felicidades, pois vou com a alegria de estar fechando um ciclo e iniciando um outro... uma etapa nova....
um desbravamento do que está por vir, do jeito que eu gosto....
e vamos lá.....
rumo a novas aragens......
— se sentindo confiante.


by  https://www.facebook.com/vinimotta78


vinimotta2012@gmail.com

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Annabelle



Annabelle







                Não sou um grande apreciador de terror pelo simples motivo deles serem quase sempre muito ruins. Tão ruins que alguns viram “terrir”, termo que mescla “terror” com “rir”, para quem não sabe.... Me sinto bobo em ficar explicando essas coisas! Enfim...
                Por tudo ser baseado em “fatos reais”, Annabelle vira uma piada que serve para explicar situações de outro filme “Invocação do mal”.  Ela é “Uma boneca possuída por espírito invocado por uma doida que acabara de assassinar os pais. Loucura vinculada aos fatos ocorridos com Charles Manson por volta de 1960. Ele era de uma seita satânica e acabou por assassinar algumas pessoas inclusive uma atriz grávida.
                Os filmes de terror tomam um pouco a falta de conhecimento do público para conseguir criar suas tramas. Leva em conta que ninguém conheça coisas sobre ocultismo, ou até mesmo situações relacionadas à fé católica. Quem conhece não teme. É gritante quando o padre propõe ao casal “perturbado” pela boneca que eles procurem a ajuda de um casal... Primeiro, padre não acredita em coisas sobrenaturais, pelo menos a maioria, e outra, se há cheiro do “capeta” por perto ele proporia um exorcista ou no máximo um parapsicologista.  Assim com falta de informação do público, se coloca uma história com todos os clichês possíveis, músicas sinistras, edições apelativas, ambientes escuros, burrice de personagens, promoção de sustos gratuitos e afins.
                Resumidamente a história é essa: mulher grávida é colecionadora de bonecas bizarras; adquire uma que já tem cara demoníaca;  acontece um crime com motivação satânica e um dos assassinos se mata com a boneca;  a boneca é possuída; casal se muda e tenta se livrar da boneca, pois já manifesta ser do mal; boneca “segue” o casal para nova casa; surge uma vizinha estranha que entende de ocultismo e vira amiga da mulher que agora já deu a luz; as perturbações ocorrem em grau crescente; o unhudo aparece em pessoa; se descobre que ele quer uma alma; padre tenta ajudar, mas é atirado longe como bola de vôlei; marido fica atônito e vai tentar ajudar a esposa quando descobre tudo pelo padre; mulher e amiga ocultista estão em casa conversando; começa uma manifestação demoníaca;  mulher fica doida e loca e tenta destruir a boneca; bebê some;  mais e mais perturbações.... Até desfecho que não vou contar por motivos óbvios.
                No cinema que estive fizeram uma micagem para “promover” o filme. Achei que só atrapalhou. Em certo momento uma garota vestida de branco, imitando roupa de Annabelle, entra e anda pelas escadas do cinema. O povo se exaltou. O povo gritou. O povo riu e ficou o tempo todo falando disso. E a coitada ainda correu o risco de levar um cacete de alguém mais irritadiço. E na saída ela ficava no corredor para dar um susto tosco.
                Mas o pior foi ouvir gritos histéricos ao fundo do cinema. Todo mundo pensou que a garota estava em outra sala fazendo o mesmo, quando o coro de garotas repetem: “O-N-E-D-I-R-E-C-T-I-O-N- O-N-E-D-I-R-E-C-T-I-O-N- O-N-E-D-I-R-E-C-T-I-O-N O-N-E-D-I-R-E-C-T-I-O-N...”

Sem mais comentários!!!!

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Resenha de filme: O Melhor Lance - Refresco aos olhos cansados de efeitos especiais.

O Melhor Lance 

 Refresco aos olhos cansados de efeitos especiais.







Tentarei falar desse filme sem entregar muita coisa, pois é um suspense. Apesar da sensação de já ter assistido ou lido essa história em algum lugar...

Resumidamente: Virgil Oldman (Geoffrey Rush) é um renomado leiloeiro e apreciador de arte. Ele consegue reconhecer quando uma obra é verdadeira ou mera falsificação. E ele tem problemas graves em relação ao convívio com outras pessoas. Não querendo tocar ninguém, usa luvas o tempo todo para sua proteção. Cheio de manias.  É “virgem” não possuindo nenhum contato com mulheres a não ser pelas obras de arte que coleciona obcessivamente e contempla com um prazer fora do normal. Até que um dia ele se depara com um enigma: Claire Ibbetson (Sylvia Hoeks), uma herdeira que o contrata para avaliar o espólio da herança que recebe de seus pais. Ela sofre de agorafobia, doença que o intriga e o fisga de tal forma que ele se vê obsessivo pela garota. E ao mesmo tempo outro fato chama sua atenção: Virgil encontra peças espalhadas pela casa. Ao mandar para Robert (Jim Sturgess), um “conserta tudo” que lhe presta alguns serviços, essas engrenagens, ao que tudo indica, são pedaços de um humanoide de Jacques de Vaucanson, do século XVIII, Artefato de valor incalculável. E nisso os laços com a garota se estreitam ao mesmo tempo em que Robert se torna seu confidente e conselheiro amoroso.

O filme conta ainda com uma participação bem especial de Donald Sutherland como amigo de trambiques de Virgil /Rush. E o diretor é ninguém menos que Giuseppe Tornatore do aclamado filme “Cinema Paradiso”. E aqui deixo um pouco o enredo de lado e falo das qualidades desse filme.

Depois de tantos “arrasa quarteirões” hollywoodianos cheios de efeitos especiais é um alívio assistir “O Melhor Lance”. Não é uma história ligeira, mas nos fisga. É um pouco parado para os padrões dos acostumados a edições vertiginosas. Para quem gosta de um filme de atuações, aviso, Rush está perfeito com mais um personagem cheio de maneirismos e trejeitos. Os interpretes dos personagens “secundários” são competentes. E a direção do Tornatore é absurdamente precisa. A direção de arte é soberba. São tantas obras reproduzidas que fica impossível captarmos todas.
Talvez não seja um filme que fará bonito nas bilheterias, pois é bem atípico. Porém para quem gosta de filmes, não importando o gênero, é um refresco aos olhos. E por mais que eu tenha a sensação de ter já visto essa história em algum lugar, ela nos prende. Faz-nos querer chegar ao final para saber o que está acontecendo.


Enfim, vale muito o ingresso, cada dia mais caro. E um esquecimento meu: trilha sonora de Ennio Morricone. Se não sabe quem é, nem perca seu tempo, pode ser um filme que você não goste tanto. Ou quem sabe, se surpreenda. 





vinimotta2012@gmail.com

domingo, 13 de julho de 2014

Resenha de filme: Transformers: A Era da Extinção - Affff!!!

Transformers: A Era da Extinção  - Affff!!!




         Então, há duas perspectivas: de um lado um filme pipoca e divertido cheio de ação e humor... Do outro, um filme totalmente incoerente e sem noção.
         Para qualquer pessoa com mais de dois neurônios (e não foi o caso de 98% do povo que lotou o cinema em que estive) o filme se mostrará totalmente sem pé nem cabeça. Tem uns erros de continuação e possui uns absurdos extremos. Lembro-me de assistir o desenho na época que passava no Xou da Xuxa. E esses filmes deturpam totalmente o espírito inicial. Eu nem sei muito que escrever a respeito, pois é muito estapafúrdio. Se você conseguir se desligar das idiotices, será bem divertido. Porém toda vez que via um Autobot com barba (hein? ? ? ?) e charuto (double “hein? ? ? ? ?”) meu intestino dava um nó do grau “QUE POHA É ESSA? ? ? ? ?”  Toda vez que um ser humano era lançado contra alguma estrutura dura eu me perguntava como eles não tinham um traumatismo craniano ou uma fratura exposta. Vamos ensinar os motoqueiros do Brasil a cair sem se esborrachar, só descobrir o segredo!!!
         Enfim, já deu para perceber o tipo de filme que é. E repito, se você conseguir se desligar disso, garanto que irá gostar. Como eu sou um chato de galochas realmente não me senti nada só indignação.

         Ahhhhhh!!!! Estava esquecendo: e tinha também o Mark Wahlberg... Sem mais meritíssimo!!!!!!!!!!

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Resenha de filme: O Grande Hotel Budapeste - Pastelão de um Transtornado Obsessivo Compulsivo





 O Grande Hotel Budapeste - 

Pastelão de um Transtornado Obsessivo Compulsivo







Então...

É um filme de Wes Anderson!

            Não sabe quem ele é? Eu também não lembrava. Aí, depois de uma rápida consulta ao oráculo, claro que falo do Google, eu tive uma luz. Alguém que eu mal conhecia e que tinha assistido somente dois filmes e odiado. Odiado não!!! É muito forte falar em “odiar”, o mais preciso seria usar o termo “estranhado”. Os que assisti foram “Os Excêntricos Tenenbaums” e “O Fantástico Sr. Raposo”, sendo este último uma animação. Não assistiu também? Vou te contar, Anderson é muito, muito, muito autoral mesmo. Ele tem um estilo próprio. E tem personalidade. Seus filmes não são pasteurizados e hollywoodianos. É uma espécie de Woody Allen com transtorno obsessivo compulsivo grave no conduzir um filme ao invés da neurose verborrágica. Então seus filmes são difíceis de “assimilar” e “digerir”.

            Posso dizer que pelo que andei lendo por aí, ele está se tornando um queridinho dos “alternativos” e um refresco à mesmice dos “filmes pipoca”. Particularmente acho um tanto grosseiro. Teria que apurar um pouco sua técnica de dirigir e de criar uma cosmovisão própria. Sou pretensioso em querer falar de cinema por não possuir formação na área? ? ? Só iniciados podem? ? ? ? Enfim, sigo o meu “achismo” retumbante de um simples estudante de Letras, e de alguém que já passou pela Filosofia rocambolesca de um passado insólito... E de alguém que adora ler e assistir muitos filmes. Anderson faz tudo de forma diferenciada. O uso das cores do cenários, câmeras lentas, efeitos “especiais” bem retrógrados, personagens sem nenhuma expressão em certos momentos cruciais,  olhar direto para a câmera. Quem não sabe apreciar algo diferenciado pode desistir de assistir. Não é um filme de estilo fácil e palatável.

            A história parte de certa complexidade, mas no fundo é tudo muito simples. Há uma leitora de um livro que começa a ler a história de um escritor; seguimos essa história com o escritor até ele conhecer o “dono” do Grande Hotel Budapeste; e este por sua vez conta como começou a trabalhar lá e o que fez virar proprietário. Então, prestem atenção, é uma história, dentro de outra história que está dentro de outra história. No mais o filme se mostra um pastelão baseado em antigas formas de interpretação e detetivescas cheias de reviravoltas fanfarrônicas. Com personagens improváveis e afetados em um estilo de vida pré-guerra: uma viúva é assassinada, um quadro roubado, um inocente é acusado e preso, e o fiel amigo tenta ajudar provando que ele não é culpado, ambos tentam derrotar o filho da viúva que quer ficar com toda a herança...

            O elenco é estelar. Ótimos atores se sujeitam a participações rápidas, a ponto de um ou outro se perder no meio. Se eu não lesse os nomes do elenco, nem saberia que o Owen Wilson estava lá. Destaque para Ralph Fiennes que faz o acusado do crime M. Gustave que começa uma amizade com o seu escudeiro fiel Zero interpretado por Tony Revolori. Fiennes realmente está afiado com o roteiro falastrão de Wes Anderson. Ele consegue pôr toda afetação e cafajestagem necessária a esse personagem. Notem que usei o termo “cafajestagem” que é extremamente antiquado. E é isso que M. Gustave é... Porém somente um ator fodão, com um dos vilões mais tenebrosos dos últimos tempos no currículo, e não estou falando de Darth Vader e sim de Lord Voldemort, poderia dar todas as afetações necessárias ao concierge do hotel, comedor de senhoras solitárias, às portas da Primeira Guerra Mundial.

            Tudo no filme é exagerado, há cores, maneirismos e há referências infinitas a um monte de outros filmes antigos... E no final quem ganha com isso? Eu não faço ideia. Não é um filme que eu recomendaria como sensacional. Falaria apenas de atuações inspiradas com um resultado final esquisito... Há boatos que esse filme já chamou a atenção dos oscarizadores...


            Eu fico na minha... nem lá nem cá!





vinimotta2012@gmail.com

terça-feira, 17 de junho de 2014

Resenha de Filme: A culpa é das estrelas.




A culpa é das estrelas



Simbolicamente a história de Romeu e Julieta é um lembrete que um amor “adolescente” não vive eternamente. Ele morre quando o casal vira adulto. Lógico que o ideal, e o que ocorre em muitos casos, é que ele também amadureça. Mas a arte faz com que os personagens sofram e “morram” no final. Entre uma adaptação e outra este tema vem sempre à tona.

Esta é uma historinha típica de um casal com problemas que os separariam. Ao contrário de Romeu e Julieta, que têm a rivalidade dos seus familiares, os Capuletos e os Montecchios, como agente dificultador, aqui o grande antagonista do casal é o câncer. Uma doença bem emblemática em nossa era. Por mais avanços que se tenha na medicina, nem todo câncer é controlável ou curável com tratamentos. Ele surge ramificando-se de uma célula que não foi detectada, ou não foi “pega” pela quimioterapia. E o câncer não afeta apenas o paciente, os familiares ficam arrasados também. Seja pela perda do ente querido, seja pelo prejuízo arrasador nas economias da família... Caso não se consiga um tratamento gratuito.


Enfim, aqui temos o casalzinho Hazel (Shailene Woodley) e Augustus Waters (Ansel Elgort) que possuem o cancro venenoso do câncer que afetou o pulmão da garota, e fez do rapaz um perneta. Os dois são lutadores. Tudo no filme faz amenizar seus problemas. Porém ele sempre está lá. O bom humor de Augustos é tocante. Ele é quase um bobão. Em diversos momentos esquecemos que ele é apenas uma criança. Sua esperança é tocante e tocante é o que vai acontecer entre ele e Hazel, o já citado amor adolescente. Em certo momento o filme toma ares de fantasia, pois há um livro, o preferido da garota, e surge a oportunidade de conhecer o autor, que mora na Holanda. E lá vão eles para o mundo dos sonhos em um passeio. Porém a realidade se mostra um pouco realista demais e surge a decepção com o escritor. Personagem esse vivido por Willem Dafoe que continua estranho com seu rosto esquisito e com sua atuação que não consigo classificar nem como ruim. O casal de protagonistas têm uma boa presença na tela e uma atuação muito competente. Soam muito naturais. E o amigo de Augustus, que possui câncer nos olhos e em determinado momento fica cego, pois tira o único olho que tinha restado, causa alguns momentos de risos, ingênuos, mas válidos. Vivido por Nat Wolff, Isaac é um contra ponto ao casal.


Outra deliciosa presença no filme é Laura Dern que faz mãe de Hazel. Sua interpretação é um refresco diante de um tema pesado como este. É uma mãe sofredora, sem as frescuras do gênero. Outra presença bem interessante é Lotte Verbeek que faz a assistente do escritor amargo do Dafoe, Lidewij. Ela leva o casal para um passeio por Amsterdã. Achei estranha a escolha de se visitar a casa de Anne Frank, principalmente por uma voz fantasmagórica ficar recitando o tempo todo trechos de seu diário dando uma ponte entre a vida da pequena judia morta no campo de concentração nazista e a jovem americana que também sofre em um campo de concentração pessoal.



O filme é baseado na obra de John Green, que não li, mas dá vontade de ler. Houve sim um chororô no cinema. E eu por motivos particulares, que não convém citar aqui, não senti nem uma lágrima escorrendo. Para falar a verdade fiquei até irritado. A culpa não foi do filme em si, e sim do que já escrevi: motivos particulares. Li em várias sinopses que o filme não era piegas. Não, ele é piegas... Não exageradamente a ponto de causar vergonha de estar assistindo aquilo. É um filme bem bonitinho e gostosinho, se não tiverem “motivos particulares” que também os irritem. Não vá esperando um típico “happy end”, lembrem-se: é a história de duas pessoas com uma doença que nem sempre tem cura. Porém não é um final que causa um nó na garganta nem vontade de cortar os pulsos no banheiro do cinema. Vale assistir até o fim. Vale o preço absurdo que os cinemas estão cobrando por um ingresso. Vale até você estar com alguém especial do lado para sentir umas fungadas de emoção no seu ombro nos momentos mais críticos... Fica a dica!!!! 





segunda-feira, 16 de junho de 2014

30.000 acessos!!!!!

         


        Então, meu blogue foi "fundado" no dia 12 de dezembro de 2012... uma coincidência ou uma data simbolicamente significativa???? Vai saber néh????

         Mas o que é mais interessante é que apesar dele ser um blogue de textos "grandes" ele é bem acessado, pelo menos para meus padrões e expectativas...... 
          Hoje com um ano e seis meses meu blogue atingiu mais de 30.000 visualizações... especificamente 30.275 acessos....

           Só tenho que agradecer a todos que estão contribuindo com isso....

             Obrigado a todos vocês!!

terça-feira, 3 de junho de 2014

Resenha de filme: Malévola ou Maleficent - Diva má redimida.

Malévola ou Maleficent - Diva má redimida.





         Foram muito emblemáticos os rumores de que o Walt Disney era satanista. E para muitos os seus desenhos possuíam mensagens ocultas para as inocentes criancinhas. Esse mito ou verdade perdurou até pouco tempo revoltando a revoada de cristãos com as asas da santidade e do testemunho de vida impecável...  Quando a nefasta empresa Disney comprou os direitos das histórias de Nárnia, sabidamente historietas cristianizadas, houve uma pontada de luz para a manada bufante de cristãos que viram uma centelha de conversão nas trevas peçonhentas dessa empresa.

         Porém, o passado deixa marcas... E marcas profundas... Principalmente se esse passado possui registro visual. E entre tantas possibilidades de se fazer uma vilã, Disney, fez a VILÃ das vilãs, com chifres de capeta unhudo e com o sentimento mais pérfido de todos em seu coraçãozinho, a inveja. Era a Maléfica, ou, como prefiro, Maleficent. Na época do desenho animado, o mundo pensava que tudo se dividia nos bons, e nos que eram maus. Hoje, depois de muitas reviravoltas históricas essa conversa não cola. Então se começou a fazer umas mudanças. Básicas!!! Os príncipes não eram tão príncipes mais... As princesas não eram tão perfeitas... E os vilões tinham justificativas para serem maus. Ninguém é podre de nascença... Pelo menos é isso que esse filme mostra. Tenho minhas dúvidas quando me deparo com uns seres por aí...


         E mesmo com a aparência de esposa de Satanás, Maleficent tem razões para se tornar o que vimos até então. Porém é uma versão bem particularizada da antiga história. É quase um universo paralelo. Afinal não é possível redimir assim tão fácil alguém realmente malvado. E como Maleficent é malvada, rouba a cena toda vez que aparece no desenho. E no filme, precisavam por uma mulher emblemática para ter a mesma presença forte. Há pouco tempo Charlize Theron já tinha encarnado uma madrasta má deliciosa no fraco “Branca de Neve e o Caçador”. Então alguém de peso precisava encarar o projeto. E que nome veio à mente dos produtores senão o de Angelina Jolie? ? ? Aparentemente seria impossível fazer a voluptuosa atriz virar uma Maleficent digna. Mas o que uma boa maquiagem e umas próteses não fazem em uma pessoa? ? ? ?

         Ela está perfeita. Linda, lânguida, sofisticada, chique e má, muito má... Porém é inevitável algumas coisas risíveis. A Maleficent criança por exemplo. Algo meio forçado. E as carinhas das fadinhas boas estão bem artificiais, de um jeito exagerado. E sem querer entregar demais o filme, mas em certo momento do fim a Maleficent dá lugar a uma “Tomb Raider” bem das safadas... Sem comentar mais sobre isso, vamos láh.

         Surpresa gostosa foi me deparar, mesmo que com uma computação gráfica ruim inicialmente, o rostinho de uma atriz que gosto muito, Imelda Staunton, como uma das fadas atrapalhadíssimas que quase matam Aurora com a incapacidade de agirem como seres humanos normais.

         Maleficent redime a personagem num final quase piegas. E com certa sutileza de mastodonte sobre um tema tão pertinente aos contos de fadas: o beijo de amor. Aguardadíssimo entre os mais descolados e enrustidos, o filme se mostrou bem estruturado e não forçado. Apesar de falhas, como já apontei, não interfere na diversão. Uma diva má das vilãs Disney recebeu o que há muito pedia, atenção e repercussão.  Tudo é bem conduzido. E praticamente não houve nenhum retoque na cena da maldição que Malévola lança em Aurora... E está delicioso o cinismo da interpretação de Angelina nesse momento. Nunca esteve tão bela e sedutora ao mesmo tempo e tão perigosa.

         E Aurora ? ? ? ? ? Elle Fanning é muito boa, mas diante de tanta exuberância fica apagada. Parece uma adolescente molambenta, nem uma escova fizeram nela, só para não contrastar com a personagem título. Ela deixa a carinha de Miss para o desenho e só mantém uma carinha de menininha. E o corvo? ? ? ? Mais personalidade e foi humanizado!!!! É foi!!! Virou personagem para um ator, no caso o Sam Riley, que tem boas tiradas como capanga emplumado.



         Fui dessa vez com um grupo grande de pessoas e todos gostaram. Imagino que muita gente também gostará, de crianças a beeshas deslumbradas. E como tinha bees ansiosas para assistir... 




quarta-feira, 16 de abril de 2014

Resenha de filme: Noé

Noé 







         Se estiver esperando um filme bíblico, esqueça. Muita imaginação para os vácuos que a lenda de Noé propicia. Difícil é entender como o Arafonsky se propôs a fazer algo tão inferior aos seus “Cisne Negro” e “O Lutador”, e ainda por cima escreve o roteiro. De início, vi algo inovador no filme: a forma de narrar, o modo de colocar o roteiro em uma perspectiva diferenciada... E aí eu me lembrei... O filme foi feito para ser passado em 3D. Não havia inovação aparente. Havia adequação. E tudo perdeu a graça. Noé tenta trabalhar as motivações de fé de um homem bíblico. E só confirma uma coisa: a crença do homem moderno de que Deus está dentro de si mesmo, e não fora. Todas às vezes que Deus “se comunica” com ele é por meio de visões, por meio de “aparições” que ninguém mais vê. Só ele. E tem uma família um tanto louca para aceitar suas ideias. E como explicar os animais que aparecem em fila indiana à porta da arca? Da mesma forma que se explica como manter os animais quietos sem um comer o outro: uma boa dose de “viagem na maionese”. Até parece uma retomada aos pontos medievais especulativos sobre o sexo dos anjos. Pronto, está feito um filme medíocre, com supostas situações de “ação” em função de uma tecnologia que insistem em nos enfiar “guela” abaixo. O melhor no filme é o Cam vivido por Logan Lerman, um ator jovem e experiente o bastante para fazer presença, ao contrário da “decoração” interpretada por Douglas Booth, que faz um Sem "sem" graça, e da própria Ema Watson que não perdeu o tom herryppoteriano ainda... Necessita de uma boa desconstrução de si mesma, o que ainda não ocorreu. Jennifer Connelly que faz a esposa de Noé fica bem desinteressante. O olhar forte da atriz chama mais atenção que sua atuação. E o Russell Crowe faz seu papel bem feito, como bom profissional que é, nada mais.

         Crentes sem senso crítico poderão gostar do filme. Quem tem um pouco de conhecimento sério teológico-bíblico vai achar tudo uma piada.

         Porém faço uma ressalva aqui. Achei bem legal a ideia dos anjos caídos. Eles caem do céu e ao atingir a terra, devido ao calor causado pelo atrito se misturam à terra, que derretida, inicialmente, se petrifica transformando-os em gigantes de pedra bem grotescos. Explica muita coisa, e causa muito mais questões. E a mania da mentalidade hodierna (moderna) em achar que tudo vai ser redimido faz esses anjos caídos subirem de novo aos céus em dado momento do filme. 


         No mais Noé é só um caça níquel. Sem real valor... Se bem que depois de “Gravidade” vencer no Oscar, mesmo que tenha sido os "Oscars" técnicos e de diretor.... Não tem como ficar mais criticando nenhum filme. A academia passou a régua...

sábado, 15 de março de 2014

Resenha de filme: Ninfomaníaca - Volume I

Ninfomaníaca - Volume I




            Bom por problemas de “moralidade” campineira eu não consegui assistir esse filme antes. Então a resenha só saiu agora.

No geral os filmes de Lars von Trier não são fáceis de digerir. Ele em si não é fácil de engolir. Tanto que após ganhar um prêmio em Cannes, pelo filme Melancolia, fez declarações que o transformaram em “Persona Non Grata” no festival. Pouco antes tinha envergonhado publicamente sua atriz principal, Kirsten Dunst. Ele é assim. Alguns atores falam que é extremamente difícil trabalhar com ele. Mas ele consegue tirar interpretações muito boas. Só lembrando: Björk (que nem atriz é, e sim cantora), Catherine Deneuve, Nicole Kidman, Lauren Bacall, sua queridinha Charlotte Gainsbourg, Willem Dafoe, Stellan Skarsgård entre tantos outros que são relativamente frequentes em seus filmes.

            Esse filme vem com uma jogada de marketing bem apelativa. Bem mesmo! Até me decepcionei um pouco. Esperava umas coisas mais “assustadoras”. Tinha lido uma crítica que o autor dizia-se bem constrangido com tudo o que passava, principalmente com a sexualização das brincadeiras infantis da personagem principal. Aí notei que o filme é sim forte e eu que estou um pouco além dessas mentalidades reprimidas.



            Para uma pessoa comum, sem conhecimentos de algumas teorias freudianas, ou pessoas reprimidas sexualmente, ou ainda pessoas que não tem uma cabeça aberta para o assunto, esse filme realmente é uma “depravação” pura. Aparece cenas de sexo explicito, digamos assim, aparentemente explicito. Em momento algum do filme eu fiquei excitado. Pois tudo tem um pouco de razão de aparecer. Dar o impacto devido ao “problema” sexual de JoeCharlotte / Gainsbourg. Eu compararia a um filme que, tratando o problema da gula, mostrasse alguém se empanturrando de guloseimas. Todos nós gostamos de ver e comer uma boa comida, mas quando é tratado de forma doentia não dá nenhum prazer e sim estranhamento. É o que acontece com o sexo do jeito que von Trier filma. Ele usa vários clichês do mundo erótico e sexual subvertendo de tal forma que tudo faz realmente parte da história.         E o que vai além é fruto da mente devassa ou não do espectador. No mais é um filme que narra uma dimensão da vida.


Joe / Gainsbourg por algum motivo está inconsciente num beco e é resgatada por Seligman (Stellan Skarsgård). Em sua casa ele trata de Joe que começa contar suas histórias apimentadas. Ele serve de canal psicanalítico para Joe perceber e ter o gancho necessário para sua inusitada narrativa. Há inúmeras referências, indo de pescaria à músicas polifônicas de Bach. É até meio difícil acompanhar tudo.

            E Joe narra sua história. Como ela se considera má  e perversa por gostar de fazer sexo, por se entregar a sua busca desenfreada em satisfazer-se. Em certo momento diz que fazia sexo com 10 homens na mesma noite, diariamente. Haja pomada para assadura!!!! Sua história é fragmentada, nos dá trechos significativos do que passou. E mostra que nada é tão simples de se entender. Sua narrativa é dividida em capítulos. Vemos como sua iniciação erótica acontece aos 2 anos de idade, quando toma “consciência” de sua “boceta”. Ela mesma diz isso. Oh!!! Um palavrão!!! Acostume-se, há muitos. Os espectadores mais sensíveis talvez se sintam ofendidos. Não se preocupem, meus alunos da 6ª série falam muito mais palavrões que os adultos possam supor. E pasmem, eles aprendem justamente com adultos. Éh!!! Faz parte da vida o palavrão, a depravação e o sexo, sujo ou limpo, com ou sem amor.

            O filme é cheio de “participações” bem especiais. Vários atores puderam mostrar seu talento em situações bem inusitadas. A jovem Joe é bem retratada pela atriz Stacy Martin. Sua neutralidade em expressões ressalta a sua fome por sexo. Dificilmente esboça uma reação emocional sem estar ligada ao erótico. Mesmo assim não parece ser diferente de muita gente tida como normal.



             Nunca vi uma atuação realmente boa de Christian Slater, que faz o pai de Joe, e aqui ele convence como um pai amoroso. E pelas teorias freudianas, isso pode despertar o desejo erótico das garotas. Em momento algum, ela tem um discussão com o pai, tudo é muito terno e carinhoso. Em contraposição, sua mãe é uma mulher distante e aparentemente fria. Esse tipo de coisas podem dar pistas do comportamento complexo de Joe. Porém não se engane. Nada é fácil na psique humana.





            Outra atuação que realmente gostei foi de Uma Turner que faz uma patética Sra. H. Não vou contar muito sua participação para não estragar. Seria hilário, não fosse uma situação totalmente constrangedora que ela ardilosamente engendra. É um dos trechos que mais gostei.

            Shia LaBeouf perdeu seu tom caricato e encorpa o “amor”  da vida de Joe, Jerôme. Antes que alguém se assanhe com o “pau” dele no filme, saibam que muitas coisas são efeitos de digitação gráfica, ou próteses... Seus “safadenhos”!!!! Há sim coisas reais mostradas. Assista para conferir e saibam que os atores foram protegidos de certas consternações... Pelo menos foi o que circulou por aí.

            Indiferente ao tema abordado, sexo, o filme se mostra bem interessante. É o estilo von Trier de filme. Não é tão angustiante quanto “Anticristo” e não é tão simpático quanto “Melancolia” porém, promete uma boa história. E antes que alguém diga algo, não é um filme hollywoodiano. Tem um ritmo mais lento, tem interpretações menos rasas, tem menos pudor em mostrar coisas que, contraditoriamente, a indústria americana não gosta de mostrar.


            Não falo para sentar, relaxar e gozar, apenas aproveitem bem a história de Ninfomaníaca.