Operação Big Hero - "Soco-bate.... Tra-lá-lá-lááh"
Quando vi o trailer fiquei muito interessado em assistir
essa animação. E quando o fiz adorei. E como de costume fui ler um pouco sobre ela depois, faço isso para não ser influenciado, e descobri que era uma adaptação
de uma HQ da Marvel!!! Fiquei surpreso e pouco achei sobre o quadrinho
original, então, fico somente com o filme.
Hiro fica “sozinho” com a tia que já os
acolhia como única remanescente da família. É interessante como a Disney gosta
de personagens órfãos... Isso dá o que pensar... Mas não agora!!!! Voltando,
Hiro fica inconsolável. Se fecha numa “depressão traumática pós-perda”, até que
solta um “Ai!” por machucar o dedão e isso ativar o Baymax. O que o deixa mais angustiado ainda de tristeza. Afinal era o “grande” projeto do irmão. E antes
que todos nós morramos engasgados com o próprio coração apertado saindo pela boca,
vemos a fofura sem tamanha de Baymax. Ele é projetado para ser um robô
médico-enfermeiro-cuidador. Com todas as programações possíveis para
identificar e tratar os males físicos e psicológicos. Ele também tem um
programa de memória inteligente que vai assimilando, como uma pessoa, coisas
novas. Ele não é aparentemente esperto, é o que julgamos, aos poucos ele vai
anexando coisas em sua memória e usando. Vemos de cara que ele não possui
malícia, é puro e inocente. O que deixa mais fofo ainda... Para vocês terem uma
ideia usarei esse adjetivo “fofo” e todos os possíveis sinônimos que lembrar
para dar a dimensão da coisa. Então não me recriminem. É interessante notar que
antes da transformação em “herói” as cenas da animação são bem ritmadas e
ágeis, a não ser quando foca nas ações de Baymax. Parece até interminável uma
cena que ele está colando fitas adesivas nos seus furos, que o fazem murchar,
diante de um policial entediado numa delegacia. E são justamente essas cenas
que dão a dimensão de zelo, cuidado e carinho que desprende do robô. Fruto do
programa e um pouco da personalidade do próprio irmão de Hiro. E ao invés de
ficar enervante na história, essas cenas, nos proporciona aquele momento
“Ownnngtchyy!” que temos, mesmo que não admitamos, ao ver algo “mega máster
blaster bunitinhu”.
Outra
surpresa foi ver que “Operação Big Hero” conta com um super-herói fofucho. Ou
para os corações mais peludos, um “gordo”. E não, o jovem Hiro Hamada não é o mais importante do filme. Ele é apenas o
protagonista humano que faz do grande robô médico inflável Baymax um “lutador”.
Sim estou sendo totalmente tendencioso aqui nesta resenha!!!! :P
Vamos ao
início e tentarei não ser todo truncado com as informações. O começo é bem tradicional
como uma típica história de heróis. São dois irmãos, Tadashi e Hiro Hamada (não
falarei das vozes originais, assisti dublado) que por coincidência são gênios
robóticos. Porém o mais velho já vai a uma espécie de universidade, ou seja,
tem propriedade para fazer e ser o que se propõe, e o mais novo é um bostinha
prepotente e que “se acha” só por conseguir fazer uns robozinhos de lutas
ilegais. Até o Tadashi gongar com a cara dele provando que perto de todo mundo
na "universidade" ele era apenas uma titica de rolinha espalhada com
a sola do sapato na calçada debaixo do sol... Éhhh, o que uma instituição de
ensino pode fazer por alguém não é????? E lá conhece todos os demais
personagens que lhe farão parceria na história, inclusive o Baymax, um projeto
do seu próprio irmão. Depois que Hiro percebe que será um “Zé-Manéh”, se não
estudar lá, desenvolve um projeto para ganhar uma bolsa. No dia que vai apresenta-lo
tudo é perfeito até que ocorre um acidente e o prédio vai pelos ares junto com
seu irmão Tadashi.
Esse é um dos heróis mais
interessantes que vi surgir ultimamente nas levas de filmes que nos assolam. Ao
contrário dos anabolizados e machos alfas que existem por aí, Baymax, apesar de
ser um robô com programação, acaba sendo mais palpável e mais “humano” que um
“Homem de Ferro” ou até mesmo um “Capitão América”, ambos ideais de virilidade
americana. Baymax é só um robô gorducho que quer ajudar, faz parte de seu
programa (ou consciência?). Desenvolvido para ser (que palavra podia usar?????
Lógico que:...) fofo e acolhedor. Ele acaba dando muito constrangimento a Hiro,
típico adolescente “macho” que não quer ter emoções ou expressá-las preferindo
ser um babaquinha. Então Baymax não se transforma, ele transforma e humaniza o
próprio Hiro. Mesmo o garoto tentando, após descobrir que a morte do irmão não
foi acidental, fazer do foforucho um gigante guerreiro vingador. Realmente quem
se transforma é Hiro. E Baymax, só aumenta sua fofice. *__*
Bom, sem
entregar mais da animação, só falo que foi um dos melhores desenhos que vi este
ano, e olha que eu adorei Frozen. Que é tão fofo, tão fofo, mas tão fofo que faz chorar quando Anna canta “Do You Want To Build A Snowman” música mais
legal que a oscarizada “Let it go”, que também adoro. “Operação Big Hero” é um
filme mais “moleque”. Um público que ficou meio de lado em Frozen.
Vale muito
assistir. Não é pretensioso e brinca com muitos clichês dos heróis de HQs. E
uma coisa que pode ser um “plus”, pois muitos não gostam: não tem personagens cantantes
e ululantes se esgoelando em músicas chicletes... Que eu gosto, só para
constar.
Ahhh, o
"Soco-bate... Tra-lá-lá-lááh" é uma cena muito legal , prefiro que
assistam e por favor, desconsiderem que a cidade é “San Franstokio”.... sem
mais comentários!!!!!!!!
vinimotta2012@gmail.com