segunda-feira, 1 de abril de 2013

Resenha de filme - Oz: Mágico e Poderoso - Plásticas e 3D


Oz: Mágico e Poderoso - Plásticas e 3D


          Para quem assistiu ao "Mágico de Oz" não há surpresas grandiosas. Imagino que para quem ignore um mínimo de cinema deva ter surtido uns "Óhs" e "Ahs". Eu assisti várias vezes o primeiro filme quando a Globo se dignava a passar coisas mais interessantes na sua "Sessão da Tarde". Lembro que assistia sem muita emoção, pois já achava meio estúpida a história de uma garotinha que é levada para um mundo mega colorido por um furacão. A cabecinha de criança toda torta já pensava "furacão mata!!". E aquilo era constatado como uma "farsa" ao final quando a garotinha voltava para casa acordando como se estivesse em um sonho. Mas uma farsa? E o sapatinho que ela usava? Mostrava que a farsa não era tão irreal.
          "Oz: Mágico e Poderoso" é isso também. A complementação de uma farsa. Seria uma realidade alternativa a vida sem graça e "preta e branca" de alguém que não é nada e quer ser muito? Ou seria realidade "real"? Entre Dorothy e Oz fica a incógnita, os dois humanos que estiveram lá.
          Se no primeiro filme eu me deliciei com Totó, o "ator" que mais me chamou a atenção, em "OZ: Mágico e Poderoso" tive mais personagens interessantes. Falarei então um pouco de cada um:

           
- Oz/James Franco - Vejo ele como um ator competente, mas nada me tira a sensação de que quando ri tem a aparência de um maconheiro com gengivite. Sei que não sou um expert em cinema, gabaritado, com "diproma", mas ele nunca me agrada totalmente. Chegou perto em "Milk", mas sei que é um nome forte na indústria de filmes. Enfim, dá a seu Oz um jeito de pouca confiança. De trapaceiro, o que o personagem é. Mas por ter seu nome no título do filme, Oz se mostra não menos parecido a vários coadjuvantes especiais.
         
- Theodora/Mila Kunis - a menina "cresceu", se em "Cisne Negro" estava anoréxica, neste sua voluptuosidade é visível. Ombruda dá consistência a personagem "comida e largada" pelo "mocinho". Não acho um assunto muito infantil, para um filme desses, mas nossas crianças estão mudadas também, néh! Enfim, se outras moçoilas eram impotentes à sedução de Oz, Theodora se mostra com um rancor capaz de a deixar verde de ódio e de soltar fogo pelas "ventas", quase literalmente.



 Evanora/Rachel Weisz - sou suspeito para falar dela. Amo de paixão essa atriz, e acho que foi a melhor em domínio de personagem e cena. Soube tirar de um personagem raso uma certa profundidade. O máximo que o roteiro permitiu. Seus olhos grandes e tristes acentuam a inveja da bruxa por sua irmã "loirapadrãoamericano"... Nas cenas de voo mostrou a elegância necessária e digna de um Cirque du Soleil. Sim sou muito tendencioso...
         
Glinda/Michelle Willians - realmente sua Glinda é um misto das mulherzinhas perfeitas dos anos 40/50/60 e uma boa pitada de força das mulheres atuais. Não se deixa enganar pelo picareta Oz, pois sabe que é o que tem, e faz o que pode com "aquilo". Não consegui ainda definir se acho essa atriz realmente boa ou comum. Preciso pensar e ver mais coisas dela. Admito que assisti poucos trabalhos dela.
          
          Esses seriam os principais a se comentar. No geral o filme é bom para entreter. Não é um épico. Se na primeira versão "Oz" era um mundo mega colorido em função do Technicolor, agora ele ficou mega colorido e vertiginoso em função de uma tecnologia que ainda não me pegou, o 3D. Ainda me dá dor de cabeça e me faz achar desnecessário e encarece o ingresso. O único filme que usaram bem, dando mais beleza a fotografia, foi "As Aventuras de Pi". "Oz: Mágico e Poderoso" podia ficar sem esse encarecedor. Como vem ocorrendo nos filmes, às vezes, a história acelera demais em função de contar tudo no tempo padrão. E as atrizes estão exagerando nas plásticas. Kunis e Willians são exemplos do extremo de cirurgias.
A garotinha de louça May/Abigail Spencer, que é computação gráfica pura, consegue ter aparência mais realista que essas duas atrizes. Weisz parece bem natural, se faz cirurgias, não está muito aparente, ainda. Entre narizes reconstruídos, preenchimentos labiais e peles esticadas vemos que o padrão de beleza está ficando tão artificial quanto os cenários. Vejamos até onde vai isso.
          Não espere algo arrebatador no filme, mas ele cumpre a função de entreter, de forma pasteurizada, a família. Há emoções para todos os membros. É um filme que agrada. Como a maioria dos filmes que são milimetricamente "estudados e pesquisados" para tal fim. Acho que na luta para conquistar bons resultados, no momento, as séries televisivas estão bem à frente. A indústria cinematográfica está ousando pouco. Uma pena. Culpa dos produtores que querem ter um mínimo de risco nas bilheterias. Quem perde? Não somos nós, pois como todo ser humano insatisfeito com uma coisa, corremos para o que nos proporciona o que procuramos.
          Um PS: E não é que o Oz/James Franco passa a ro... Quero dizer a lábia, passa sua "lábia" em praticamente todo o elenco feminino??? É isso mesmo produção??? Ensinando os garotinhos desde cedo a dignidade da quantidade??? Pronto, falei...





4 comentários:

  1. Porque vc não tenta enviar para algum jornal suas criticas de filmes ou melhor: Resenha de filme - Oz: Mágico e Poderoso - Plásticas e 3D , em especial ?
    Tente...o máximo que poderá acontecer é nenhuma resposta !
    È assim que se começa !!
    Ass: OPA

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  2. Minhas resenhas são mto "personalizadas" e os meios de comunicação geralmente precisam "promover" o filme de qualquer jeito, mesmo que seja uma bosta......

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  3. Adorei a resenha, especialmente a análise dos personagens.

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  4. Valeu Alessandro... espero continuar agradando....

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