Oblivion
Fotografia
muito bonita. Uma ótima produção, uma direção bem executada. Uma história
mediana, e atuações idem. O astro
principal é o Tom Cruise que faz uma espécie de vigilante/zelador/técnico/faz-tudo/capataz de uma terra
devastada: o Jack Harper. E para isso ele tem uma esposa/vigilante/zeladora/assistente-técnica-do-técnico/faz-nada/capataz:
a Vika/Andrea Riseborough.
Uma guerra aconteceu e ele e sua parceira/esposa são os únicos a ficarem
na Terra após uma necessária limpeza de memória para a segurança da missão.
Existem em sua área uns seres, os “saqueadores” que roubam, quando conseguem, o
núcleo de robôs vigilantes ou outras peças. Presumimos ser alienígenas, mas
descobrimos a verdade após meio filme corrido. Imensas máquinas são colocadas para retirar a
água do oceano para fazer uma espécie de fusão nuclear e gerar energia, coisa
típica de filmes de ficção científica. O casal de “capatazes” leva uma vida de
vigília e estão para terminar o tempo de trabalho e logo voltarão junto aos
demais humanos numa lua de Saturno (hein? É isso mesmo produção? ?
?
O.o). Ah! Eu disse que a vida dos dois é totalmente sem sentido? Sim uma vida
sem graça, insípida e inodora. A casa tem uma limpeza de centro cirúrgico, sem
as infecções hospitalares... Mas a vista é linda... Me lembra o Rio de Janeiro,
onde o que importa é a vista, da janela. E não vale olhar para baixo só para o
horizonte em direção ao mar... Éh... Voltando ao filme... E tudo se complica
com a “chegada” de uma mulher não tão misteriosa, Júlia/Olga Kurylenko, que vive em flashes na cabecinha de Jack dando pistas
de sua identidade.
Faz um tempo que venho percebendo que
uma super produção com Tom Cruise serve apenas para tentá-lo fazer brilhar. E
ele brilha. Porém quando surge um coadjuvante competente como o Morgan Freeman
se percebe claramente o quanto ele é sempre o mesmo. E o brilho fica um pouco
embaçado. A história se arrasta por 2 horas com a sensação de 3. Feita na medida
para tomar seu, e meu, dinheiro. Não é
um filme que fixa na retina por muito tempo. Depois de uma, duas semanas
lembramos vagamente que o assistimos. É um pouco mais do mesmo que tantos
outros filmes já nos deu. Hoje em dia estão dando o nome de “homenagem” ao ato
de “tirar” referências de outros filmes de sucesso, e esse tem muitas “homenagens”.
Eu chamaria de crise na indústria que não ousa mais como antes. E convenhamos a história do herói solitário
que descobre uma conspiração e fica do lado dos supostos rebeldes e blá-blá-blá
precisa ser revista... Já vimos isso em “Vingador do Futuro”, “Matrix” (os 3),
“V de vingança”, “Minority Report – A nova lei” (com o mesmo ator por sinal),
“Wall-e”, sim é do desenho mesmo que falo, o robozinho e o Jack são igualmente
colecionadores de objetos de suas respectivas “antigas” Terra. Achei a história do robozinho
lixeiro muito mais instigante. Enfim,
deu para perceber o tédio?
Não sei quanto custou, quanto arrecadou,
sei que como um “filme” (!!!) ele é bonzinho. Serve para passar um tempo. Não
há cenas memoráveis. E o final, que não vou contar, se torna previsível quando
é proposto antecipadamente. Fica óbvio demais. Mas é uma embalagem super bonita
e sofisticada com um conteúdo normal. Contado de uma forma meio complexa, e acho
que propositalmente, só para dar a impressão de novidade.
Há coisas risíveis, típico de
americanos que não conseguem usar outra forma simbólica de “distinção” a alguns
personagens “fodões”. É o caso do personagem do Morgan Freeman, já bastaria ele
ser feito pelo grande ator, mas não, foi necessário colocar um charuto enooooorme
na sua boca. Charuto deveria ser símbolo do status do personagem? E vem o
questionamento, se eles vivem debaixo da terra, com certa dificuldade, nas
antigas construções terráqueas, em que diabos de lugar ia se cultivar a matéria
prima para os charutos? E não seria perda de tempo ficar fabricando charutos,
ao invés de produzir comida? É... No mínimo desnecessário. Entre outras coisas o filme é mais um. Como já
disse...
O nome sugere bem o estado de espírito que se apossa depois de
assistir: Oblivion = esquecimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário