domingo, 14 de abril de 2013

Resenha de filme: Oblívion = Esquecimento

Oblivion

            Fotografia muito bonita. Uma ótima produção, uma direção bem executada. Uma história mediana, e atuações idem.  O astro principal é o Tom Cruise que faz uma espécie de vigilante/zelador/técnico/faz-tudo/capataz de uma terra devastada: o Jack Harper. E para isso ele tem uma esposa/vigilante/zeladora/assistente-técnica-do-técnico/faz-nada/capataz: a Vika/Andrea Riseborough.

         Uma guerra aconteceu e ele e sua parceira/esposa são os únicos a ficarem na Terra após uma necessária limpeza de memória para a segurança da missão. Existem em sua área uns seres, os “saqueadores” que roubam, quando conseguem, o núcleo de robôs vigilantes ou outras peças. Presumimos ser alienígenas, mas descobrimos a verdade após meio filme corrido.  Imensas máquinas são colocadas para retirar a água do oceano para fazer uma espécie de fusão nuclear e gerar energia, coisa típica de filmes de ficção científica. O casal de “capatazes” leva uma vida de vigília e estão para terminar o tempo de trabalho e logo voltarão junto aos demais humanos numa lua de Saturno (hein? É isso mesmo produção? ? ? O.o). Ah! Eu disse que a vida dos dois é totalmente sem sentido? Sim uma vida sem graça, insípida e inodora. A casa tem uma limpeza de centro cirúrgico, sem as infecções hospitalares... Mas a vista é linda... Me lembra o Rio de Janeiro, onde o que importa é a vista, da janela. E não vale olhar para baixo só para o horizonte em direção ao mar... Éh... Voltando ao filme... E tudo se complica com a “chegada” de uma mulher não tão misteriosa, Júlia/Olga Kurylenko, que vive em flashes na cabecinha de Jack dando pistas de sua identidade.  
          Faz um tempo que venho percebendo que uma super produção com Tom Cruise serve apenas para tentá-lo fazer brilhar. E ele brilha. Porém quando surge um coadjuvante competente como o Morgan Freeman se percebe claramente o quanto ele é sempre o mesmo. E o brilho fica um pouco embaçado. A história se arrasta por 2 horas com a sensação de 3. Feita na medida para tomar seu, e meu, dinheiro.  Não é um filme que fixa na retina por muito tempo. Depois de uma, duas semanas lembramos vagamente que o assistimos. É um pouco mais do mesmo que tantos outros filmes já nos deu. Hoje em dia estão dando o nome de “homenagem” ao ato de “tirar” referências de outros filmes de sucesso, e esse tem muitas “homenagens”. Eu chamaria de crise na indústria que não ousa mais como antes.  E convenhamos a história do herói solitário que descobre uma conspiração e fica do lado dos supostos rebeldes e blá-blá-blá precisa ser revista... Já vimos isso em “Vingador do Futuro”, “Matrix” (os 3), “V de vingança”, “Minority Report – A nova lei” (com o mesmo ator por sinal), “Wall-e”, sim é do desenho mesmo que falo, o robozinho e o Jack são igualmente colecionadores de objetos de suas respectivas  “antigas” Terra. Achei a história do robozinho lixeiro muito mais instigante.  Enfim, deu para perceber o tédio?

         Não sei quanto custou, quanto arrecadou, sei que como um “filme” (!!!) ele é bonzinho. Serve para passar um tempo. Não há cenas memoráveis. E o final, que não vou contar, se torna previsível quando é proposto antecipadamente. Fica óbvio demais. Mas é uma embalagem super bonita e sofisticada com um conteúdo normal. Contado de uma forma meio complexa, e acho que propositalmente, só para dar a impressão de novidade.

         Há coisas risíveis, típico de americanos que não conseguem usar outra forma simbólica de “distinção” a alguns personagens “fodões”. É o caso do personagem do Morgan Freeman, já bastaria ele ser feito pelo grande ator, mas não, foi necessário colocar um charuto enooooorme na sua boca. Charuto deveria ser símbolo do status do personagem? E vem o questionamento, se eles vivem debaixo da terra, com certa dificuldade, nas antigas construções terráqueas, em que diabos de lugar ia se cultivar a matéria prima para os charutos? E não seria perda de tempo ficar fabricando charutos, ao invés de produzir comida? É... No mínimo desnecessário.  Entre outras coisas o filme é mais um. Como já disse...

O nome sugere bem o estado de espírito que se apossa depois de assistir: Oblivion = esquecimento.

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