terça-feira, 2 de abril de 2013

Poema: Sonhos possíveis

Este é um trabalho em estado cru. Resolvi colocar no blog por ser parte e fruto de tudo que aprendi até agora, em grande parte no seminário. Esse poema será recitado num Sarau da Faculdade em Maio. 
Sonhos possíveis
Diante duma rotunda o humano faz
seu solo estéril, sua alma condensa
uma ânsia de uma muda calma perfaz.
A hipotética retórica da mente mais densa
que combina desejo e caos metafóricos
com distorções de pensamentos paranoicos.
Com diagramas, elucubrações espasmódicas
o sonho surge na impossibilidade manual.
A loucura perfaz dia a noite com tortas rubricas;
A sanidade se manifesta com a tenacidade usual
de um raio de sol refletido numa taça de vinho
surge um manifestar de intenso e doce carinho.
O sonho impossível não mais prisioneiro de gaiola,
escapa de seu ovo unitário confeccionando algo,
que até então era imaginado, unido a outra argola
e a outra e a mais outra, manifestando o que foi pago.
Bela vitória faz a louca da casa  que não mais aviltada
prova sua arraigada necessidade e gorjeia realizada.
A louca da casa não se esconde no fundo da caixa,
voa tranquila entre todos os fatos, sonhos e verdade.
Sua insanidade mantém o desprezo de outras baixas
que, com inveja desenfreada, buscam sem caridade
um descuido e desprover da criatividade sua vez
nos tirando de uma criança órfã seus sonhos possíveis.

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