domingo, 21 de abril de 2013

Resenha de filme: G. I. Joe – Retaliação - Testosterona não convence


G. I. Joe – Retaliação - Testosterona não convence

        Eu lembro do  G.I. Joe da época de criança que eu assistia os desenhos no Xou da Xuxa, é, eu admito, eu assistia sim, e duvido de quem diz o contrário. Eu achava demais. E quando começou a aparecer os brinquedos fiquei mais animado ainda. Porém, logo meu coração foi tomado por outros desenhos menos “realistas” e comecei a achar os “Joes” meio chatos. Eu fiquei interessado quando o primeiro filme foi anunciado. Assisti e até gostei. Percebi que algo não estava bem, mas gostei. Não sabia o que era. Nesse “Retaliação” eu descobri o que era: a mesmice.
        Esse filme teria feito mais sentido há uns 25 anos. Hoje ele perdeu a força e simbolismo. Tudo parece já ter sido visto em outros filmes. E o que era legal nos anos 80, fica meio bobo em 2013. O desenho era pura testosterona, o filme fica na caricatura. Os machões, após tantos anos de conscientização sobre teorias até então obscuras de psicologia, ficam mais estranhos e menos convincentes. Por mais que o roteiro tente não esconde a falta de veracidade nesses “hormônios masculinos”. Colocaram o “ex-The Rock”, e atual Dwayne Johnson, como um  Roadblock cheio de masculinidade, e ainda assim acaba sendo menos viril que o mesmo ator vestido de “Fada dos Dentes”. Os nomes também não se justificam mais, depois de tantos outros desenhos que viraram filmes usando a mesma técnica de nomenclatura. Tudo fica forçado, artificial. Nem Bruce Willis dá fôlego necessário a trama. Fica estranho um militar, aparentemente aposentado, ter tantas armas na cozinha, guarda-roupa e gaveta de cuecas. Onde o bendito arrumou tanto dinheiro para comprar aquela tralha mortífera toda? E não chamou a atenção de nenhum departamento do governo? Ainda mais entre os próprios americanos, eles são surtados e neuróticos. Principalmente após o 11 de setembro, e os inúmeros massacres de inocentes pelo país afora. Algumas piadas são funcionais, e outras realmente fazem rir.
        Não entendi também o motivo de matar o ator principal do filme anterior. Só para deixar o “Dwayne” estrelar? Eu não sei se em inglês a sonoridade desse nome “Dwayne” é séria. Em português é meio desconcertante. Preferia “The Rock” = Rock Johnson.... Afff.... Piorou, por isso a dificuldade de achar nomes bons em minhas crônicas sobre a época que estive no seminário.
        Se a idéia geral dos “Joes” não convence mais, nos dias de hoje, após tantos outros grupos governamentais ultra equipados, temos que dar o braço a torcer aos efeitos. São bons e convencem, a não ser o carro de batalha que o Bruce Willis guardava na garagem... Hein? ? ? Então táh... Londres sendo destruída é bem interessante de se ver... Pois ver só cidades americanas (aka: Nova York) já cansou néh!!!!! Não agüento mais ver a destruição do Empaire State Building ou da Estátua da Liberdade.
        Um filme bom para assistir comendo pipoca, e passar um tempo legal com tanta pirotecnia tecnológica. Principalmente se você não for tão crítico (aka: chato) como eu. Vale o preço do ingresso/DVD ou o tempo de baixar da net.  Mas só para quem gosta do gênero.

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