segunda-feira, 29 de abril de 2013

Resenha: Homem de Ferro III - Não assista até o fim...


Homem de Ferro III – Não assista até o fim...
            ... A não ser que queira morrer de ódio. Calma eu explico. O filme é o melhor da série, em minha opinião. Porém, depois dos créditos têm um trechinho indicando o novo filme “Os Vingadores II”. Vai por mim, não perca tempo para ficar incontáveis minutos de nomes subindo a tela só por uma piadinha insossa com o Mark Ruffalo/Hulk.
            Tirando essa desnecessária cena, “Homem de Ferro III” é muito bom, para uma aventura de heróis.  Tem gente que pode não achar tãããããão bom, como o meu amigo que me acompanhou ao cinema. Ele preferiu o já mencionado “Os Vingadores”.  Não dá pra contestar que nesse filme os vários personagens que “lutam” para conseguir a atenção do público, dão mais margem aos roteiristas para criarem em cima. Já em “HFIII” o único a brilhar é o Robert Downey Jr/Tony Stark e todos os outros acabam sendo coadjuvantes. Mesmo a oscarizada Gwyneth Paltrows/Pepper Potts é deixada em uma situação menos “apimentada”, uma injustiça. Quando ela cresce e vira uma “super poderosa” é logo colocada, com explicações rápidas, no seu lugar: a de mulher frágil e namorada do “herói de verdade”.
            “HFIII” tem um roteiro bem interessante. Faz de um vilão típico o que ele é nos dias de hoje. Dá uma veracidade ao que é excessivo nos quadrinhos. Não que um homem vestindo uma armadura dourada e vermelha seja algo ‘clean’. Alguns vilões até davam certo nos “gibis”, agora, deixam muito a desejar em versões cinematográficas. E genchthy, o também oscarizado Ben Kingsley, para não entregar demais, só digo que está impagável como o vilão Mandarim. Só um ator de sua envergadura poderia fazer o que ele fez.  Outro ator que gosto muito aparece, Guy Pearce, inicialmente como um nerd espinhento que depois dá mais “vigor” a trama. Para falar a verdade os produtores pararam de economizar nos coadjuvantes. A Vicky/Rebecca Hall de “Vicky Cristina Barcelona” aparece num personagem interessante.


            No geral o filme não sai dos trilhos que se espera. O herói é atiçado pelo vilão que o persegue e tira tudo, e, na precariedade, bola um meio de reverter sua situação para salvar o mundo. Lógico que em se tratando de Tony Stark essa virada de mesa se dá com tons de megalomania. Uma coisa deliciosa de ver é o Tony, todo “fodão”, sendo um ser humano normal ao surtar, em vários momentos, com ataques de ansiedade. E os efeitos especiais fazem toda a diferença.  São perfeitos. Valem, mas ainda assim o 3D não é necessário. Estão impondo ele em nossa forma de assistir cinema. Eu assisti com essa “nova” antiga tecnologia e só consegui ficar com dor de cabeça. Como o cinema estava lotado, imagino que muitos gostam e eu que sou um “vesgo tridimensional”.
            “HFIII” é interessante e não te dá sono, apesar de ter ouvido uma garota dizendo que quase dormiu no meio do filme. Em pessoas normais, imagino que, o filme cause o efeito contrário. Cheio de ação do começo ao fim. Com algumas tiradas cômicas muito boas, só o que comentei a cima é que não vale o esforço, juro, deixa pra ver no DVD. Efeitos perfeitos, elenco perfeito. Não digo que seja o filme que marque uma geração. Dentro dos últimos lançamentos é um dos melhores até agora. Vamos ver o que teremos até o fim de 2013.

domingo, 21 de abril de 2013

Resenha de filme: G. I. Joe – Retaliação - Testosterona não convence


G. I. Joe – Retaliação - Testosterona não convence

        Eu lembro do  G.I. Joe da época de criança que eu assistia os desenhos no Xou da Xuxa, é, eu admito, eu assistia sim, e duvido de quem diz o contrário. Eu achava demais. E quando começou a aparecer os brinquedos fiquei mais animado ainda. Porém, logo meu coração foi tomado por outros desenhos menos “realistas” e comecei a achar os “Joes” meio chatos. Eu fiquei interessado quando o primeiro filme foi anunciado. Assisti e até gostei. Percebi que algo não estava bem, mas gostei. Não sabia o que era. Nesse “Retaliação” eu descobri o que era: a mesmice.
        Esse filme teria feito mais sentido há uns 25 anos. Hoje ele perdeu a força e simbolismo. Tudo parece já ter sido visto em outros filmes. E o que era legal nos anos 80, fica meio bobo em 2013. O desenho era pura testosterona, o filme fica na caricatura. Os machões, após tantos anos de conscientização sobre teorias até então obscuras de psicologia, ficam mais estranhos e menos convincentes. Por mais que o roteiro tente não esconde a falta de veracidade nesses “hormônios masculinos”. Colocaram o “ex-The Rock”, e atual Dwayne Johnson, como um  Roadblock cheio de masculinidade, e ainda assim acaba sendo menos viril que o mesmo ator vestido de “Fada dos Dentes”. Os nomes também não se justificam mais, depois de tantos outros desenhos que viraram filmes usando a mesma técnica de nomenclatura. Tudo fica forçado, artificial. Nem Bruce Willis dá fôlego necessário a trama. Fica estranho um militar, aparentemente aposentado, ter tantas armas na cozinha, guarda-roupa e gaveta de cuecas. Onde o bendito arrumou tanto dinheiro para comprar aquela tralha mortífera toda? E não chamou a atenção de nenhum departamento do governo? Ainda mais entre os próprios americanos, eles são surtados e neuróticos. Principalmente após o 11 de setembro, e os inúmeros massacres de inocentes pelo país afora. Algumas piadas são funcionais, e outras realmente fazem rir.
        Não entendi também o motivo de matar o ator principal do filme anterior. Só para deixar o “Dwayne” estrelar? Eu não sei se em inglês a sonoridade desse nome “Dwayne” é séria. Em português é meio desconcertante. Preferia “The Rock” = Rock Johnson.... Afff.... Piorou, por isso a dificuldade de achar nomes bons em minhas crônicas sobre a época que estive no seminário.
        Se a idéia geral dos “Joes” não convence mais, nos dias de hoje, após tantos outros grupos governamentais ultra equipados, temos que dar o braço a torcer aos efeitos. São bons e convencem, a não ser o carro de batalha que o Bruce Willis guardava na garagem... Hein? ? ? Então táh... Londres sendo destruída é bem interessante de se ver... Pois ver só cidades americanas (aka: Nova York) já cansou néh!!!!! Não agüento mais ver a destruição do Empaire State Building ou da Estátua da Liberdade.
        Um filme bom para assistir comendo pipoca, e passar um tempo legal com tanta pirotecnia tecnológica. Principalmente se você não for tão crítico (aka: chato) como eu. Vale o preço do ingresso/DVD ou o tempo de baixar da net.  Mas só para quem gosta do gênero.

domingo, 14 de abril de 2013

Resenha de filme: Oblívion = Esquecimento

Oblivion

            Fotografia muito bonita. Uma ótima produção, uma direção bem executada. Uma história mediana, e atuações idem.  O astro principal é o Tom Cruise que faz uma espécie de vigilante/zelador/técnico/faz-tudo/capataz de uma terra devastada: o Jack Harper. E para isso ele tem uma esposa/vigilante/zeladora/assistente-técnica-do-técnico/faz-nada/capataz: a Vika/Andrea Riseborough.

         Uma guerra aconteceu e ele e sua parceira/esposa são os únicos a ficarem na Terra após uma necessária limpeza de memória para a segurança da missão. Existem em sua área uns seres, os “saqueadores” que roubam, quando conseguem, o núcleo de robôs vigilantes ou outras peças. Presumimos ser alienígenas, mas descobrimos a verdade após meio filme corrido.  Imensas máquinas são colocadas para retirar a água do oceano para fazer uma espécie de fusão nuclear e gerar energia, coisa típica de filmes de ficção científica. O casal de “capatazes” leva uma vida de vigília e estão para terminar o tempo de trabalho e logo voltarão junto aos demais humanos numa lua de Saturno (hein? É isso mesmo produção? ? ? O.o). Ah! Eu disse que a vida dos dois é totalmente sem sentido? Sim uma vida sem graça, insípida e inodora. A casa tem uma limpeza de centro cirúrgico, sem as infecções hospitalares... Mas a vista é linda... Me lembra o Rio de Janeiro, onde o que importa é a vista, da janela. E não vale olhar para baixo só para o horizonte em direção ao mar... Éh... Voltando ao filme... E tudo se complica com a “chegada” de uma mulher não tão misteriosa, Júlia/Olga Kurylenko, que vive em flashes na cabecinha de Jack dando pistas de sua identidade.  
          Faz um tempo que venho percebendo que uma super produção com Tom Cruise serve apenas para tentá-lo fazer brilhar. E ele brilha. Porém quando surge um coadjuvante competente como o Morgan Freeman se percebe claramente o quanto ele é sempre o mesmo. E o brilho fica um pouco embaçado. A história se arrasta por 2 horas com a sensação de 3. Feita na medida para tomar seu, e meu, dinheiro.  Não é um filme que fixa na retina por muito tempo. Depois de uma, duas semanas lembramos vagamente que o assistimos. É um pouco mais do mesmo que tantos outros filmes já nos deu. Hoje em dia estão dando o nome de “homenagem” ao ato de “tirar” referências de outros filmes de sucesso, e esse tem muitas “homenagens”. Eu chamaria de crise na indústria que não ousa mais como antes.  E convenhamos a história do herói solitário que descobre uma conspiração e fica do lado dos supostos rebeldes e blá-blá-blá precisa ser revista... Já vimos isso em “Vingador do Futuro”, “Matrix” (os 3), “V de vingança”, “Minority Report – A nova lei” (com o mesmo ator por sinal), “Wall-e”, sim é do desenho mesmo que falo, o robozinho e o Jack são igualmente colecionadores de objetos de suas respectivas  “antigas” Terra. Achei a história do robozinho lixeiro muito mais instigante.  Enfim, deu para perceber o tédio?

         Não sei quanto custou, quanto arrecadou, sei que como um “filme” (!!!) ele é bonzinho. Serve para passar um tempo. Não há cenas memoráveis. E o final, que não vou contar, se torna previsível quando é proposto antecipadamente. Fica óbvio demais. Mas é uma embalagem super bonita e sofisticada com um conteúdo normal. Contado de uma forma meio complexa, e acho que propositalmente, só para dar a impressão de novidade.

         Há coisas risíveis, típico de americanos que não conseguem usar outra forma simbólica de “distinção” a alguns personagens “fodões”. É o caso do personagem do Morgan Freeman, já bastaria ele ser feito pelo grande ator, mas não, foi necessário colocar um charuto enooooorme na sua boca. Charuto deveria ser símbolo do status do personagem? E vem o questionamento, se eles vivem debaixo da terra, com certa dificuldade, nas antigas construções terráqueas, em que diabos de lugar ia se cultivar a matéria prima para os charutos? E não seria perda de tempo ficar fabricando charutos, ao invés de produzir comida? É... No mínimo desnecessário.  Entre outras coisas o filme é mais um. Como já disse...

O nome sugere bem o estado de espírito que se apossa depois de assistir: Oblivion = esquecimento.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

3000 postagens





Fico muito feliz que um blog como este, cheio de textos relativamente grandes, esteja hoje, 10 de Abril, com mais de 3000 acessos.

            Oficialmente o blog completa 4 meses dia 12 deste mesmo mês. Para mim é uma grande vitória.  E essa alegria foi possível, pois vocês prestigiaram meus textos.

            Apesar de alguns erros, que vocês relevam (acho!!!) tento sempre fazer uma revisão  para melhorar a qualidade. Mas admito que eu odeio revisar, então passa muita coisa. Só uma justificativa... Enfim...

            Pretendo continuar escrevendo.

            Realmente agradeço a todos, mesmo os padres, e principalmente eles, que insistem em ler minhas histórias para comentar e falar mal em suas Dioceses. São Carlos que o diga... 

            Então gentchy, valeu mesmo o apoio, direto e indireto, ao meu blog. E se alguns sabem de histórias e me cobram, eu só digo: o que eu sei eu vou escrever, no devido tempo.... Para desgosto e gosto de muitos....

Muito obrigado mesmo a todos vocês...

            E agora rumo aos 5mil...

terça-feira, 9 de abril de 2013

Resenha de filme: Os Croods - Pré-história avataresca


Os Croods



            Esse novo desenho mostra uma família típica, da pré-história (hein???!!!) que faz de tudo para sobreviver aos perigos. O pai/Grug, voz de Nicolas Cage no original, todo zeloso de sua família, a sufoca com cuidados excessivos. A qualquer sinal de perigo, corre para a, supostamente, segura caverna. A filha, Eep, como não assisti legendado não ficarei destacando as demais vozes, não quer ficar o resto da vida mofando na caverna. E quem quer? Cria-se um embate de gerações. Até que a moçoila dá uma “fugidinha” e conhece Guy o e seu fogo. Bem sugestivo, isso!!!  E literalmente a “bunita” de cabelo embaraçado e nada sedoso se ascende para uma nova perspectiva de vida. Porém, como todo pai ciumento/cuidadoso, não permite que esse fogo se alastre e tenta evitar a novidade. Mesmo avesso a novidades, Grug se vê obrigado a mudar. Sua caverna é destruída pelas mudanças geográficas da região.
          Uma descrição chata, para um filminho chato. Não senti muito animado com esse desenho. A flora e fauna pré-históricas me deixaram confuso, achei por várias vezes que estava assistindo Avatar. E era difícil reconhecer os antepassados de animais domésticos mais básicos, como o "cachorro", que mais parecia um javali misturado com jacaré. Achei as piadas um pouco agressivas, levando em consideração a faixa etária que quer atingir. É meio chocantemente e constrangedor a cena que o garoto Thunk pede para o "cachorro" rolar e ele cai no abismo, principalmente para quem gosta de cães. O roteiro tenta se retratar minutos depois, quando Grug no fundo do mesmo abismo acha o bichinho... Meio tarde, pois o trauma já tinha sido instalado nas cabecinhas mais inocentes... Inclusive na minha!!! Sim ela é inocente ainda...
          Entre outras piadas de mau gosto, ou sem graça, tem algumas que se salvam. A cena que passa exaustivamente no trailer do “fogo mordendo” é muito boa. E a antipatia do Grug pela Vó, evidentemente sua sogra, é bem engraçada. No mais é estranho... Por exemplo, as bestas que a família tanto evita, é simbolicamente salva pelo pai numa das cenas finais. Mas tenho que novamente dar o braço a torcer, a minha volta, a criançada “rachava o bico” de rir. Muita gente deve ter gostado, imagino. Eu particularmente, não.  Mas quem sou eu néh ?

sábado, 6 de abril de 2013

Resenha de filme: Mama - sustos possíveis

Resenha de filme: Mama - sustos possíveis
         Eu tinha visto o curta “Mamá” de Andrés Muschietti  e já tinha achado bem aterrorizante. Imagine agora eu, sozinho no cinema assistindo ao longa.
         Terror é um gênero que não gosto muito, geralmente, é muito mal feito. O diretor coloca uns seres sobrenaturais, um punhado de mortes extravagantes e acha que está tudo bem. Não, não está! Pois o roteiro sempre possui  coisas absurdas. Não que o tema de terror não seja absurdo em si. O que quero dizer é que a situação fica muito sem nexo.  E como estamos nos distanciando do “sobrenatural”, não só deixamos de acreditar, também não sabemos de nada. E mesmo assim temos medo, afinal não entendemos. A grande maioria dos filmes de “almas penadas” sempre tem que explicar “as motivações” daquele ser ficar gemendo e flutuando e remonta a crenças passadas já esquecidas.
         “Mama” não é diferente, porém ameniza bem os efeitos colaterais do gênero com um roteiro que tenta ao máximo não deixar pontas soltas. Inevitavelmente, tem alguns clichês. Saídas fáceis para por um personagem em certa situação. A típica situação “clicherística” é o “PhD” em psicologia, que descobre tudo sobe a entidade e vai à casa assombrada para estabelecer um diálogo com aquilo que lá vive. Lógico que o babaca morre... E pior, vai a noite... Merda dupla. E tem uma cena muito ridícula. Quando é escrito num equipamento eletrônico de um hospital o nome Mama. Totalmente desnecessário pois o fantasma é de uma época anterior a certas descobertas.
         Entre outros momentos de leves clichês, estes que citei a cima são os piores, o filme se salva. E percebi que a intenção do diretor e dos roteiristas se estabelecia, ouvindo um grupo de uns nove adolescentes que estavam atrás de mim. Eles estavam cagando de medo. Tinha um que até tapava o olho nas horas mais tensas. Uma garota ficava falando, quando a cena acabava, que ele podia tirar a mão dos olhos.
         Lógico que se analisarmos friamente o filme, ele vai se mostrar meio tosco. Porém, como disse, convence, é relativamente bem contada a história.  É o filme que se propõe a ser: terror. O contrário da série “Jogos mortais” que de terror não tem nada, causa só aflição, pela estupidez dos envolvidos. Em “Mama” o sentimento é de medo. Concordo que antes da entidade se mostrar de verdade, a coisa fica mais interessante. Acho que á grande falha no cinema americano. Tudo precisa ser mostrado, e bem mostrado. Não concordo com essa situação. Filmes ótimos praticamente não mostraram nada, e lembro com grande satisfação de “Seven” que criou tensão sem mostrar praticamente nenhuma morte mirabolante, nem esguichos de sangue, nem sendo muito claro em revelar os cadáveres.

         Como sempre aviso, não é um filme erudito, e o gênero não é do agrado de muitos. O mais importante é que cumpre o que promete. Acho essencial isso num filme, o cumprimento da perspectiva que criam em torno dele. Por cerca de uma hora e quarenta minutos você esquece a sua realidade e fica intrigado com a história das duas irmãs, Victória e Lilly que acabam sob os cuidados da ótima, e injustiçada no Oscar, Jessica Chastain que interpreta a roqueira Annabel. É interessante que essa personagem não faz nenhuma estupidez que geralmente se espera em filmes desses. Ela vai aos poucos desenvolvendo uma afeição pelas crianças e percebe que o mal se instala ao redor delas. E não é um mal qualquer. Seu terror fica mais angustiante quando ela percebe que é um sentimento de maternidade que suscita o tal mal.
         Bom, falar mais é entregar muito do filme. Então paro por aqui. Um bom filme para levar uns sustos, se a pessoa for normal, claro. Pois tem gente que assiste e vai achar besta e nem vai se assustar. Eu assustei umas duas vezes. Porém não fiquei impressionado depois, mesmo morando sozinho, lembrei dele não senti medo. Talvez pela entidade ser muito mais “de luz” que se possa imaginar. Agora quando a entidade retratada no filme é das trevas eu só durmo coberto até a cabeça com o meu super edredom protetor de fantasmas, demônios, monstros, Felicianos, Edirmacedos e Joelmas!!! Funciona!!!!

terça-feira, 2 de abril de 2013

Poema: Sonhos possíveis

Este é um trabalho em estado cru. Resolvi colocar no blog por ser parte e fruto de tudo que aprendi até agora, em grande parte no seminário. Esse poema será recitado num Sarau da Faculdade em Maio. 
Sonhos possíveis
Diante duma rotunda o humano faz
seu solo estéril, sua alma condensa
uma ânsia de uma muda calma perfaz.
A hipotética retórica da mente mais densa
que combina desejo e caos metafóricos
com distorções de pensamentos paranoicos.
Com diagramas, elucubrações espasmódicas
o sonho surge na impossibilidade manual.
A loucura perfaz dia a noite com tortas rubricas;
A sanidade se manifesta com a tenacidade usual
de um raio de sol refletido numa taça de vinho
surge um manifestar de intenso e doce carinho.
O sonho impossível não mais prisioneiro de gaiola,
escapa de seu ovo unitário confeccionando algo,
que até então era imaginado, unido a outra argola
e a outra e a mais outra, manifestando o que foi pago.
Bela vitória faz a louca da casa  que não mais aviltada
prova sua arraigada necessidade e gorjeia realizada.
A louca da casa não se esconde no fundo da caixa,
voa tranquila entre todos os fatos, sonhos e verdade.
Sua insanidade mantém o desprezo de outras baixas
que, com inveja desenfreada, buscam sem caridade
um descuido e desprover da criatividade sua vez
nos tirando de uma criança órfã seus sonhos possíveis.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Resenha de filme - Oz: Mágico e Poderoso - Plásticas e 3D


Oz: Mágico e Poderoso - Plásticas e 3D


          Para quem assistiu ao "Mágico de Oz" não há surpresas grandiosas. Imagino que para quem ignore um mínimo de cinema deva ter surtido uns "Óhs" e "Ahs". Eu assisti várias vezes o primeiro filme quando a Globo se dignava a passar coisas mais interessantes na sua "Sessão da Tarde". Lembro que assistia sem muita emoção, pois já achava meio estúpida a história de uma garotinha que é levada para um mundo mega colorido por um furacão. A cabecinha de criança toda torta já pensava "furacão mata!!". E aquilo era constatado como uma "farsa" ao final quando a garotinha voltava para casa acordando como se estivesse em um sonho. Mas uma farsa? E o sapatinho que ela usava? Mostrava que a farsa não era tão irreal.
          "Oz: Mágico e Poderoso" é isso também. A complementação de uma farsa. Seria uma realidade alternativa a vida sem graça e "preta e branca" de alguém que não é nada e quer ser muito? Ou seria realidade "real"? Entre Dorothy e Oz fica a incógnita, os dois humanos que estiveram lá.
          Se no primeiro filme eu me deliciei com Totó, o "ator" que mais me chamou a atenção, em "OZ: Mágico e Poderoso" tive mais personagens interessantes. Falarei então um pouco de cada um:

           
- Oz/James Franco - Vejo ele como um ator competente, mas nada me tira a sensação de que quando ri tem a aparência de um maconheiro com gengivite. Sei que não sou um expert em cinema, gabaritado, com "diproma", mas ele nunca me agrada totalmente. Chegou perto em "Milk", mas sei que é um nome forte na indústria de filmes. Enfim, dá a seu Oz um jeito de pouca confiança. De trapaceiro, o que o personagem é. Mas por ter seu nome no título do filme, Oz se mostra não menos parecido a vários coadjuvantes especiais.
         
- Theodora/Mila Kunis - a menina "cresceu", se em "Cisne Negro" estava anoréxica, neste sua voluptuosidade é visível. Ombruda dá consistência a personagem "comida e largada" pelo "mocinho". Não acho um assunto muito infantil, para um filme desses, mas nossas crianças estão mudadas também, néh! Enfim, se outras moçoilas eram impotentes à sedução de Oz, Theodora se mostra com um rancor capaz de a deixar verde de ódio e de soltar fogo pelas "ventas", quase literalmente.



 Evanora/Rachel Weisz - sou suspeito para falar dela. Amo de paixão essa atriz, e acho que foi a melhor em domínio de personagem e cena. Soube tirar de um personagem raso uma certa profundidade. O máximo que o roteiro permitiu. Seus olhos grandes e tristes acentuam a inveja da bruxa por sua irmã "loirapadrãoamericano"... Nas cenas de voo mostrou a elegância necessária e digna de um Cirque du Soleil. Sim sou muito tendencioso...
         
Glinda/Michelle Willians - realmente sua Glinda é um misto das mulherzinhas perfeitas dos anos 40/50/60 e uma boa pitada de força das mulheres atuais. Não se deixa enganar pelo picareta Oz, pois sabe que é o que tem, e faz o que pode com "aquilo". Não consegui ainda definir se acho essa atriz realmente boa ou comum. Preciso pensar e ver mais coisas dela. Admito que assisti poucos trabalhos dela.
          
          Esses seriam os principais a se comentar. No geral o filme é bom para entreter. Não é um épico. Se na primeira versão "Oz" era um mundo mega colorido em função do Technicolor, agora ele ficou mega colorido e vertiginoso em função de uma tecnologia que ainda não me pegou, o 3D. Ainda me dá dor de cabeça e me faz achar desnecessário e encarece o ingresso. O único filme que usaram bem, dando mais beleza a fotografia, foi "As Aventuras de Pi". "Oz: Mágico e Poderoso" podia ficar sem esse encarecedor. Como vem ocorrendo nos filmes, às vezes, a história acelera demais em função de contar tudo no tempo padrão. E as atrizes estão exagerando nas plásticas. Kunis e Willians são exemplos do extremo de cirurgias.
A garotinha de louça May/Abigail Spencer, que é computação gráfica pura, consegue ter aparência mais realista que essas duas atrizes. Weisz parece bem natural, se faz cirurgias, não está muito aparente, ainda. Entre narizes reconstruídos, preenchimentos labiais e peles esticadas vemos que o padrão de beleza está ficando tão artificial quanto os cenários. Vejamos até onde vai isso.
          Não espere algo arrebatador no filme, mas ele cumpre a função de entreter, de forma pasteurizada, a família. Há emoções para todos os membros. É um filme que agrada. Como a maioria dos filmes que são milimetricamente "estudados e pesquisados" para tal fim. Acho que na luta para conquistar bons resultados, no momento, as séries televisivas estão bem à frente. A indústria cinematográfica está ousando pouco. Uma pena. Culpa dos produtores que querem ter um mínimo de risco nas bilheterias. Quem perde? Não somos nós, pois como todo ser humano insatisfeito com uma coisa, corremos para o que nos proporciona o que procuramos.
          Um PS: E não é que o Oz/James Franco passa a ro... Quero dizer a lábia, passa sua "lábia" em praticamente todo o elenco feminino??? É isso mesmo produção??? Ensinando os garotinhos desde cedo a dignidade da quantidade??? Pronto, falei...