Eu tinha uma aversão ao Michael Keaton gratuita. E eu não sabia o motivo. E como estou na terapia revisito várias memórias, e como minha cabeça se empolga eu continuo numa autoanálise fora da sessão. E quando fiquei sabendo que haveria uma continuação eu desencadeei gatilhos/memórias de quando eu assisti o primeiro filme com meus 12-13 anos. E sabe quando ouvimos algum ator brasileiro relatando que alguém na rua acabou hostilizando-o pois a pessoa confunde o ator com o personagem? Foi isso, Beetlejuice me causou uma má impressão tão grande que eu canalizei na figura do ator. Esse personagem eu achei insuportável de chato, no bom sentido, entendam, ou seja, ele entregava o que era esperado, um vilão louco e inconveniente que dava a esquisitice necessária ao universo fantasmagórico que apresentava. Eu lembro também que por não estar acostumado com a estética do Tim Burton eu estranhei demais tudo, os efeitos especiais, figurino, cenário e música. Tudo era muito estranho e diferente do que estava acostumado. E não percebia que estava, entregando a idade, vendo o estilo próprio desse diretor se iniciar. E hoje, eu me “reconciliei” com o Michael Keaton e ele é sem dúvidas a alma do personagem. E Tim Burton um dos diretores que gosto muito. Lançou algo eu nem cogito, só vou assistir. E quantos personagens legais ele nos proporcionou.
A sacada da continuidade parte de um certo lugar comum, que só é inicial, depois vemos o desenrolar do universo do diretor. Até a música “Banada Boat (Day-o)” que deu aquela cena clássica da dança em volta da mesa de jantar com camarões virando mãos e pegando no rosto de todos os convidados foi revisitada de uma forma inusitada. A escultura que parecia uma espécie de escorpião que toma vida também aparece entre outras referências ao filme anterior. Só quem não aparece no filme é o Jeffrey Jones que foi preso por posse de pornografia infantil e tudo que se desmembra disso. O caso é um pouco cheio de coisa, só pesquisar quem que acha fácil. E como Hollywood é hipócrita, se não causa comoção pública não é problema, no caso dele foi e não aparece contudo, seu personagem aparece com uma boa sacada. Eu até imaginei que ele tivesse partido ou estivesse com alguma debilidade física. Até pesquisar depois a respeito.
Neste filme vemos Lydia (Winona Ryder) um tanto fragilizada e sem muita voz para se impor. Alguns acontecimentos a deixaram vulnerável e o Rory (Justin Toureaux) se aproxima tornando-se namorado, empresário e aproveitador . E sua filha Astrid (Jenna Ortega) faz a adolescente revoltada com as escolhas erradas da mãe e em muitos casos só sendo uma babaca, parece bem comum isso entre adolescentes americanos, só lá. E ambas retornam para a antiga casa onde Lydia tinha vivido suas desventuras com o Beetlejuice e o evitava há muitos anos... Aí é aquele show de horrores e reviravoltas do além-mundo que Burton tanto gosta e nós também se inicia. Acrescente-se uma inusitada vilã que explica um pouco da vida “em vida” do Beetlejuice, interpretada por uma picada Monica Bellucci e um detetive canastrão que foi um ator em vida vivido por Willen Dafoe. Uma boa participação do Denny DeVito no início e o Bob...
O filme é nostálgico na medida certa e resgata o tipo de filme que usa efeitos práticos com o mínimo de CGI e isso é um mérito. Essa overdose de coisa ruim em fundo verde fabricado na tela do computador anda cansando.
E como a vida não está fácil para ninguém, principalmente para quem quer viver de seus conteúdos, e eu só escrevo e não faço vídeos para Tik Tok ou Intagram (sou todo vergonhoso), mas infelizmente acho que vai ser o jeito reconsiderar... Enfim, quem quiser contribuir com qualquer valor, segue a chave pix, que é meu e-mail, pelo Banco Inter e está no meu nome Vinícius Motta:
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