domingo, 30 de dezembro de 2018

Aquaman


Aquaman





         Eu assisti “Aquaman” há umas três semanas e tive preguiça de escrever sobre ele. Porém, admito que essa preguiça não foi pelo filme ser ruim. Pelo contrário. Gostei bastante, até mais de que “Mulher-Maravilha”. Minha preguiça foi pelo fim de ano letivo e por preparativos para o Natal e outras situações chatas.
Para quem acompanhou a sua saga através dos desenhos por décadas percebia que sua aparência de padrãozinho estava deixando-o com uma verve não tão varonil. Nos quadrinhos deram um cabelo comprido a ele, acho que não ajudou muito, umas cicatrizes e ainda fizeram sua mão ser decepada e no lugar um gancho bem másculo. O estigma permaneceu, sem contar da real inutilidade dele diante dos poderes do Homem de Aço ou da Princesa Diana ou ainda da bufunfa e espírito empreendedor, que manda os outros se virarem para realizar o projeto “idealizado” por ele mesmo, o “Bátima”, parece um prefeito que São Paulo teve.... Ops, deixemos isso de lado...
        
A história possui muitos elementos e alguns personagens se perdem. A embotocada Nicole Kidman faz a Rainha Atlanna que acaba tendo um caso extraconjugal com um faroleiro humano. E daí vem o rebento que é Arthur com cara de nativo polinésio. O que acho formidável. Tirar a europicidade do mito original ajuda bastante. E sério, eu levei alguns minutos para perceber que era a Nicole, filha, para de colocar tanto preenchimento labial, só para.  Então, revigoram a imagem não tão viril que um homem de colan verde com um corpete laranja poderia passar. Quem faz o novo layout é Jason Momoa que transpira virilidade por todos os pelinhos do “subaco”. Por vezes até demais e de forma cômica. É um ogrão que não bebe, come com farinha. Ok, se Hollywood acha isso de masculinizar o personagem ao extremo o correto, quem somos “nozes” para contestar. Só lembro que após Freud nada é tão masculino assim... Enfim.
        
Vi que muita gente gostou, e muita gente não gostou. Mas foram assistir, pois a bilheteria está batendo recordes. Eu imagino que um macho que exala machitude só pode atrair todos os machos, ou não tão machos assim, para admirá-lo. Aprenda T’Challa, não deixe as mulheres mostrarem mais força que você, seja macho feito o Aquaman. Que, é o macho mais machudo agora no universo DC? Quem? Enfim, me empolguei com a hombridade do varão... (colocar que estou sendo irônico, pois alguns, visto as últimas eleições, não entendem se não pontuarmos bem, então: fui irônico!)
         O filme diverte, introduz, (Ui!), bem o personagem e lhe dá uma maior relevância, como foi cagada sua participação em “Liga da Justiça”, que bosta de participação, Arthur.  E o interessante que o vilão, seu irmão, olha outra demonstração de macheza, a escolha do nome phodástico atribuído a si mesmo, “Mestre do Oceano”, Patrick Wilson, só quer colocar os humanos no seus devidos lugares e fazê-los pararem de poluir os mares e devastar a fauna marinha, claro que a base de dominação, extermínio e destruição. Outras curiosidades são: Dolph Lundgren, um dos ícones dos anos de 1980 dos filmes de luta, junto com o Van Damme, fazendo o Rei Nereus e, algo que infelizmente perdi, pois vi a desgraça da versão dublada, Julie Andrews fazendo um personagem insólito que não vou entregar aqui, pode ser um pequeno spoiler. Odeio filmes dublados e estão se multiplicando as sessões com eles.
Muitos efeitos especiais e o fundo dos oceanos é retratado com uma beleza gráfica estapafúrdia. Imagino que assistir em 3D seja uma experiência interessante. Pena que me dá dor de cabeça. Em 2D ficou muito bonito também. Enfim, tem mais elementos que não citei aqui, e se você foi um dos poucos que não assistiram ainda, vá lá, seja macho e veja a macheza do novo, marombado e monstrão Aquaman. Os elásticos de seu cuecão/sungão de couro vão arrebentar.

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