quarta-feira, 4 de julho de 2018

O enfado por filmes


O enfado por filmes





         Um grande oi para todos que acompanham o blog. E como perceberam, eu não posto nada há algum tempo. Já reclamo do quanto o trabalho tira minha produtividade de textos e tempo de assistir algo? Pois é. Porém, outra coisa que percebo que me acomete, desde ano passado é um enfado. Veja abaixo a definição dessa palavra:



         Poderia resumir como um simples tédio, contudo, é algo mais profundo. Como a própria definição diz é uma “fadiga espiritual”. Nada que me faça sair do meu próprio centro, ou ainda entrar em depressão, angústia. É algo que me torna mais seletivo em relação aos filmes. Não ando me convencendo que determinada produção valha meu dinheiro/tempo.
O último que assisti foi “Os Vingadores:” Guerra Infinita”. Digo último e entendam como “lançamento”.  Os preços exagerados do cinema contribuem para minha apatia e junte isso ao desconforto que o mesmo ambiente, antes tão acolhedor, vem demonstrando graças a uma leva de pessoas que não respeitam o espaço alheio. A coletivização/massificação que o cinema sempre se beneficiou vem se tornando um fardo demasiado grande. A graça virou sem graça e por vezes uma desgraça. Não tem como negar que o conforto da própria casa, o fato de poder parar algo no meio e ir ao banheiro ou, até mesmo a tão vilipendiada, comodidade sedentária tem um sabor mais agradável e muito mais em conta para uma pessoa com orçamento apertado nesse país pós-golpe. O serviço de streaming ajudou a renovar a ideia antiquada das locadoras e com um computador bom e dois, três cliques conseguimos entrar em mundos deliciosos. Outra percepção minha é o que chamo de mesmice das produções. Tudo é uma releitura ou um reaproveitamento de ideias já batidas no mundo hollywoodiano. E haja saco para tudo isso...
        
Contudo, como já apontei outras vezes, o que anda ajudando muito a sair dessa mesmice são as séries. Conseguiram ótimos feitos, temos que aproveitar, pois logo entrarão no mesmo buraco negro que os filmes. Consigo hoje me entreter muito mais diante de uma série do que diante de um filme. Isso dói meu coração, pois tenho paixão por filmes desde meus 6 anos de idade, exagero eu sei, mas digamos então desde que me entendo por gente.
        
Outro dia fui à Livraria Cultura no Conjunto Nacional, na Av. Paulista, com um amigo e entramos na parte de DVDs. Nunca ia lá. E meu encanto e brilho nos olhos voltaram. E não era pelos filmes “novos” que meu amigo, uns doze anos mais novo que eu, insistia em chamar de “velhos”, era pelos filmes antigos que nunca tive oportunidade de assistir. Aqueles realmente “velhos” em tempo de lançamento. Filmes da década de 1960, 1950, 1940... Sim, aqueles que ninguém assiste por estarem tão “ensimesmado” em uma contemporaneidade absurda que desconsidera todo filme que tenha mais de dois anos. Consideram obras primas meia dúzia de produtos pinçados por terem ouvido falar que alguém comentou que o primo da vizinha, amiga de um beltrano, muito descolado, tinha assistido e gostado. Então era legal. Ou ainda por ter virado moda usar imagens de tal filme em estampas de camisetas.
        
Para ajudar, descobri um streaming de filmes antigos: Cinema Livre. Anda me coçando a mão para gastar os “absurdos” R$ 9,90 mensais para acesso (estou sendo irônico, pois é um preço muito em conta). Vi pérolas que fizeram meu coração tremer. E, até o fim de julho estou de férias, o que faz ainda mais meu comichão aumentar. Se filmes novos não estão me apetecendo o jeito é voltar aos antigos.. Se eu assinar, o que é bem provável,  eu conto um pouco a experiência depois aqui no blog.

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