segunda-feira, 15 de maio de 2017

Série: American Gods - Deuses Americanos

American Gods – Deuses Americanos




Mais uma semana sem filme interessante, então vamos para uma série.

      
  Estava lendo o livro “Deuses Americanos” há um tempo pois tinha pensado numa história para escrever e descobri que Neil Gaiman já havia desbravado algo no sentido que queria. Fui ler o livro. Infelizmente, ou felizmente, no meio do processo, descobri que esse texto viraria série. E não deu tempo de ler todo o livro, acho que li somente metade, e aconteceu a estreia da nova série no canal pago Starz.
Digo que achei o livro meio modorrento. Um misto de formalismo e frieza típicos de histórias de cunho puramente comercial e por vezes escritos não apenas a duas mãos... O.o
        Já a série está ótima, bem produzida e, na medida do possível, bem fiel a história original até o capítulo assistido. Atores interessantes e licenças poéticas bem instigantes.
       
“American Gods” acompanha a figura quieta, pelo menos no livro, de Shadow Moon (Ricky Whittle). Nos últimos dias que espera sua pena na cadeia vencer é chamado e liberado um pouco antes do esperado, sua esposa havia sofrido um acidente. Quando chega ao velório descobre que ela o traia com o seu melhor amigo e morreu engolindo algo maior do que a própria boca. Literalmente...
       Desesperado e um pouco sem rumo na vida é interpelado pelo enigmático e estranho Mr. Wednesday (Ian McShane) que lhe propõe  um serviço bem remunerado. Contrariado aceita e vai descobrindo aos poucos uma trama muito mais fantástica do que poderia supor. Paralelamente vai se contando histórias de “deuses” que vieram aos EUA através das pessoas que aqui estiveram e esquecidos tentam sobreviver se misturando aos humanos.
       
 A visão de Gaiman é bem interessante e coloca os deuses tão humanos quanto possível. É uma boa explicação para se justificar a idolatria que o ser humano é capaz de exercer e sua relação com o divino. E o mais interessante, não são só deuses pagãos que aparecem, há também novos ídolos, como tecnologia e mídia. Ainda preciso ler o restante do livro e assistir o quarto episódio. Do que vi até o instante gostei muito. E meu coração pende mais para o culto da série ao livro. Em nome de todos os deuses desconsidere um pouco as viagens que o autor desenvolveu. E por incrível que pareça é algo que condiz com um espírito de atualizar personagens tão antigos como a própria humanidade. Lógico pelo viés americano, na verdade pelo viés da visão de um inglês sobre a cultura americana.  
       
E prepare-se, o pudor quanto a nudez masculina foi esquecido aqui. Há cenas “fortes” e “duras” para os de coração fraco. 

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