domingo, 7 de maio de 2017

Na Falta de Filmes, Séries

Na Falta de Filmes, Séries





         Há um tempo percebo uma mudança pessoal de comportamento. Seja por influência financeira, seja por amadurecimento, seja por ter assistido tantos filmes na vida, seja pela conjuntura dos astros, seja por frescurite no khóh, não consigo me sujeitar mais a certos tipos de filmes. Então, para valorizar meu dinheiro e tempo (e outros fatores também) eu ando selecionando muito o que assisto. Algo que deveria também fazer isso com a comida... Junkie qualquer-coisa-que-seja já não me agrada como antes.

  Com isso estou três semanas sem ver filme algum no cinema, pelo menos as estreias. Tudo está muito chato. Como podem acompanhar no blog, o último que assisti foi “Fragmentado” em Abril. E isso não quer dizer que não assisto nada. Estou me divertindo como nunca com as séries e alguns filmes antigos.


         Como falo há tempos as séries alcançaram um patamar de qualidade tão bom quanto os mais renomados filmes. E o único porém que aponto é o fato de esperar uma semana para assistir um outro episódio quando a série está vinculada à televisão e não a um serviço de Streaming.

    
     Só nessas últimas semanas sem cinema eu assisti:
- “Grace and Frankie”: terceira temporada onde as duas mulheres se divorciam aos 70 anos, por causa de seus maridos serem amantes há 20 anos, se veem obrigadas a morar juntas e ainda conseguem fôlego para iniciarem aventuras amorosas e ainda desenvolvem um projeto de uma empresa para produzir artigos “adultos” para mulheres com mais de 50 anos. A série não perdeu o fôlego e conta com cenas impagáveis. Um deslize aqui e ali no roteiro faz parte, mas no geral ele cumpre o prometido nas outras temporadas. Episódios curtos, cerca de 30 minutos cada, garantem uma boa diversão. Quem já foi fisgado não consegue deixar de lado;

- “Feud: Bette and Joan”: essa foi uma deliciosa surpresa, a série acabou recentemente. A trajetória da vida de duas divas que se cruzam através de um filme que as marcam (O que teria acontecido a Baby Jane?), não só pela interpretação visceral, mas pela disputa que os produtores e a imprensa provocaram para divulgar o filme. É de longe um refresco para os adoradores de cinema. Susan Sarandon, como Bette Davis, e Jessica Lange, como Joan Crawford, arrasam não só interpretando os mitos, mas também revelando o quanto de humano existia nesses rótulos impostos por uma sociedade que os cria e consome de forma voraz. Criação, e direção de alguns episódios de Ryan Murphy (que é responsável por várias outras séries famosas) a série solta farpas para todos os lados e não deixa ninguém de fora em suas críticas, produtores, diretores, críticos e até público, todos têm sua cota de culpa na vida conturbada das duas atrizes. O elenco é intocável, temos uma Catherine Zeta-Jones fazendo uma afetada Olivia de Havilland e Kathy Bates como uma idosa Joan Blondell que alfinetam as duas “amigas” para um documentário entre outros atores renomados. O final é um pouco melancólico e decadente, mas que vida de estrela não o é?;

- “Cara Gente Branca”: Esse eu admito que estou um pouco intrigado e não tenho muita opinião formada a respeito. Estou ainda nos primeiros episódios e apesar do roteiro mordaz e direto não consegui sentir simpatia por essa série. A relevância de crítica social sobre a questão dos negros em universidades é inquestionável. Porém algo falta para conseguir minha total atenção que ainda não consegui identificar, e quando assistir o restante dos episódios, o que imagino que irá demorar um pouco, comento mais sobre essa série da Netflix;

- “Sense8”: uma querida entre as séries pegou um ponto certeiro na mostra da diversidade cultural de um mundo globalizado. Claro que de início a ideia de um grupo que se conectam psiquicamente em diferentes partes do mundo interagindo entre si através de “visões” e “sensações” acaba sendo muita viagem. Mas o que esperar dos irmãos Wachowski? Quero dizer, das irmãs Wachowski. Sim, o mais legal é que os diretores agora são diretoras. Transexuais assumidas e respeitadas pelos seus trabalhos de relevância no cinema resolveram criar uma série que celebrasse a diversidade. Na série tem vários tipos de sexualidade representados. E já levantou tanta polêmica que cumpriu o papel de questionar algumas situações que a sociedade insiste em querer esconder. A trama é tão fragmentada como um quebra-cabeças mas nada fica jogado. Do momento que você consegue entender a lógica da coisa, lá pelo segundo ou terceiro episódio, você já se apaixona. E o que não esperar de uma série que usa a parada gay brasileira como uma de suas locações??? Ahhh, esqueci de falar, homofóbicos não conseguirão assistir essa série, tenha mente aberta, e não é só surubão que é importante viu, há uma trama bem articulada, até agora, que deixa os momentos de sexo apenas como tempero que quebra os estereótipos tradicionais;


       
  Entre outras estreias que o tempo não permitiu assistir ainda tenho que resgatar “Get Down” em sua segunda temporada, e uma que ando curioso é “The Handmaids Tale”. E olha, tem uma pilha de outras séries que precisaria retomar...  
Mas... sou professor e entre umas aulas e outras a pilha de trabalhos e de provas para corrigir não me permite muita coisa. Lógico que poderia parar de dormir, mas li em algum lugar que o ser humano precisa muito disso.
Sem contar um tempinho para o blog, outro para um livro que ando lendo, na verdade dois, e ainda manter uma vida social que anda na UTI, mas ainda viva. Enfim, sem “mimimi”, tudo é escolha minha, deixe então agora (22h de domingo) ir preparar a marmita, amanhã começa uma longa semana. 





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