sexta-feira, 31 de julho de 2015

Cidades de Papel - Próximo!

Cidades de Papel - Próximo!





         Desde que assisti “O Último Americano Virgem” pela primeira e única vez no SBT, quanto eu tinha uns 10 anos, que não simpatizo por esse enredo de filme. Não lembro ao certo se vivia algum drama existencial da infância envolvendo alguma garota. Pensando friamente hoje, eu fazia o estereótipo do garoto tonto que se “apaixona” pela garota mais gata da escola que nem sabe da minha existência e assim logo leva um tapa da realidade: ELA NÃO É E NUNCA SERÁ PARA VOCÊ!!!!

         O que me deixou mais angustiado anos depois, foi que, pelas reviravoltas da vida, eu me tornei justamente essa “mais gata da escola que não sabe de um alguém”. Pelo menos metaforicamente. Aí comecei a perceber que nem sempre somos um único personagem na vida. E ser a “gata” ou o “tonto” são papéis que desempenhamos entre tantos outros durante nossa vivência. E só se encruarmos é que ficamos em um único personagem ou estereótipo. Um profundo conhecimento, pequenas libélulas, que ainda esqueço uma vez e outra, uma vez e sempre.

         O que raios tem isso com o filme? Um sábio responderia: Nada e Tudo!!! Eu como não sou sábio digo é: a “perrenga” do filme é uma releitura de “O Ùltimo Americano virgem” pasteurizado para adolescentes. Uma história bem mais água com açúcar que seu antecessor. E bote-lhe água e bote-lhe açúcar...

         Resumidamente temos um garoto que se apaixona pela vizinha. A vizinha vai ficando espertinha e o garoto não acompanha, de bocó que é, ou pelo sexo feminino amadurecer mais rápido. Eles crescem, a amizade acaba, pois ela virou uma garota linda, que é popular, que namora o boy magia da escola, que faz coisas incríveis, que nem olha mais para a cara do garoto. O garoto por sua vez vira um típico “nerd” e vive sua vidinha tentando não pensar tanto na garota. Um dia, quando ela está em apuros, lembra da “velha amizade” e corre pedir a ajuda do garoto que atrapalhado aceita. Ele pensa haver uma nova oportunidade para reconquistar a garota. E pela comparação com o filme “O Último Americano virgem” vocês já podem intuir qual será o final.

         O problema é que os “apuros” que a garota entra é tão fútil e tonto que não justifica o mirabolante plano de vingança que se segue. Outro problema é que o plano não é tão mirabolante assim. E mais um problema, depois disso o filme vira um “road movie” que não tem muita consistência. E descobre-se que a história no fim não é sobre o garoto e a garota, a história é sobre a amizade do garoto com seus dois amigos tão bocós quanto ele mesmo. Toda uma volta enganosa para nos fazer pensar que o filme é algo e acaba sendo outro.


         Bom, sem contar que para interpretar a garota escalaram a “star face da temporada”, segundo a Vogue britânica, Cara Delevingne, informação by o “Vikipídia”. Ela tem a consistência de um nabo desidratado e a expressividade de um chuchu sem casca. E de boa, ela não é bonita, pelo menos nas telas do cinema. Tem mais sobrancelha que eu e em certos momentos tem mais cara de bocó que o próprio garoto vivido pelo simpático, esse sim consistente e expressivo, Nat Wolff. Até os dois amigos do personagem são mais atores que a Cara, Austin Abrams e Justice Smith. E olha que são coadjuvantes na trama, ou deveriam ser. A beleza de Cara funciona em campanhas publicitárias. Já em filme ela ainda precisa acertar o passo.

         Para nos ajudar na proporção épica que o filme quis tomar, é baseado em um dos livros de John Green. O filme “A culpa é das Estrelas” conseguiu conquistar este “Cidades de Papel” não chegou nem perto.


         Direção morna, roteiro morno, história morna. Tudo ajuda a não decolar. Porém, para nossos adolescentes pode funcionar. Precisaria pesquisar sobre a bilheteria, se foi bem... Quer saber??? Chega desse filme. Próximo!



terça-feira, 28 de julho de 2015

Os Minions - Dois Poréns

Os Minions - Dois Poréns




         Estou um pouco atrasado com essa resenha, como já disse houve um problema com meu notebook e ele passou uma temporada longa na manutenção. Então tentarei ser breve para pôr tudo em dia.

         “Os Minions” foram os personagens coadjuvantes mais carismáticos dos últimos tempos. Se sustentavam com suas atrapalhadas na história de “Meu Malvado Favorito”. Tanto que até comprei, quando tive oportunidade, um par de Havaianas com suas carinhas fofas. Divertidos roubaram a cena de Gru na animação. Nem a Agnes, uma das irmãs que Gru adota, conseguiu ofusca-los. Tato que Agnes não foi tão festejada a ponto de ganhar uma trama só para ela.



         E chego aí em um dos pontos fracos da animação. Como coadjuvantes eles são ótimos, como principais, nem tanto. Eles continuam do mesmo jeito fofos, inocentes e adorando bananas, porém falta fôlego na trama. A proposta é contar sua origem, mas isso é algo que nem sempre dá certo. Por serem inúmeros a trama se concentra em três: Kevin, Stuart e Bob. Reduz-se assim o número de protagonistas. E é necessário situá-los desde a mais antiga era com os seres unicelulares. Vemos então eles em sua saga para conseguirem um “mestre” bem malvado. É bem divertido ver os coitados que não conseguiram sobreviver a essas amarelas criaturas. Até que, há um salto de tempo, na hippie década de 1960, eles conhecem Scarlet Overkill - voz original de Sandra Bullock que infelizmente não tive o prazer de ouvir, filmes dublados são um saco. Scarlet é uma vilã que quer ser a top de todos os tops. Bem inocente da parte dela, só aqui no Brasil temos uns 400 políticos que são candidatos melhores para essa vaga.

         

         Como disse no início, o filme perde um pouco a graça. Fica algo manjado para nós adultos. Com certeza as crianças adorarão. E aqui entro no segundo ponto fraco: ele estreou uma semana depois do sensacional “Divertida Mente”. E é inevitável comparações. Enquanto este último tem um roteiro que nos surpreende, para os padrões das animações, “Os Minions” patina na historinha típica. Então, colocando na balança, fica muito sem brilho.


         Porém uma ressalva, falo isso enquanto alguém que quer ter um senso crítico e comentar os filmes enquanto obras. Isso não quer dizer que no fundo do meu coraçãozinho peludo eu não tenha gostado. Eu os adoro, indiferente às comparações. Só que analisando friamente foi tudo isso o que eu já escrevi acima.

         Porém 2: não tem como não considerar que a criançada adorou, é só olhar os faturamentos de bilheteria pelo mundo.


         Então, é esquecer toda essa racionalização e aproveitar. Afinal, estou escrevendo uma resenha quase um mês depois de sua estreia.... Vamos relaxar e.... Ops! Não quis fazer ninguém lembrar de nenhuma declaração bombástica da Marta... 

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domingo, 26 de julho de 2015

Séries: Penny Dreadful – Segunda Temporada – Análise: Então caminhemos sozinhos.

Penny Dreadful – Segunda Temporada – Análise: Então caminhemos sozinhos.
  AVISO:  SPOILERS, SPOILERS E MAIS SPOILERS.




         Não vou recapitular sobre os personagens pois já o fiz em outra ocasião. E também não vou falar de como foi a temporada em si. O que vou fazer dessa vez é uma espécie de reflexão ou uma análise. Já fiz uma introdução sobre a segunda temporada, quem quiser dar uma conferida é só olhar em http://assuntocronicoviniciusmotta.blogspot.com.br/2015/05/penny-dreadful-segunda-temporada-com-o.html. 

         Para situar, o grande inimigo dessa temporada foi, como já citei, o “Unhudo”. Através de servas bruxas ele tentou aliciar Vanessa de todas as formas. Porém, no último episódio fica evidente que a solidão é pior que forças sobrenaturais nos perturbando.
         É incrível que apesar da demanda dos personagens trabalharem em conjunto contra o mal eles acabam se isolando cada vez mais.
         Não é uma série fácil de assistir, há uma densidade dramática pungente que foge do padrão de filmes tradicionais de terror. A interpretação do roteiro é mais valorizada. Já comentei isso também, não quero ficar me repetindo.

         A solidão afeta todos. Desde a esposa “abandonada” que sugere um acordo para preservar sua dignidade a Sir Malcolm, passando por Sra. Pole, que líder de um clã de bruxas, vive sozinha em seu posto elevado, indo até Dorian, um dos personagens mais fúteis na trama. Futilidade empregada para preencher o vazio que sente por sua imortalidade. E não seria isso uma forma de solidão, o hedonismo? Dessa vez encontra nos braços de Angelique, uma travesti, uma efêmera libertação, que acaba por não aproveitar, não é “humano”, ou se desumanizou tanto, que é incapaz de ter um ao seu lado e destrói para logo encontrar outro ser tão desumano quanto a si mesmo: a Brona/Lily. Lily, que era um monstro solitário devida a sua condição de prostituta tuberculosa, encontra na temporada passada o alívio da solidão que logo a morte lhe arranca. Rediviva, não é mais humana, é fria, calculista, mata, dissimula. Sabe que não é humana e procura um consorte que esteja a sua altura. De início achava ser Mr Claire/Criatura o seu par ideal, mas este lhe é inferior e logo acha outro, Dorian.


         Malcolm se envolve com a Sra Poole e por solidão se deixa enfeitiçar pela bruxa que o manipula. E quando alguém é usado dessa forma o amor não floresce e reforça a solidão e com as atitudes faz surgir o rancor. Ele anseia acabar com ela assim que percebe que foi seduzido e enganado. E sozinho, numa atitude errada, vai até a casa da mulher que o prende com suas memórias mais dolorosas: a esposa que se matou, a filha que ele matou, e o filho que ele acabou deixando morrer. A solidão é um “ensimesmamento” diante de memórias que o incomodam como se fossem obsessões. Nessa Dr. Frankenstein, que vai tentar resgatá-lo com os outros, também acaba preso nas lembranças de sua solidão de criador de nova “espécie”. O ato de gerar ou criar não é comunitário, é algo absurdamente solitário, de alguém que anseia, por não ter nada, uma companhia através de sua obra, e suas criaturas se rebelam contra ele. E qual é o tamanho do amor do criador por suas criaturas? É capaz de aceitar que elas não o amem? É capaz de lidar com isso? Parece que não, desde a temporada passada sabemos que Frankenstein se isola no uso de drogas. E isso faz o abismo se tornar maior, mais profundo. Pode não viver a realidade, mas a ilusão é pior. É o poço bem fundo em que cai e não consegue ver a luz que está lá no alto. Sua Lily está com Dorian, e em uma atitude insensata se submete a ser humilhado pela única que julgou poder ameninar suas angústias. Tentando matá-la só percebe que é mais fraco que pensava, e ser criador não lhe dá status nenhum para vislumbrar o céu.

         Claire/Criatura também pensa que pode voar para longe da solidão, se deixa levar por uma gentileza feminina e é preso para virar aberração humana num show de horrores idealizado pela família Putney, que são tão monstros quanto ele. E o fim é trágico e o empurra inda mais para o vazio de ser quem é.

         Vanessa em sua peculiaridade é uma reencarnação de uma deusa antiga, Amunet, também não consegue paz. Perseguida por outra criatura mítica milenar que a quer como companheira, o próprio Demônio, ela acaba sendo veículo de morte e desolação por onde passa. E quando decide vingar-se de um inimigo, que matou sua a amiga e mentora, também cai no abismo que o próprio Demônio mora. Tanto que na confrontação final este lhe joga na cara: “Assassina!”.


 Chandler é outro amaldiçoado e fadado a ser solitário. Dentro dele reside uma antiga manifestação do mal. Se Vanessa tem Amunet, Chandler tem o lobo ou lobisomem. Ambos buscam redenção, mas são incapazes disso, pois são, cada um a sua forma, portadores de um mal. E se juntarem amorosamente o mal criará rebentos e poderá dominar o mundo. Isso é evidente na profecia decifrada pelo Sr. Lyle. Que também guarda seus segredos, além de homossexual, é judeu, não que seja uma característica monstruosa, mas levando em consideração o peso histórico que essa etnia sofreu por ser a portadora da morte do grande ícone religioso do ocidente detém certo despreso. Hoje já estamos em novo estágio, onde alguns preconceitos foram “reformulados” ou ainda dissipados.  Porém como ele mesmo diz “não se deve subestimar a rainha de cabelos bonitos” o que também não promove a falta de solidão. Continua sozinho, se oferece a ser uma companhia desinteressada ao sorumbático Dr. Frankenstein que, sem tato nenhum, se recusa a tal.


         A solidão perpassa a todos, que amaldiçoados por suas próprias escolhas, vão caminhar solitários. Significativa é uma das cenas finais onde, após enfrentar o Diabo, Vanessa, que recebera uma carta de despedida de Chandler, que se entrega a polícia, pega o crucifixo que está em sua parede, símbolo da devoção a um Deus que não lhe dá respostas, e o joga na lareira para se consumir nas chamas. É a incapacidade do ser humano em entender os desígnios divinos e se ver desamparado na noite escura que muitos místicos relataram: um momento que se está tão perto de Deus que não se sente sua presença, todas as orações não recebem respostas, todas as dificuldades da vida se impõem e a voz, o sopro, o carinho de Deus não é sentido. E Vanessa, que é uma espécie de mística, mundana, mas mística, se vê sozinha. Malcolm foi enterrar o amigo Sembene na África, Chandler se entregou à polícia, Frankenstein está afundado nas drogas, Clare/Criatura está indo embora para longe, não quer mais o convívio com os humanos, sua amiga Mina está morta, seus pais também. Solidão, sem amigos, sem seu deus, sem o demônio, somente enfrentando o abismo que se forma em seu peito. E nada mais é esperado que sua resposta à carta de Chandler, que propõem caminhem separados, é o grito máximo da alma solitária “Então caminhemos sozinhos” diz para si mesma. É o oposto que um ser humano deve fazer. É o oposto da santidade comunitária do mistério trinitário do Deus judaico-cristão, Pai-Filho-Espírito Santo, é o contrário da promessa a Abraão de “infinita descendência”, é o contrário do calor do amor que subentende o outro para se expressar. A solidão é o grande monstro que assola as personagens de Penny Dreadful. Uma metáfora aos nossos sofrimentos, causados pelo egoísmo e egocentrismo humanos que nosso tipo de sociedade impõe.  



quarta-feira, 22 de julho de 2015

Comunicado: Meu fiel companheiro...




            Meu fiel companheiro está na assistência técnica... Depois de vários escaneamentos do antivírus ele não conseguiu mais se conter diante da avassaladora onda viral que sofria por falta de proteção ao penetrar promiscuamente sites de virtude duvidosa, links de índole suspeita, introduzir em si mesmo pendrives compartilhados com vários usuários...
                      Logo volto a postar no blog, assim que ele se recuperar de sua moléstia virtual e voltar para seu lar, no aconchego de meus carinhos e ao mimo de meu suave toque.




segunda-feira, 6 de julho de 2015

Séries: Sense8 - Roteiro fragmentado e inteligente

Sense8



        Terminei de assistir a primeira temporada de Sense8 e precisava fazer uma postagem no blog. Primeiramente informações básicas: é uma criação dos irmãos Wachowski (foto abaixo) junto a J. Michael Straczynski produzido para o Netflix.
        A história se passa em vários lugares do mundo devido aos 8 personagens principais. O roteiro é extremamente fragmentado e inteligente. Com uma pegada de ação e humor que agrada. Segundo as fichas técnicas é um drama de ficção científica. Se você só ler a respeito do que fala a história pode parecer que é complicado e difícil entender. Alguns podem se perder no meio do caminho, mas, apesar da fragmentação da história, cada episódio é focado em um personagem onde os demais acabam sendo coadjuvantes. Encerra-se uma história já há o gancho para outra. Apesar de ao mesmo tempo uma estar intimamente ligada com a outra.

        A história começa com uma estranha que está claramente encurralada em um galpão abandonado, ela se chama Angelica (Darryl Hannah), e sua única saída é se matar. Antes ela realiza uma espécie de parto psíquico de 8 indivíduos que vão compartilhar uma espécie de poder de intercomunicação pessoal. Tudo o que um sente os outros conseguem captar.  Se um está em apuros pode acessar as memórias e habilidades do outro para se livrar da enrascada. Essa habilidade é chamada de Sensate. De início nenhum entende o que o outro é e o que está acontecendo. Muito menos nós. O que proporciona cenas hilárias, antológicas, comoventes... É delicioso assistir a série que se mostra muito simples e sensível apesar da aparente complexidade do roteiro. É um quebra-cabeça aonde vamos montando minuto a minuto o quadro por inteiro.

        A seu modo cada personagem é muito carismático. O que é fundamental para uma empreitada dessas. Além da linha condutora da história temos tramas paralelas, pois cada um dos 8 personagens têm seus dramas particulares que estão em percurso. E é justamente isso que deixa tudo delicioso. Evidentemente temos uma instituição poderosa que os perseguem para destruí-los, isso não podia faltar.


        Temos variados tipos de pessoas, são tão diferentes entre si que seria impossível uma amizade em situações normais. Em São Francisco, EUA, vemos Nomi (Jamie Clayton) uma hacker transexual que se descobre apaixonada por uma lésbica. Em Chicago há o policial Will Gorski (Brian J. Smith) que além de seus fantasmas de infância começa a ter problemas na profissão pelos seus delírios com os outros sete. No México um ator machão, Lito Rodriguez (Miguel Ángel Silvestre), esconde um relacionamento gay com Hernando (Alfonso Herrera) e tudo piora quando uma namorada de fachada descobre sua condição. Na Londres temos a DJ finlandesa Riley Blue (Tuppence Middleton) que foge de seu passado e acaba se metendo em complicações com um traficante. Em Nairobi, África, o impagável Capheus “Van Damme” que dirige uma Van e entra em apuros com bandidos para conseguir dinheiro para comprar remédios para sua mãe, portadora do vírus HIV. Sun Bak (Doona Bae) é uma coreana que luta clandestinamente e tem um pai empresário que prefere seu irmão, e a esnoba, causando sua prisão. Kala Dandekar (Tina Desai) vive seu drama de casar com um homem que não ama na tradicionalista Mumbai, Índia. E, fechando o grupo, o ladrão de cofres Wolfgang Bogdanow (Max Riemelt) que vive uma complicação causada pelo seu último roubo.

        A história desenrola e aos poucos vamos entendendo o que acontece e como a vida de cada personagem é mudada por suas novas condições. Amores e amizades surgem nesse grupo. É uma espécie de coletividade mental participativa sem nenhum perder a sua própria individualidade.


        A série é fantástica, com uma produção bem caprichada e reviravoltas de dar nó nas tripas em cada episódio. Tem uma leve inspiração na estrutura fragmentada do filme, um tanto que incompreendido dos Wachowski, A Viagem (Cloud Atlas) conseguindo superar em qualidade. E alguns questionamentos bem contemporâneos e contundentes. O Netflix está se superando com as inovações de suas séries. Vale dar uma conferida.