segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Caminhos da Floresta – Colcha de retalhos

Caminhos da Floresta – Colcha de retalhos



Errr... Ãhh... Uhnf... Arfff.... Buurrrr.... Ai-ai-ai....
Então, o elenco de peso é o ponto alto do filme. E só!!!!
É um filme baseado no musical de Stephen Sondheim que também confeccionou “Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet” que virou filme nas mãos de Tim Burton. Não conheço o musical original e acabei por ler que houve muitos cortes para fazer esse filme. Cortes que faziam a história interessante. E esses cortes justificaram minha sensação de “colcha de retalhos mal feita”. Afinal um filme da Disney não poderia ter cenas com conotações sexuais, ou adultério ou, ou...!!!!! Poha!!!!! É um filme da Disney!!!!  Todas os teóricos da conspiração existentes na internet dizem haver milhões de mensagens subliminares que nos faz adorar o Unhudo por tabela. A Disney que odeia família onde mães morrem de forma horrenda, vide exemplo de Bambi.Que fez a Esmeralda, a cigana que deixa o personagem Frollo, um clérigo, arder de tesão em “O corcunda de Notre Dame”. Realmente não entendi o pudor. Acho que alguma coligação cristã anda palpitando demais nas pesquisas de opiniões por lá.
Então o filme sofreu com cortes. E fica evidente, pois ele se arrasta e alguns momentos ficam um tanto imperceptíveis a real intenção do roteirista. Se estende tentando fazer uma história permeada de vários contos de fadas. E todos cantam o tempo todo, ou quase. Quando a obra é bem executada isso não é problema. Mas neste é. Tem músicas sofríveis. E a voz da Chapeuzinho Vermelho/Lilla Crawford é angustiantemente aguda. No mais, os demais atores se mostram competentes, não virtuosos, nas músicas. João, do pé de feijão, é interpretado pelo talentoso Daniel Huttlestone que fez o garoto de rua Gavroche em “Os Miseráveis”.
Emily Blunt, Anna Kendrik, Chris Pine, Meryl Streep, Johnny Deep entre outros são costurados como retalhos nessa trama um tanto fora dos eixos. Possivelmente pelos cortes realizados, como já disse. Chega uma hora que tudo fica cansativo demais. Sem entregar o final, ele deveria ser antecipado. Percebo que houve uma tentativa de brincar com os clássicos dos contos de fadas que não funcionou muito bem.  Pelo menos nessa adaptação para o cinema. Mesmo os figurinos não são inspiradores. Faltou um toque a mais que o diretor Rob Marshall não conseguiu acertar.
Como disse acima, as interpretações estão boas. Meryl Streep perfeita como sempre, recebeu mais uma indicação ao Oscar de atriz coadjuvante. Emily Blunt dá vigor a sua personagem e Anna Kendrik é uma perfeita “rostinho comum” que dá certo no que faz. Pena que Johnny Deep só chama atenção por ser quem é , suas cenas com a Chapeuzinho vermelho sofreu muito com os cortes, pelo que li por aí.

No fundo é um filme que acaba aborrecendo mais que divertindo. Não recomendaria aos amigos, vá por sua conta e risco.




contato: vinimotta@hotmail.com

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