Caminhos da Floresta – Colcha de retalhos
Errr... Ãhh... Uhnf... Arfff.... Buurrrr....
Ai-ai-ai....
Então, o elenco de peso é o ponto
alto do filme. E só!!!!
É um filme baseado no musical de
Stephen Sondheim que também confeccionou “Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da
Rua Fleet” que virou filme nas mãos de Tim Burton. Não conheço o musical
original e acabei por ler que houve muitos cortes para fazer esse filme. Cortes
que faziam a história interessante. E esses cortes justificaram minha sensação
de “colcha de retalhos mal feita”. Afinal um filme da Disney não poderia ter
cenas com conotações sexuais, ou adultério ou, ou...!!!!! Poha!!!!! É um filme
da Disney!!!! Todas os teóricos da
conspiração existentes na internet dizem haver milhões de mensagens
subliminares que nos faz adorar o Unhudo por tabela. A Disney que odeia família
onde mães morrem de forma horrenda, vide exemplo de Bambi.Que fez a Esmeralda,
a cigana que deixa o personagem Frollo, um clérigo, arder de tesão em “O
corcunda de Notre Dame”. Realmente não entendi o pudor. Acho que alguma
coligação cristã anda palpitando demais nas pesquisas de opiniões por lá.
Então o filme sofreu com cortes.
E fica evidente, pois ele se arrasta e alguns momentos ficam um tanto
imperceptíveis a real intenção do roteirista. Se estende tentando fazer uma
história permeada de vários contos de fadas. E todos cantam o tempo todo, ou
quase. Quando a obra é bem executada isso não é problema. Mas neste é. Tem
músicas sofríveis. E a voz da Chapeuzinho Vermelho/Lilla Crawford é
angustiantemente aguda. No mais, os demais atores se mostram competentes, não
virtuosos, nas músicas. João, do pé de feijão, é interpretado pelo talentoso Daniel
Huttlestone que fez o garoto de rua Gavroche em “Os Miseráveis”.
Emily Blunt, Anna Kendrik, Chris
Pine, Meryl Streep, Johnny Deep entre outros são costurados como retalhos nessa
trama um tanto fora dos eixos. Possivelmente pelos cortes realizados, como já
disse. Chega uma hora que tudo fica cansativo demais. Sem entregar o final, ele
deveria ser antecipado. Percebo que houve uma tentativa de brincar com os
clássicos dos contos de fadas que não funcionou muito bem. Pelo menos nessa adaptação para o cinema.
Mesmo os figurinos não são inspiradores. Faltou um toque a mais que o diretor
Rob Marshall não conseguiu acertar.
Como disse acima, as
interpretações estão boas. Meryl Streep perfeita como sempre, recebeu mais uma
indicação ao Oscar de atriz coadjuvante. Emily Blunt dá vigor a sua personagem
e Anna Kendrik é uma perfeita “rostinho comum” que dá certo no que faz. Pena
que Johnny Deep só chama atenção por ser quem é , suas cenas com a Chapeuzinho
vermelho sofreu muito com os cortes, pelo que li por aí.
No fundo é um filme que acaba
aborrecendo mais que divertindo. Não recomendaria aos amigos, vá por
sua conta e risco.
contato: vinimotta@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário