Blue Jasmine
Primeiramente o óbvio: é
um filme de Woody Allen. Segundamente: é um filme de Woody Allen, direção e
roteiro. Woody Allen é um dos diretores
mais autorais que temos no momento. Não que isso seja um privilégio. Mas é bem
característico o seu gosto em seus filmes. Poucos impregnam a tela como ele faz. Talvez um que consiga um efeito similar, apesar de estilo oposto,seja o Tarantino. Enquanto este é sanguinolento
e bruto, Allen, que também tem um roteiro afiado é mais, ou totalmente,
sofisticado, sutil, irônico e sarcástico. É difícil gostar de Allen. Eu mesmo
tinha muitas ressalvas. Quando mais novo jamais consegui assistir um filme
seu. E recentemente tentei com todas minhas forças ver o “Noivo Neurótico,
Noiva Nervosa” e quase entrei em colapso cataléptico, e desisti.
Com
o tempo seus filmes ficaram mais fáceis para minha insignificante psique. Tanto
que gostei de “Match Point” e realmente adorei “Vicky Cristina Barcelona”. E assisti com um charme divertido “Meia Noite em Paris”. Não
o sigo. Vários filmes dele ficaram para trás. O que mais me surpreende é como ele
consegue ser adorado, tolerado e odiado por tanta gente. Recebeu inúmeras indicações por roteiros, e
ganhou como diretor com o já citado “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa” em 1978, entre outros tantos prêmios. Seu forte é fazer personagens femininas fortes ou, no caso, indicáveis ao Oscar. Mira Sorvino que o diga, até ganhou um.
E não é de menos ver seu roteiro atuado magistralmente por Cate Blanchett. É mais um filme de atrizes. Jasmine, feita por Blanchett, e sua irmã
Ginger, também magistralmente encarnada por Sally Hawkins, com uma forte
tendência humorista que grita o filme todo, dominam tudo com suas atuações. São tão
diferente na aparência quanto na forma que seus personagens se desenvolvem. A loura solar que se eclipsa e uma morena
lunar que se torna ensolarada.
Como disse na resenha de “Trapaça” não
entendi direito o motivo deste ser indicado ao Globo de Ouro como comédia. E agora
fico mais confuso ainda com “Blue
Jasmine” ser um drama. Ri muito mais neste filme que no outro, tudo bem uma
risada meio nervosa e de pena pois é tragicômico ver o destino de
Jasmine/Blanchett. De podre de rica e centrada se torna uma pobretona meio gagá
com roupas de grife que vai morar com a irmã divorciada, porém, bem mais feliz. Tive um
pouco de sensação de um déjà vu de algo bem do passado talvez lá pelos lados de
“Uma Rua Chamada Pecado”... Bem lá “pra’queles” lados, sabe? Porém passou essa
sensação e fiquei com um ótimo filme.
Lembrando, lógico, que é Woody Allen,
acho que já disse isso... Roteiro e direção!
É também já disse isso... E o déjà vu, eu já falei????
Hum!!!!
Mas Woody Allen é um dos diretores mais autorais que temos no mo-momento.... E é, hum... Estou me repetindo?
Ah! Táh!!!!
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