quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Outubro - Bruxarias e Travessuras: Convenção das Bruxas

Convenção das Bruxas






         Não sei o motivo, mas bruxaria e crianças combinam tão bem quanto queijo com goiabada, vinho tinto com carne vermelha, cárie e dente mal escovado, o dedo mindinho e a quina de algum móvel no caminho ou ainda ferida inflamada e pus. É incrível o tanto de produções cinematográficas e obras literárias que retratam essa verdade “incontestável”.
Até nosso Monteiro Lobato criou a bruxa Cuca, uma bruxa jacaré, que criava maldades para a turma do Sítio do Pica-pau Amarelo. E, então, outubro será o tema das crianças, lembrando a festa dessas criaturas pueris, tanto aqui no Brasil, quanto nos EUA e Inglaterra e também de bruxas ou outras criaturas malditas do folclore mundial.
       
  Então, neste Outubro reunirei essas duas maravilhas que temos: crianças e o mal encarnado. Por mais que o Halloween seja uma festa que se tornou totalmente comercial, a temática ainda é interessante e a raiz dos mitos mais instigantes ainda. Como já disse, exemplos que não faltam. De bruxas brasileiras com cara de répteis a fenômenos mundiais de jovens bruxos que estão no colégio a gama de possibilidades nunca termina. E sempre aparecem novas produções para nos torturar ou agradar.

        
E misturar crianças e bruxarias é vida, então o primeiro filme resenhado é “Convenção das Bruxas”. Sim, as sórdidas, maléficas, feias, verruguentas que odeiam crianças e planejam um plano para que todas as crianças do mundo virem ratos. E o jovem Luke vai enfrenta-las do melhor modo que pode. Porém não será fácil, a pior de todas Eva Ernst, Anjelica Huston, é a chefe da convenção. Anjelica é uma figura emblemática. Tem naturalmente cara de má e nem precisaria da maquiagem com brotoejas purulentas e um enorme nariz. Sem maquiagem dá conta totalmente do recado.
O filme é uma delicinha. Nos leva para uma época nostálgica de nossa infância com uma avó bondosa e compreensiva. Apesar de nunca ter uma, sei que no imaginário das fábulas elas são assim. E isso já basta. Luke encarna a inocência mais comum entre crianças que estão numa fase delicada da vida. Ele acabou de perder o pai e está morando com a avó. Ele é inteligente, inquieto, curioso e sedento por aventura num mundo onde praticamente não há crianças. Porém a avó é das antigas e sabe como entreter o neto. E o mal se manifesta com as bruxas.
É angustiante a cena onde mesmo derrotando-as ele continua como um rato. A transformação vem por meio de uma bruxa boa que o desencanta num final que deixa todos felizes. Mas garanto que a vida dele transformado em ratinho era mais cheia de alegrias, pois sua avó construiu um enorme aparato para sua diversão. Mas o Luke prefere mil vezes ser um humano. E quem não prefere?


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