It - A Coisa - Mais Drama, Mais humor, Mais Acertos
Em 1986, Stephen King, lança o livro “It”.
Sobre um palhaço sobrenatural que ataca as crianças de uma cidade e como um grupo
de adolescentes o derrota para depois de mais de duas décadas essa mesma
entidade voltar e eles se reunirem para combater o mal.
Em 1990 é lançada uma versão para a
televisão baseada no livro que já detinha um grande sucesso de vendas. Com boas
críticas conseguiu se firmar como um grande filme de terror daquela década. Aos
olhos de hoje é um tanto quanto formal e careta e lento.
Já a versão de 2017 é remasterizada e
turbinada com alguns efeitos interessantes. Sai de cena o Pennywise de Tim
Curry, maquiado ao estilo da velha guarda, e entra o Bill Skarsgård que se mostra tão competente
quanto e uma maquiagem com alguns efeitos de computação gráfica. O elenco
infantil é melhor e mais carismático que o anterior. E o terror não fica mais
só por conta do sobrenatural palhaço. Os adultos, pelo menos os que aparecem,
se mostram tão bestiais e perigosos quanto a entidade comedora de crianças.
Não tenho como comparar com o livro,
pois ainda não li, mas é interessante o quanto neste filme os adultos são “ausentes”.
Os que aparecem só o fazem para dificultar a vida das crianças. Temos de tudo
um pouco, pai abusador sexual, uma mãe superprotetora que até inventa uma
doença para controlar o filho, um pai insensível com as necessidades emocionais
do filho que perdeu o irmão, um responsável que é absurdamente insensível e a
turma de garotos mais velhos e fortes que adoram praticar bullyng.
Sem contar
algumas outras crianças que ajudam o quadro a piorar. Todos parecem fruto de um
grande distúrbio de uma sociedade doente. E tudo isso desloca a tensão a vários
momentos e não só nos aparecimentos de Pennywise. Como contraponto aos momentos
de tensão, temos incríveis momentos cômicos. Não é um filme pesado como a
franquia “Jogos Mortais” que chega a dar aflição. Pontuando todo o filme temos
alívios que nos impulsionam novamente a outro momento de terror. Mais alívio,
mais terror, intercalados de forma a construir não só o horror, mas também um
grande filme de peso dramático.
Se o filme televisivo era um pouco
longo, este já deixou clara sua intenção, haverá uma segunda parte, pois a
primeira só foi o período da infância do grupo de crianças quando enfrentam
pela primeira vez “a coisa”.
As crianças têm mais tempo de
desenvolvimento de suas personagens e isso cria maior empatia pelos garotos, e
lógico, pela garota do grupo. É de cortar o coração ver como uma criança pode
sofrer em ambiente familiar ou estudantil. E nisso Stephen King acerta, apesar
do sobrenatural ele sabe que a maior e pior maldade está dentro do ser humano.
Fazia um tempo que não assistia a um
filme bom de terror. Todos envergam pelo rumo de esquartejamentos e mortes
estrambólicas desnecessárias e fins previsíveis. Apesar de ser uma releitura de
uma história já conhecida, o processo é bem executado. Ponto para os
roteiristas, o diretor e produtores. A escolha do elenco também ajudou muito,
todas as crianças são fofas o suficiente para criar empatia e ao mesmo tempo
com suas “malícias” para mostrar que são humanos apesar da pouca idade.
Muito boa resenha! Eu gosto de todos os filmes de Stephen King. Acho que é uma boa idéia fazer este tipo de adaptações cinematográficas dos seus livros. Amei desde que eu vi o trailer do filme A Coisa por que além de ter uma produção excelente, tem uma boa história. Li que Bill Skarsgård foi o responsável do filme e fiquei muito satisfeita com o seu trabalho, além de que o elenco foi de primeira. Não tem dúvida de que Bill Skarsgård foi perfeito para o papel principal. De verdade, adorei que tenham feito este filme.
ResponderExcluirJá saiu o poster da segunda parte e só ator bom... ansioso. Tb gosto do Bill... ele é um ótimo ator.
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