domingo, 10 de setembro de 2017

It - A Coisa - Mais Drama, Mais humor, Mais Acertos

It - A Coisa - Mais Drama, Mais humor, Mais Acertos




      
   Em 1986, Stephen King, lança o livro “It”. Sobre um palhaço sobrenatural que ataca as crianças de uma cidade e como um grupo de adolescentes o derrota para depois de mais de duas décadas essa mesma entidade voltar e eles se reunirem para combater o mal.
        
Em 1990 é lançada uma versão para a televisão baseada no livro que já detinha um grande sucesso de vendas. Com boas críticas conseguiu se firmar como um grande filme de terror daquela década. Aos olhos de hoje é um tanto quanto formal e careta e lento.
        
Já a versão de 2017 é remasterizada e turbinada com alguns efeitos interessantes. Sai de cena o Pennywise de Tim Curry, maquiado ao estilo da velha guarda, e entra o  Bill Skarsgård que se mostra tão competente quanto e uma maquiagem com alguns efeitos de computação gráfica. O elenco infantil é melhor e mais carismático que o anterior. E o terror não fica mais só por conta do sobrenatural palhaço. Os adultos, pelo menos os que aparecem, se mostram tão bestiais e perigosos quanto a entidade comedora de crianças.
        
Não tenho como comparar com o livro, pois ainda não li, mas é interessante o quanto neste filme os adultos são “ausentes”. Os que aparecem só o fazem para dificultar a vida das crianças. Temos de tudo um pouco, pai abusador sexual, uma mãe superprotetora que até inventa uma doença para controlar o filho, um pai insensível com as necessidades emocionais do filho que perdeu o irmão, um responsável que é absurdamente insensível e a turma de garotos mais velhos e fortes que adoram praticar bullyng.
Sem contar algumas outras crianças que ajudam o quadro a piorar. Todos parecem fruto de um grande distúrbio de uma sociedade doente. E tudo isso desloca a tensão a vários momentos e não só nos aparecimentos de Pennywise. Como contraponto aos momentos de tensão, temos incríveis momentos cômicos. Não é um filme pesado como a franquia “Jogos Mortais” que chega a dar aflição. Pontuando todo o filme temos alívios que nos impulsionam novamente a outro momento de terror. Mais alívio, mais terror, intercalados de forma a construir não só o horror, mas também um grande filme de peso dramático.
        
Se o filme televisivo era um pouco longo, este já deixou clara sua intenção, haverá uma segunda parte, pois a primeira só foi o período da infância do grupo de crianças quando enfrentam pela primeira vez “a coisa”.
        
As crianças têm mais tempo de desenvolvimento de suas personagens e isso cria maior empatia pelos garotos, e lógico, pela garota do grupo. É de cortar o coração ver como uma criança pode sofrer em ambiente familiar ou estudantil. E nisso Stephen King acerta, apesar do sobrenatural ele sabe que a maior e pior maldade está dentro do ser humano.
         Fazia um tempo que não assistia a um filme bom de terror. Todos envergam pelo rumo de esquartejamentos e mortes estrambólicas desnecessárias e fins previsíveis. Apesar de ser uma releitura de uma história já conhecida, o processo é bem executado. Ponto para os roteiristas, o diretor e produtores. A escolha do elenco também ajudou muito, todas as crianças são fofas o suficiente para criar empatia e ao mesmo tempo com suas “malícias” para mostrar que são humanos apesar da pouca idade.

         O filme paga o ingresso caro. E dá o que promete. Cenas fortes foram colocadas para tentar mais fidelidade com o livro. E tudo funciona. 

2 comentários:

  1. Muito boa resenha! Eu gosto de todos os filmes de Stephen King. Acho que é uma boa idéia fazer este tipo de adaptações cinematográficas dos seus livros. Amei desde que eu vi o trailer do filme A Coisa por que além de ter uma produção excelente, tem uma boa história. Li que Bill Skarsgård foi o responsável do filme e fiquei muito satisfeita com o seu trabalho, além de que o elenco foi de primeira. Não tem dúvida de que Bill Skarsgård foi perfeito para o papel principal. De verdade, adorei que tenham feito este filme.

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  2. Já saiu o poster da segunda parte e só ator bom... ansioso. Tb gosto do Bill... ele é um ótimo ator.

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