segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Extraordinário - O Filme Perde um Pouco do Brilho do Livro

Extraordinário






        
Ano passado li o livro “Extraordinário” de R.J. Palacio e fiz uma pequena resenha: http://assuntocronicoviniciusmotta.blogspot.com.br/2016/10/extraordinario-quando-tiver-que.html . Dei uma revisada, pois percebi uns errinhos de digitação e falta de atenção ao corrigir e agora falo do filme.


        
Não mordo minha língua em relação ao filme. Refiro-me a um comentário que fiz na resenha acima. O filme não é uma coisa deplorável, também, enquanto adaptação, não ficou a melhor coisa do mundo. Bem feito, bem executado e um pouco da fofura do livro se esvai ao ser transposta para a tela. A história segue Auggie Pullman, interpretado pelo fofo Jacob Trembley. Ele possui uma doença hereditária que o deixou com má formação no crânio e por isso foi obrigado a fazer inúmeras cirurgias ficando em casa fora do contato com a maioria das crianças do jardim de infância e anos iniciais de aprendizado, enfim, estudava em casa com a mãe. Aqui eles apelaram descaradamente ao colocarem Julia Roberts como Isabel Pullman, mãe de Auggie. Ela faz toda a diferença. Principalmente do lado do insosso e feioso Owen Wilson que perde o carisma do pai do garoto. Apesar de alguns momentos cômicos que protagoniza não dá muito ao personagem.
Via, irmã do garoto, é interpretada pela Izabela Vidovic que consegue, ao contrário do Wilson, chegar ao cerne dos sentimentos da personagem que é sempre relegada em função dos problemas do irmão. E Sônia Braga faz uma pontinha como a avó que dava o ombro amigo a Via quando todos se esqueciam dela. Jack Will, o amigo número um de Auggie, foi muito bem selecionado, Noah Jupe, que consegue ser todo molecão e ao mesmo tempo fofo.
Já Julian, poderiam achar um garoto mais asqueroso, ficaram com Bryce Gheisar. Imagino que fazer de uma criança um vilão não é algo muito legal mesmo. Temos até certa “redenção” de Julian ao final. Summer foi um pouco esquecida na adaptação, interpretada pela tão fofa quanto todos Millie Davis. Miranda, outra personagem emblemática, melhor amiga de Via que sem explicação some é realizada Danielle Rose Russel, bem bonita e menos ousada que no livro. Não escolheram uma criança feia, nem que não demonstrasse um grau de fofura digno de causar convulsões e vômitos de arco-íris. Todos executam bem a história.
 Trembley não se intimida pelo elenco adulto, faz sua parte bem feita. E olha que eu ficaria intimidadíssimo pela Julia Roberts. Por questões estéticas imagino que não tenham realmente pesado na maquiagem de Auggie. No livro dava impressão dele ser pior. Demos um desconto para Hollywood. Afinal, desde seus primórdios, ela embeleza criaturas estranhas... Errr Clark Gable... Ops!!!



         Bom, deixemos o veneno de lado, pois neste filme só cabe fofura. E por isso vale o ingresso. Pelo menos a meia entrada que paguei. E se você for mais sensível se prepare para as lágrimas. Elas descem sem você nem perceber. 






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