quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

A Chefe - Uma comédia de... Não "Péra"... Melhor não dizer.

A Chefe - Uma comédia de... Não "Péra"... Melhor não dizer.






       Já comentei um pouco do quanto admiro Melissa McCarthy na resenha de “Uma Espiã que Sabia de Menos”  (http://assuntocronicoviniciusmotta.blogspot.com.br/2015/06/a-espia-que-sabia-de-menos-tudo-passa.html)por ser uma mulher gorda que consegue um lugar de destaque nos filmes hollywoodianos, mesmo que sejam através de comédias um tanto estereotipadas.
Aqui em “A Chefe” ela assina o roteiro e também a produção em parceria com outros. 
E novamente acerta o alvo. Porém, não fique esperando uma comédia inovadora. É mais do estilo americano que estamos acostumados. Melissa sabe compor um personagem muito bem. E dá os ares marqueteiros necessários à sua personagem, Michelle Darnell. Mandona, lucrativa, típica chefe que “planeja” tudo mas é totalmente alienada. É essa alienação que dá, não somente o tom de humor, mas a garra dessa personagem em tentar se levantar depois de ser acusada por um crime de corrupção e ser presa. Eu disse presa, isso mesmo, PRESA, P-R-E-S-A após um crime de corrupção. É minha gente, nos EUA as pessoas são presas por corrupção, não importando se são de esquerda ou direita, ou do meio ou fora da tabela. PRESASPRESASPRESASPRESASPRESAS....


       Vivendo o inferno da miséria encontra o apoio da sua antiga funcionaria e faz-tudo Claire (Kristen Bell) que já tocou sua vida com outro emprego. Claire é mãe solteira e hermética a relacionamentos e se vê obrigada a receber sua ex-chefe em casa como hóspede. E num golpe de sorte, devido a indolência depressiva de Michelle percebem o grande potencial da receita de brownie de Claire junto a uma rede de distribuição municipal das “Abelhinhas”, uma espécie de grupo de escoteiras que, sem fins lucrativos, vendem cockies pela cidade.


As cenas são impagáveis. Michelle/Melissa domina o filme o tempo todo, ela é o filme. Com um temperamento solar e dominador se torna hilária em vários trechos. Desde uma comparação de seios com Claire a uma briga impagável entre as “Abelhinhas” e suas garotas.



      
Uma comédia leve com atores competentes. E uma participação especial é de Peter Dinklage, que representa outra minoria mais massacrada pela indústria cinematográfica. Dinklage sofre de nanismo, mas foi destaque em “Game of Thrones” como o inteligente, articulado, rude e devasso anão Tyrion Lannister que lhe rendeu até uma premiação importante, o Gonden Globe de 2012. Porém, não foi um personagem bem desenvolvido pelo roteiro sendo relegado a uma coadjuvação fajuta.

      


Apesar dos defeitos é um bom filme família para se divertir num fim de semana qualquer. 

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