O título em português é um soco no estômago conservador da época que estreou por aqui "Núpcias do escândalo" que no original é apenas "The Philadelphia Story". O "escândalo", para a família brasileira de bem dos anos de 1940, nada mais é do que uma mulher independente, Tracy Lord, interpretada pela fabulosa Ketharine Hepburn, definir suas escolhas românticas. O filme é bem sutil com as situações, mas vemos no começo Tracy colocando para fora o marido Dexter, vivido por Cary Grant no auge de sua beleza.
Ainda percebemos que ele insinua dar um soco no rosto da esposa. Pula-se vários meses e descobrimos que Tracy acabou o casamento por um "capricho" feminino, e ao longo da narrativa descobrimos que o capricho é relacionado a Dexter não beber mais, o que fazia com muita frequência. Porém, a fila anda, e Tracy irá se casar de novo com George (John Howard) um novo rico local. Mas só reafirmando aqui, Tracy é independente, rica não precisa se sujeitar a algo que não queria. Nem a seu pai, que traiu sua mãe com uma dançarina, se sujeita e não o convida para o casamento. É nessa "sutileza" do roteiro, de Tracy terminar o primeiro casamento por causa de bebedeira do esposo, que vemos a grandiosidade de "The Philadelphia Story" que foi uma adaptação de um livro, homônimo, de Philip Barry.
Ainda percebemos que ele insinua dar um soco no rosto da esposa. Pula-se vários meses e descobrimos que Tracy acabou o casamento por um "capricho" feminino, e ao longo da narrativa descobrimos que o capricho é relacionado a Dexter não beber mais, o que fazia com muita frequência. Porém, a fila anda, e Tracy irá se casar de novo com George (John Howard) um novo rico local. Mas só reafirmando aqui, Tracy é independente, rica não precisa se sujeitar a algo que não queria. Nem a seu pai, que traiu sua mãe com uma dançarina, se sujeita e não o convida para o casamento. É nessa "sutileza" do roteiro, de Tracy terminar o primeiro casamento por causa de bebedeira do esposo, que vemos a grandiosidade de "The Philadelphia Story" que foi uma adaptação de um livro, homônimo, de Philip Barry.
Hepburn está fabulosa e foi indicada ao Oscar perdendo para Ginger Rogers no filme "Kitty Foyle". Dou essa referência do prêmio Oscar por ainda ser um grande comparativo. Mas saibam que tenho ressalvas a este prêmio, e não poucas. Como ator principal James Stewart foi contemplado com o mesmo. Realmente ele está ótimo, um papel que repetiria sempre em tela, o cara bom, esforçado e meio desiludido por vários motivos da vida. Grant não foi lembrado em nenhuma indicação mas ele tem um peso com sua interpretação forte de um homem que quer recuperar sua amada ex-esposa e cria um plano mirabolante e manipula a todos para conseguir seu intuito. Grant só receberia um Oscar honorário em 1970.
Então, a história é simples: um marido, Dexter (Grant), que quer reconquistar a ex-esposa, Tracy (Hepburn), e no meio do caminho cria um plano complexo, pois ela já está noiva novamente, mas envolvido nesse plano, Macaulay Connor (James Stewart), acaba por se apaixonar por Tracy desmerecendo sua fiel escudeira/companheira Elisabeth Imbrie (Ruth Hussey). No fundo o "escândalo" foi em função de insinuações sobre um possível triangulo (ou quarteto?) amoroso, pois Tracy acaba balançando por Connor porém a moral americana ainda acaba tendendo não pela ruptura definitiva do primeiro casal e sim pelo reatamento entre Tracy e Dexter e, finalmente Connor e Imbrie. Nessa quem acaba sozinho é George. Até o pai de Tracy volta para casa e sua esposa o perdoa. Tudo muito conservador apesar do "embrulho" moderno.
Com toda certeza que esse filme é um avanço no esquema de mocinho e mocinha em filmes de comédia romântica e também na construção de uma personagem forte feminina que não aceita o que a sociedade lhe impõe. Atuações inspiradíssimas, roteiro leve, apesar do tema espinhoso, omissões de informações bem pontuadas para poder ficar claro o que não se falou. Tudo conclui para uma ótima obra.
A direção fica ao encardo de George Cukor que consegue tirar o máximo do roteiro e dos atores. Um filme que vale o tempo gasto para assistir e, apesar de algumas perrengas conservadoras, ainda nos diz muito nesse ano de 2018.
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